A Lenda do Sanguessuga (Suckablood)

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Este é um curta metragem de terror muito bom, de estilo gótico, que conta sobre a lenda de uma criatura sombria chamada Sanguessuga. Eu adorei!
 Clique em um quadradinho que fica na direita, no canto inferior do vídeo para ativar a legenda.

A Lenda dos Cachorros Negros

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 São um tipo de fantasma da Inglaterra, são considerados presságios de morte e má sorte. São descridos frequentemente por serem monstruosamente grandes, com olhos flamejantes da cor vermelha ou verde, e aparecem para aqueles que estão condenados á morte. Por outro lado, possível que sejam descritos com algumas outras características. Alguns deles podem escolher ser benevolentes,  ajudar os seres humanos, servir de escolta para mulheres que têm de voltar para casa tarde da noite e cuidar de crianças enquanto brincam. Porém, os que são realmente maus atacam e matam pessoas que encontram em seu caminho.
 Há um cachorro negro fantasma chamado Black Shuck bem conhecido por rondar o litoral e a zona rural do Reino da Ânglia Oriental, hoje pertencente aos condados de Norfolk e Suffolk. Dizem que ele arrombou as portas de uma Igreja local durante seu funcionamento e matou um homem e um garoto que estavam prestando serviços na Igreja. Dizem que ainda hoje as marcas das garras do cachorro podem ser vistas em uma das portas da Igreja da Santa Trindade, localizada em Suffolk.
 Dartmoor, uma região do centro do condado de Devon, é conhecida por ser habitada por muitos cachorros negros fantasma, eles inclusive inspiraram o escritor Sir Arthur Conan Doyle a escrever o romance policial "O Cão dos Baskervilles", após ficar por um tempo na região.
 Eis aqui a sinopse do livro:
 "Nesse caso, o detetive e seu fiel parceiro Watson investigam a morte do Sir Charles Baskerville, um milionário inglês achado morto em um pântano próximo de seu lar. Conta a lenda que Charles havia sido assassinado por um cão que assombrava a região, conhecido por matar gerações da família Baskerville. A causa mais provável pela morte de Charles, no entanto, seria um ataque cardíaco.
 Após a morte do milionário, seu sobrinho assumiria a mansão da família. Sherlock Holmes foi chamado para investigar o caso e descobrir se o futuro proprietário da mansão teria o mesmo destino de seus antepassados. Sua missão será desvendar o mistério da lenda que assombra as gerações dos Baskervilles."



Tanuki - Folclore Japonês

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 Provavelmente um dos transmorfos mais famosos da Mitologia Japonesa, o Tanuki é um tipo de guaxinim típico do Japão, com poderes mágicos. Adoram saquê, são muito brincalhões e alegres, e ás vezes gostam de assustar os outros para sua própria diversão, transformando-se em monstros ou pregando peças.
 A marca registrada dos Tanukis, acreditem ou não, são seus enormes testículos mágicos, os quais eles podem transformar no que quiserem. Eles podem transformar seus testículos em armas, tambores, leques, e até em guarda-chuvas. Seus testículos são frequentemente incorporados aos seus disfarces, por exemplo, se um Tanuki se transformar em um lojista, seus testículos se transformarão em uma loja.
 Os Tanukis geralmente são inofensíveis, eles já foram considerados deuses da natureza por religiões antigas, mas hoje em dia eles são considerados apenas como guardiões de áreas locais. Porém todo Tanuki têm uma personalidade diferente. Muito deles são benfeitores que amam os humanos, mas também há algumas exceções, como alguns que comem carne humana ou tiram suas almas para que sejam escravos dos deuses.
 Os Tanukis mais inteligentes e mágicos são os que adotam nomes e práticas humanas. Infelizmente, ao adquirir os costumes humanos, são corrompidos, adquirindo algumas falhas humanas, e acabam se afeiçoando á bebedeira e jogos de azar, ganhando até fama de ladrões, bêbados, mentirosos ou charlatões. Alguns podem até viver uma vida humana inteira sem serem detectados.

Pelamor... Que post mais escroto! Fiquei até em dúvida de quais desenhos desse bicho bisonho eu colocaria aqui, é cada obra de arte que vocês não tem nem ideia O_o



Futakuchi-onna - Folclore Japonês

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 É uma maldição sobrenatural do folclore japonês que atinge mulheres, fazendo com que apareça uma boca atrás do crânio, com lábios, dentes, língua e pode até falar. Uma mulher Futakuchi-onna geralmente esconde sua segunda boca em seu cabelo, para que ninguém a veja, porém quando está sozinha, sua boca atrás da cabeça pode controlar seu cabelo como se fossem tentáculos, e o usa para alimentar-se. Quando não está comendo, a boca fica murmurando coisas maldosas para a mulher e claro, mandando trazer mais comida. Se não for alimentada, a boca solta gritos altos e agudos, que além de absurdamente perturbadores, causa muita dor á mulher Futakuchi-onna.
 As famílias que notam que grandes quantidades de comida estão desaparecendo de seus estoques, e que uma mulher na casa não come quase nada, podem ser vítimas da maldição da Futakuchi-onna.
 Na maioria dos casos a maldição é lançada em mulheres que se recusam a comer. Se a mulher não comer, sua segunda boca irá devorar uma porção duas vezes maior do que um ser humano normal pode comer.
 Em algumas histórias, é dito que a maldição começou quando uma mulher muito avarenta acidentalmente bateu com a cabeça no machado de seu marido, e ao invés de cicatrizar, o ferimento se tornou uma enorme boca. Em outras histórias, dizem que começou com uma mulher que abandonou seu filho e o deixou definhando de fome até morrer, e como punição foi atingida por essa maldição, condenada á conviver com uma enorme boca esfomeada atrás de sua cabeça para sempre.


Fonte de pesquisa: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/82984023887/futakuchi-onna-a-supernatural-curse-from
http://yokai.com/futakuchionna/

A Lenda da Bruxa Branca de Rose Hall

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 Rose Hall é amplamente considerada por ser uma mansão visualmente impressionante e uma das mais famosas da Jamaica, construída em 1770. Trata-se de um palácio rural em estilo georgiano, com uma base em pedra e um andar superior rebocado, elevado na encosta de uma colina e com vista panorâmica sobre o Mar das Caraíbas.
 Annie Palmer se mudou para Rose Hall no século 18, casada com o proprietário de terras John Palmer. A razão pela qual ela se tornou tão cruel é um mistério. Ela governava suas terras com muito rigor, punindo seus escravos com chicotadas publicamente, os torturando em seu calabouço, e ás vezes os matava.
 Annie eventualmente dormia com alguns de seus escravos, porém eram condenados. Quando ela se cansava deles, os matava em quanto dormiam. Seu marido acabou tendo o mesmo destino, e dizem que ela fez o mesmo com os homens que ela se casou posteriormente. Entediada, pediu que seus escravos lhe ensinassem as práticas vodu. Logo depois começou a ameaçá-los com magia negra, e sacrificava bebês para usar seus ossos realizando feitiços.
 O capataz de suas terras também era praticante de vodu, e começou a ficar preocupado quando Annie começou a dormir com o noivo de sua filha, desconfiado do que ela pudesse fazer com ele. Quando o rapaz foi morto, o capataz considerou que isso foi a gota d'água e assassinou Annie. Logo depois colocou o corpo em um túmulo especial preparado com símbolos e um ritual vodu para impedir que o espírito de Annie assombrasse Rose Hall. Porém a lenda diz que o ritual não foi completo, e que o espírito de Annie e de seus escravos ainda assombram a mansão.



Foto do interior das masmorras de Rose Hall

Diz-se que o fantasma de Annie é conhecido por atacar intrusos que invadem suas terras e é visto montando um cavalo preto, vagando sobre sua propriedade e brandindo um chicote em qualquer um que cruze seu caminho. São ouvidas vozes sussurrando vindas do calabouço, junto com sons de passos, sons de batidas, e dos gritos de bebês chorando. Há ás vezes músicas antigas tocando do nada no corredor principal, e também as luzes dos cômodos e dos arredores da mansão ligam e desligam sozinhas. O mais estranho de tudo são os espelhos, nos quais aparecem rostos fantasmagóricos quando uma foto é tirada de algum deles.

Annie Palmer e sua família

Rusalkas - Folclore Eslavo

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Załaskotany (cykl Rusałki). Óleo sobre tela. 38 x 109,5 cm. Museu da Universidade Jagiellonian em Cracóvia, Polônia.

  As Rusalkas são comumente denominadas como espíritos ou demônios da Mitologia Eslava, são criaturas semelhantes ás sereias que vivem nas profundezas dos lagos. Porém, diferente das sereias, elas não possuem caldas e têm a habilidade de andar sob a superfície. Elas tem olhos que flamejam como um fogo verde, pele branca meio transparente, e cabelos verdes ou loiros. São criaturas mortas-vivas e geralmente são espíritos de jovens mulheres que morreram prematuramente, por afogamento ou suicídio.

  Rusalkas são maléficas e caçam em bando. Durante o dia, vivem nas profundezas dos lagos, mas durante a noite elas vão á superfície para caçar. Elas se alimentam de carne humana. Dançam e cantam para seduzir homens para que cheguem mais perto delas, para depois arrastá-los para o fundo do lago, matá-los e comê-los. Em algumas lendas, é dito que os homens morrem apenas ao estar nos braços de uma delas, ou que elas os esmagam até a morte. Também é dito que o som de suas risadas podem causar a morte. Podem também atrair crianças com cestas de frutas, para depois afogá-las.

  Os bebês das Rusalkas também caçam em grupo, mas não afogam suas vítimas. Eles vagam pela terra chorando e implorando por acolhimento, e quando alguém acolhe um deles e depois o larga, um grupo de Rusalkas vêm atacá-lo.

  Por mais que as Rusalkas sejam consideradas maléficas, elas são também valorizadas pela fertilidade que elas dão aos campos, ajudando as plantas e as árvores a crescerem.

 Há várias maneiras de evitar as Rusalkas. Elas não podem permanecer na superfície por muito tempo, por isso elas possuem cada uma um pente mágico que faz com que de longe possam conjurar a água para se manterem hidratadas, portanto se o pente mágico de uma Rusalka for roubado ou destruído, ela resseca e morre. Uma Rusalka só pode descansar em paz se sua morte for vingada.

Rusalka, de Ivan Bilibin, 1934


GoreExploration: comentários e sinopse do filme "Arraste-me para o Inferno"

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 Olá pessoal, sei que o blog tem estado meio inativo por algumas semanas, mas vou voltar a postar regularmente em breve! Essa semana mesmo vou tentar publicar algo bem bacana : )

 Este vídeo acima, é feito pelo meu primo, que é um mega fã de filmes de terrorEle tem um canal no YouTube, o GoreExploration, no qual ele posta vídeos dele comentando sobre os melhores filmes de terror. O canal ainda tem poucos vídeos porque ainda está no começo, porém vale a pena conferir!

 Neste vídeo ele comenta sobre um dos meus filmes de terror preferidos, que é o "Arraste-me para o Inferno" (Drag me to Hell, em inglês). Eu ainda não havia comentado sobre isso mas eu sou muito fã de filmes de terror, e adoro coisas assim do tipo. Portanto, inscrevam-se nesse canal do YouTube que recomendei, para ficar por dentro dos MELHORES FILMES DE TERROR \o/

Um grande abraço!

A Lenda do Holandês Voador

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 Um navio que foi condenado a navegar nos mares pela eternidade, o Holandês Voador (The Flying Dutchman) é considerado pelos marinheiros um dos piores possíveis agouros. Em algumas histórias, dizem que quem o olhar terá uma morte horrível. Em outras, a tripulação do Holandês Voador tenta enviar cartas para qualquer navio que o cruzar. Essas cartas são sempre endereçadas para pessoas que morreram a muito tempo, e quem as tocar é sujeito a sofrer grandes desventuras. Acredita-se que o capitão do Holandês Voador é o Capitão Bernard Fokke, conhecido pela sua impressionante rapidez de navegar, tanto que acreditava-se que ele tinha um pacto com o diabo.

 Há muitas teorias á respeito da origem do Holandês Voador. Na maioria delas diz-se que o capitão e sua tripulação foram acusados de um crime hediondo, o que os levou a serem punidos, sendo condenados a navegarem pelos mares eternamente. Em outras histórias, é dito que foi um navio holandês que se perdeu ao longo do Cabo da Boa Esperança, conhecido como Cabo das Tormentas. Visões deste navio datam do século 17, e nos séculos 19 e 20 começa o boato de que o navio é cercado de uma luz fantasmagórica.

 Nos trópicos equatoriais, existem lendas que surgiram no século 18 sobre Davy Jones ser o capitão do Holandês voador. Nessa lenda, Davy Jones seria o capitão amaldiçoado do navio e estaria condenado a vagar para sempre no mar pela ninfa (rainha das sereias) do mar Calypso, podendo desembarcar por um dia  a cada 10 anos.

 Uma visão foi documentada pelo Príncipe George do País de Gales, quando era adolescente, em uma viagem de três anos de duração:

 "Ás 04:00 da manhã, o Holandês Voador cruzou nosso caminho. Uma luz vermelha estranha como a de um navio fantasma brilhava, bem no meio, onde fica o mastro. Mastros e velas de uma plataforma de comando, á 200 metros de distância, se destacavam em grande relevo conforme vinha á bombordo, onde até o oficial de guarda da plataforma podê vê-lo, como também o marujo aspirante no tombadilho, que foi mandado para ficar à frente, no castelo de proa. Mas chegando mais perto, não havia nenhum vestígio e nenhum sinal qualquer de algum navio, nem de perto nem além no horizonte. A noite se tornava clara e o mar calmo. Porém treze pessoas ao total afirmavam ter visto o navio fantasma... Ás 10:45, o navegador do nosso navio, que havia testemunhado a aparição do Holandês Voador essa amanhã, caiu do mastelero da vela e morreu , ao colidir com o castelo de proa."

 Aaaah e detalhe: o pirata fantasma Holandês Voador do desenho do Bob Esponja faz referência a essa lenda.


 Matéria original: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/62897835713/flying-dutchman-a-ship-that-has-been-cursed-to
 Fonte de pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Holand%C3%AAs_Voador
http://en.wikipedia.org/wiki/Bernard_Fokke

Púca - Mitologia Celta - Folclore Irlandês

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 É a mais temida de todas as fadas Irlandesas, a Púca é um globlin transmorfo que aparece apenas á noite. É chamada também de pooka, phouka, phooka, phooca, púka ou pwca. Tem a habilidade de se transformar no que quiser, porém a sua forma favorita é a de um cavalo. As formas na qual é vista varia entre: cachorro, coelho, bode ou a de um homem velho. Em todas as formas em que é vista, pode falar, possui cabelo ou pelo da cor preta, e olhos amarelos brilhantes. Adora mentir, e usa a fala para enganar as pessoas para seu próprio entretenimento.

 Sua forma preferida de se entreter é se transformar em um cavalo, e ir ao encontro de homens bêbados em seu caminho para casa. Ela então os oferece uma carona. Quando algum homem aceita e sobe em sua garupa, ela então corre de maneira selvagem e descontrolada, atravessando campos, pulando loucamente e consequentemente os aterrorizando por completo. Se por acaso o sol começar a nascer, a Púca então dá uma parada tão brusca, que o homem é jogado para frente da garupa.

 Outra maneira de a Púca se entreter, é adquirindo a forma de um ser humano á procura de alguém com quem sentar e conversar por horas, para depois desaparecer instantaneamente e deixar a pessoa completamente confusa.

 Em outras versões, as atitudes da Púca vão bem mais além do que pregar peças. É dito que esse tipo de criatura é sedenta por sangue e que ataca e devora pessoas. É também conhecida por envenenar colheitas e frutos.

 A única coisa que mantém a Púca longe é a luz do sol.



Gashadokuro - Folclore Japonês

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 Gashadokuro é um esqueleto gigante 15 vezes maior do que uma pessoa normal, um espírito vingativo da Mitologia Japonesa. É criado quando um grande número de pessoas morrem de fome ou quando corpos de soldados são deixados para apodrecer no campo de batalha. Seus ossos e sua raiva se juntam para formar um esqueleto gigante. Gashadokuros eram mais comuns antigamente, quando as guerras e a miséria eram mais frequentes.
 Os Gashadokuros comem pessoas. Eles geralmente são invisíveis até uma pessoa chegar ao seu alcance. Quando vêem uma pessoa andando tarde da noite, ele a pega, esmaga seus ossos com a mão, arranca fora a cabeça com os dentes, e bebe o sangue que jorra do corpo. Quando um Gashadokuro está perto, pode-se ouvir um zumbido, que vai aumentando, cada vez mais alto, conforme ele se aproxima.
 Os Gashadokuros são indestrutíveis, porém podem desaparecer quando a energia e a malícia das pessoas mortas que o compõem se esgota, o que pode levar décadas. A única maneira de evitar os Gashadokuros é usando algum encantamento xintoísta.


Matéria original: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/84915207320/gashadokuro-a-giant-skeleton-that-is-fifteen
Fonte de pesquisa: http://yokai.com/gashadokuro/

Ubume - Folclore Japonês

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No folclore japonês, Ubume é um tipo de fantasma de uma mulher que morreu antes, durante ou logo após dar a luz. Costumam aparecer em noites muito escuras e chuvosas, pelo lugar onde morreram. O único desejo de uma Ubume é ajudar e cuidar do seu bebê, mesmo se a criança não tiver nascido viva.
 Podem aparecer em muitas formas diferentes. Na maioria dos casos aparecem com um bebê em seu colo, gritando por ajuda. Ás vezes aparecem como uma mulher grávida chorando ou como um cadáver sangrento carregando um feto prematuro nos braços. Outras vezes aparecem como uma mulher grávida com aparência horrenda, sangrenta, e nua chorando desesperadamente por ajuda.
 Se o bebê de uma Ubume sobreviver, ela irá encontrar uma pessoa viva para criá-lo, frequentemente conduz uma pessoa até onde o bebê se encontra para poder adotá-lo. Quando o bebê finalmente é adotado, a Ubume continua tomando conta dele, trazendo roupas e doces.
 Elas são conhecidas por vagarem em lojas, comprando coisas, e pagando com um monte de folhas secas ao invés de dinheiro.
 Se o bebê morrer no parto junto com a mãe, uma Ubume aparecerá carregando nos braços um embrulho com o cadáver do bebê. Quando um humano se aproxima dela, o fantasma tenta colocar o embrulho com o bebê morto em seus braços, se esse humano aceitar o embrulho, o fantasma desaparece, e o bebê cresce cada vez mais pesado, até esmaga o humano que o carrega até a morte.


Matéria original: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/88375434335/ubume-in-japanese-folklore-an-ubume-is-the
Fonte de pesquisa: http://yokai.com/ubume/

Ijiraq - Mitologia Inuíte

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 O Ijiraq é uma criatura transmorfa da mitologia Inuíte. É um espírito que tem a habilidade de se transformar em qualquer animal ártico para se disfarçar. Normalmente aparece como um monstro meio homem, meio caribou (um animal ártico parecido com um alce), mas ele pode se transformar em o que quiser. É mais comum se transformar em um corvo, urso, lobo, ou homem. A única parte de seu corpo que não pode transformar são seus olhos, que são vermelhos brilhantes. Não importa qual forma ele adquirir, seus olhos continuarão vermelhos. Acredita-se que esses tipos de espíritos são cercados de miragens e quando uma montanha ou ilha no horizonte aparenta estar maior ou mais perto que o normal é porque um Ijiraq está lá por perto. Acredita-se também que um Ijiraq é criado quando um grupo de Inuítes viajam por muito longe ao Norte enquanto caçam e acabam sendo capturados entre o domínio dos mortos e o domínio dos vivos. E assim se tornam o Ijiraq.

 Os Ijiraqs são espíritos maliciosos e altamente enganadores. Eles mudam sua forma para enganar viajantes e fazer com que se percam na neve. Eles também raptam crianças e as escondem, ou as abandonam na selva. Em uma lenda, uma mãe e um pai deixam seus filhos em uma tenda enquanto saem para caçar. Os pais acabam se perdendo após encontrarem um Ijiraq, e quando eles finalmente conseguem encontrar o caminho de volta para sua tenda, eles descobrem que seus filhos foram comidos por um Ijiraq na forma de um urso polar gigante. Qualquer um que entrar em contato com um Ijiraq sofre um tipo de perda de memória e esquece rapidamente o que aconteceu.


 Há uma teoria entre os Inuítes anciãos de que o Ijiraq não é perverso, e sim incompreendido. Eles atacam humanos e os desorienta para impedi-los de invadir seu território. O que se pode fazer a respeito da perda de memória causada pelo Ijiraq é contar para o maior número de pessoas possível sobre os acontecimentos antes de perder totalmente a memória. Crianças raptadas podem retornar pra casa se houver uma pilha de moledros, (pedras usadas por povos antigos para marcar túmulos ou trajetos de viajantes), chamada pelos Inuítes de Inuksuk, ali perto. Se o Ijiraq passar perto de um ele muda de ideia e leva a criança de volta pra casa.

Isto é uma pilha de moledros:


Tam Lin - Mitologia Celta - Folclore Escocês

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 Quem vivia em Carternaugh, nas fronteiras da Escócia, sabia que os elfos e as fadas habitavam as matas das redondezas. Era muito perigoso vaguear por lá, especialmente quem fosse mulher e jovem, pois poderia ser encontrado por Tam Lin. Uma lenda dizia que ele era humano, mas que fora raptado pelas fadas ainda no berço e substituído por um changeling, um filho do povo mágico. E que ele enfeitiçaria qualquer moça que entrasse na Terra das Fadas, o povo de Faërie.
 Havia uma bela moça de cabelos dourados chamada Janet, filha do Lord de Carternaugh, que desprezava tais lendas tais lendas e passeava o quanto queria nas matas proibidas. Certo dia, ela encontrou um poço junto ao qual crescia uma roseira. Colheu uma rosa para enfeitar o vestido e, no mesmo instante, viu surgir diante de si Tam Lin, um belo rapaz de olhos verdes e cabelos negros.
  - Não deves colher flores nas terras das fadas - disse-lhe o rapaz.
  - Estas terras pertencem a meu pai - respondeu ela.
 Conversaram por um tempo, sentindo-se atraídos um pelo outro, até que Tam Lin a convidou para passear pela região mágica da floresta. O passeio foi agradável e, quando ela voltou para casa, percebeu que sua falta não fora notada.


 Era inevitável que Janet se apaixonasse por Tam Lin. Voltava sempre ao poço para encontrá-lo e eles se tornaram amantes. Um dia, o rapaz lhe contou sua história.
  - Não é verdade que fui raptado quando bebê - ele explicou. - Sou neto do conde de Roxburgh, e a rainha das fadas me capturou já crescido, porque entrei sozinho na terra encantada. Desde então sou seu escravo, e embora seja um de seus prediletos, ela irá me entregar aos infernos quando chegar a véspera do Halloween.
  - Isso não pode acontecer! - exclamou Janet. - Temos de impedi-la.
  - Não é possível impedir - Tam Lin lhe disse. - A cada sete anos a rainha das fadas paga um tributo aos infernos, entregando-lhes alguém. Este ano será a minha vez, e a única forma de me libertar é tão perigosa que não posso pedir-te para tentar. 
  - Deixa-me tentar! - Janet pediu. - Eu conseguirei libertar-te.
 Ele explicou que, na véspera de Halloween, as fadas costumavam sair em procissão pelas matas, e que ela as veria, mas não o reconheceria entre todas. Ele seria o terceiro cavaleiro da fila, usando uma luva na mão direita e nenhuma na esquerda.
  - Deves tirar-me do cavalo - continuou ele - e abraçar-me com toda a tua força, apesar de não me reconheceres. Eu me transformarei em muitas coisas que te causarão dor. Se realmente me amares, nada poderá te ferir. Quando eu me transformar num peso de chumbo incandescente, terás de jogar-me nas águas de um poço, para que eu volte a ser humano. Ao sair do poço, devo ser coberto com um manto verde. Isso me libertará.
 Assim que chegou a noite, na véspera de Halloween, Janet tomou um manto verde e foi para mata. Esperou junto ao poço até ver a assustadora procissão das fadas, a cavalo, coma rainha de Faërie à frente: levavam a vítima para pagar o tributo aos infernos. Janet saltou num impulso e agarrou-o com toda a sua força, e viu que ele se transformava em salamandra. Continuou abraçada ao animal, que em seguida virou uma serpente viscosa. Teve asco da criatura, mas conteve-se. No instante seguinte, ela estava abraçada a um urso, e depois a um leão feroz. Mesmo assim, não o soltava.



 O pior foi quando ele se transformou numa barra de ferro incandescente, que queimava seus braços; e logo o ferro se transformou em um peso de chumbo incendiado. Então ela o atirou dentro do poço. Ouviu o chiado da água, e viu Tam Lin sair do poço. Estava totalmente nu, mas havia-se tornado humano outra vez, livre do domínio de Faërie. Janet o cobriu com a capa verde e o velou para fora da floresta, ainda ouvindo os lamentos da rainha das fadas por ter perdido o escravo que a servia.
 Eles se casaram e, tempos depois, tiveram um filho que viria a herdar as terras de Caternaugh.


Fonte: Livro "Volta ao Mundo em 80 Mitos", de Rosana Rios.

Anansi, a Aranha - Mitologia Africana - Povo Ashanti

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 O mais esperto de todos os seres da Terra foi Kwaku-Anansi, a Aranha, que era filho de Nsia e casado com a mulher chamada Aso, Anansi recebeu esse nome do próprio deus do Céu, Nyankompong, por sua esperteza.
 Dizem que Anansi queria conhecer todas as histórias que apenas o deus sabia, e por isso um dia ele foi pedir a Nyankompong que lhe vendesse suas histórias. Mas o deus disse que, se muitos já tinham tentando comprá-las e não puderam pagar o preço, Anansi também não poderia. Pressionado para saber quanto custariam as histórias, o deus do Céu revelou:
  - Traga para mim a jiboia Onini, o leopardo Osebo, o enxame de vespas Mmoboro e o espírito Mmoatia. Então eu lhe venderei minhas histórias.
 Anansi prometeu que não só traria todos eles, mas ainda sua mãe Nsia, como pagamento ao deus. Foi para casa e consultou a esposa. Aso lhe disse que, para apanhar a jiboia, ele precisaria cortar um galho de palmeira e um pedaço de trepadeira. Anansi fez isso, e foi com Aso para a beira do rio. Lá, os dois começaram a discutir.
  - É maior! - dizia Aso.
  - Não é maior! - respondia Anansi.
 Onini ouviu a discussão e foi ver do que se tratava. Anansi lhe disse:
  - Minha mulher diz que esta folha de palmeira é maior do que você. Eu digo que você é maior que a folha da palmeira! Quem está certo?
 Para fazer a prova, a jiboia se estendeu sobre a folha, e, sem perder tempo, Anansi a amarrou na haste, usando a trepadeira. Onini não podia escapar. Aso, então, ensinou ao marido:
  - Para pegar Mmoboro, arrume uma cabaça com água e uma folha de bananeira.
 Anansi fez o que a mulher dissera. Tomou uma cabaça, encheu-a de água e andou até achar o enxame de vespas. Então jogou metade da água sobre si mesmo e a outra metade sobre as vespas, e deixou a cabaça no chão, dizendo:
  - Está chovendo! Precisamos nos proteger. Eu tenho uma folha de bananeira para me esconder, mas as vespas não têm! Deviam entrar na cabaça, ali a chuva não vai molhá-las...
 As vespas acharam mesmo que estava chovendo e voaram todas para dentro da cabaça. Mais que depressa, Anansi tapou o recipiente com a folha de bananeira. Depois disso, Aso mostrou ao marido como cavar um grande buraco e cobrir a abertura com folhas, bem no meio do caminho entre a cova do leopardo Osebo e o riacho onde ele ia beber água. No dia seguinte, os dois foram até lá e viram que Osebo havia caído dentro do buraco, e podia ser facilmente aprisionado.
 Anansi estava feliz com as capturas, mas ainda faltava apanhar Mmoatia, o espírito, e não é nada fácil prender os espíritos. Aso e Anansi então esculpiram uma boneca de madeira e a cobriram com a seiva de uma planta muito grudenta. Deixaram-na perto do lugar em que os espíritos costumavam passear, e junto da boneca puseram uma cuia cheia de um delicioso mingau de mandioca. Quando Mmoatia, o espírito, passou por ali, teve vontade de comer o mingau e pediu à boneca se podia experimentar. Como a boneca nada dissesse, ele deu-lhe um tabefe e sua mão ficou presa à seiva. Tentou bater na boneca com a outra mão, que também ficou presa. E acabou sendo capturado por Anansi, que o levou junto com o leopardo, a jiboia e as vespas à presença de Nyankompong.
 O deus ficou impressionado, pois até agora ninguém tinha conseguido pagar o preço que ele cobrara, e Anansi levara também ao deus sua mãe Nsi. Deu, então, a Anansi todas as sua histórias, e até hoje elas são conhecidas como Histórias da Aranha.
  Anansi viveu inúmeras outras aventuras e enganou muitos deuses, homens e animais. Porém, certa vez, sua própria esperteza se voltou contra ele. Aconteceu que, não muito longe das terras de Anansi, vivia um rei muito poderoso, e que possuía um bode enorme, invejado por todas as pessoas. O rei não permitia que ninguém sequer tocasse em seu bode, que podia andar por onde quisesse e comer de tudo o que quisesse. Pois o bode, certo dia, saiu das terras em que morava e se pôs a comer os rebentos do milho da plantação de Anansi.
 Não demorou e a Aranha foi conferir sua lavra de milho, mas descobriu que ela estava devastada; desesperado, percorreu o milharal e deu com o bode do rei, lá no meio, ainda mastigando o milho que fora tão cuidadosamente cultivado. Furioso, Anansi pegou uma pedra e jogou na cabeça do bode, que caiu morto no meio dos pés de milho.
 Quando a raiva passou, Kwaku-Anansi olhou para o bode morto e soube que estava perdido. O rei condenava à morte quem tocasse seu animal, e logo descobriria quem o matara... Sentou-se então sob uma árvore e se pôs a pensar em algum estratagema que o livrasse da fúria do rei. De repente, um fruto muito suculento caiu dos galhos lá em cima, bem sobre sua cabeça, e aquilo lhe deu uma ideia.
 Anansi pegou o corpo do bode morto e o pendurou em um dos galhos da árvore. Saiu à procura de um vizinho,, outra aranha, maior e mais forte que ele. Disse ao vizinho que sabia de um lugar onde se podiam colher frutos saborosos, apenas sacudindo-se o tronco da árvore. E, quando as duas aranhas chegaram junto à árvore, pediu ao vizinho que sacudisse o tronco. De fato, quando os galhos balançaram pela força da outra aranha, muitos frutos caíram, mas junto deles veio também o bode morto.
  - Você matou o bode do rei! - exclamou Anansi, deixando apavorado o vizinho. - Bem, se for ao rei e confessar o que fez, talvez ele não se importe.
 A outra aranha achou que não tinha outra coisa a fazer senão confessar o acontecido ao rei. Tomou o corpo do bode e, a caminho da casa do soberano, parou para falar com sua mulher sobre o que acontecera. A mulher chamou o marido de imbecil: desde quando bodes sobem em árvores? Ele havia caído em alguma armadilha.
 A conselho da mulher, o vizinho então foi ao palácio do rei, mas nem levou o bode e nem falou com o soberano. Quando voltou do passeio, foi dizer a Anansi que ele estava certo, o rei não tinha se importado nem um pouco com a morte do animal, e ainda lhe tinha dado uma parte da carne do bode! Anansi ficou inconformado, achando que aquilo não era justo: se ele é que tinha matado o bode, ele é quem deveria ganhar uma porção de sua carne! Ao ouvir aquilo, o vizinho e sua mulher arrastaram Kwaku- Anansi á presença do rei e lhe contaram tudo. A aranha não teve outro jeito senão confessar e pedir o perdão do rei.
 Mas este ficou tão furioso que caiu de pontapés sobre Anansi, e foram tantos golpes que a aranha se dividiu em muitos pedacinhos; cada um fugiu para se esconder em um canto. E é por isso que os descendentes da aranha, que antes era enorme, hoje são bem pequenos e se escondem pelos cantos das casas...


Fonte: Livro "Volta ao Mundo em 80 Mitos", por Rosana Rios.

Cuchullain - Mitologia Celta - Folclore Irlandês

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , ,


 Na região do Ulster, do Norte da Irlanda, durante o reinado de Conchobar, a irmã do rei deu à luz uma criança que recebeu o nome de Sétanta. Acreditava-se que era filho do deus Lugh. O menino cresceu entre os guerreiros do rei, e aos sete anos, já demonstrando força fora do comum, matou o feroz cão de guarda do ferreiro Cullan; propôs-se a tomar o lugar do cão de guarda e foi, por isso, chamado "Cão de Cullan", ou Cuchullain.
 Depois disso, sua força só aumentou, e começou a realizar feitos notáveis, como matar três gigantes que ameaçaram os guerreiros de sua terra. Mas era sujeito à loucura da guerra, sendo quase o que os nórdicos chamavam de "berserker": um homem que, em batalha, entrava numa espécie de transe, frenesi que o levava a matar descontroladamente. E uma profecia dizia que ele seria famoso por toda Terra, mas que teria vida breve.
 Foi enviado para aprender as artes de guerra da feiticeira Scáthach, chamada rainha das trevas, em distantes terras escocesas. Lá também se destacou como guerreiro e, ao voltar, trazia armas poderosas e conhecimentos mágicos. O povo de Ulster havia planejado casá-lo com a princesa Emer, filha do poderoso Forgal Manach. Porém o pai negou-se a dar-lhe a filha em casamento, o que disparou o frenesi do herói, que destruiu a fortaleza em que a moça estava, exterminou os soldados de Forgal e causou a própria morte deste. Mas levou Emer para Ulster, e casou-se com ela.
 Os feitos de Cuchullain são inúmeros, e talvez suas aventuras mais conhecidas sejam relacionadas com a guerra do Ulster contra a rainha Maeve, que mergulhou a Irlanda em uma longa e sangrenta campanha. Foi graças aos feitos do invencível filho de Lugh que Maeve teve que desistir de suas investidas, porém ela sempre desejou vingança, e a obteve anos depois, com a ajuda dos guerreiros Lugaid e Erc, cujos pais Cuchullain havia matado.
 Usando um estratagema, Maeve fez com que ele fosse recebido como hóspede e que lhe oferecessem uma refeição contendo carne de cachorro. A tradição dizia que nenhuma pessoa podia recusar a refeição oferecida por um anfitrião, mas dizia também que era tabu comer tal carne. Ele cumpriu a lei da hospitalidade; porém, ao comer a carne proibida, enfraqueceu: e com isso pôde ser ferido pela lança mágica que Lugaid levara. Vendo que ia morrer, amarrou o próprio corpo em um pilar de pedra, para morrer de pé. Dizem que essa pedra ainda existe, na cidade de Knockbridge, marcando o local em que morreu o grande herói do Ulster.


Fonte: Livro "Volta ao Mundo em 80 Mitos", por Rosana Rios.

O Nome Secreto de Rá

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 Ísis, a grande deusa das terras do Egito, era a protetora das crianças e sabia muitas fórmulas mágicas para curar doenças ou picadas de animais venenosos. Feiticeira hábil, conhecia tudo o que vivia sobre a Terra e tudo o que habitava no Céu. Havia, porém, uma única coisa que Ísis ignorava: o nome secreto de Rá, o antigo deus do Sol. Conhecer os nomes das coisas é poder, e a deusa lamentava não saber esse nome, pois tal conhecimento lhe daria parte da força do deus que era considerado senhor do universo, e cujo calor proporcionava vida aos seres da Terra.
 Ísis não desanimou, e veio com um estratagema para descobrir o nome sagrado. Passou a visitar Rá durante a noite, quando ele se deixava tomar pelo sono; viu que ele dormia de boca aberta e babava sem parar. Silenciosamente, a deusa se aproximou dele certa noite e recolheu a baba do senhor do Sol numa vasilha. Usando seus conhecimentos de magia, ela misturou a baba do deus com a terra, e da lama surgida ela modelou uma serpente, que logo adquiriu vida. Durante o dia, Rá percorria o céu como deus solar, passando pelos dois países, o Baixo e o Alto Egito. Ísis então colocou a serpente no caminho que ele iria percorrer, e foi-se reunir à comitiva de Rá. Como ela previra, o idoso deus não viu a serpente e pisou nela, que o mordeu no pé. O veneno da serpente casou dores terríveis ao senhor do Sol, e ele se pôs a gritar de dor. 
 Os deuses da comitiva acorreram em seu socorro, mas não sabiam como fazer para que a dor passasse. Ísis, fingindo-se tão surpresa quanto todos os outros, propôs-se a usar seus famosos dons de cura para amenizar a dor. Porém, astutamente, disse a Rá que, para preparar um encantamento que funcionasse, ela precisaria incluir na fórmula a ser recitada o nome verdadeiro da vítima. Rá não desejava revelar seu nome sagrado, mas as dores aumentavam e Ísis insistia tanto que ele não teve como recusar-se. Disse a ela o nome secreto. A deusa, mais que depressa, preparou seus encantamentos e curou completamente a mordida da serpente, fazendo a dor cessar. Rá pôde retomar sua caminhada pelo céu dos dois países... e desde então Ísis se tornou mais poderosa que antes, pois conhecia o segredo que poderia suplantar até o próprio deus-Sol.


Fonte: Livro "Volta ao Mundo em 80 Mitos", de Rosana Rios

Ísis, Osíris e Hórus

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , , , , ,


 Um mito cosmogônico de Heliópolis diz que o primeiro deus foi Aton. Ele criou Chu, o ar, e Tefnut, a umidade. Foram esses dois que criaram Geh, a Terra, e Nut, o Céu. Da união do Céu e da Terra nasceram quatro deuses: Osíris, ísis, Seth, Néftis.
 Osíris e Ísis já se amavam antes de nascer, e mais tarde tornaram-se marido e mulher. Porém, enquanto Osíris personificava o bem, seu irmão Seth representava a maldade, que ele demonstrou já ao nascer, pois veio à luz rasgando o ventre da mãe.
  Osíris foi o primogênito e, portanto, tinha direito a herdar o reino do pai na Terra. Seu reinado foi uma época de felicidade para a humanidade, pois ele e sua esposa e irmã Ísis eram soberanos bons e puros. Para ajudar o povo, que vivia primitivamente, á mercê dos cataclismas e dos animais selvagens, Osíris lhes ensinou a cultivar a terra e lhes apresentou todas as artes. Foi ainda um grande conquistador, que viajou por vários países com seu exército, expandindo o império do Egito.
 Seu irmão Seth, porém, invejava-o e desejava o trono do Egito para si. Então traçou um plano para acabar com Osíris. Acompanhado por um grupo de conspiradores, mandou construir uma urna preciosa, toda decorada, cujo interior tinha exatamente as medidas do irmão. Durante um banquete, Seth exibiu sua urna e, diante da admiração de todos os convidados por aquele objeto belíssimo, disse que a daria de presente à pessoa que coubesse com exatidão dentro dela. Todos experimentaram, mas ninguém cabia lá dentro. Assim que Osíris entrou na caixa, ajustando-se perfeitamente, Seth e seus aliados a fecharam com chumbo derretido, lançaram a urna no rio Nilo e o deus morreu sufocado.
 No momento em que Osíris foi assassinado, Ísis, que estava distante, sentiu uma dor alucinante, e soltou um grito desesperado que chegou até o céu. Rá, o Deus-Sol, a ouviu e enviou um vento para informar a Ísis sobre a morte de seu amado irmão e esposo. Em luto, ela cortou os cabelos, vestiu-se de preto e saiu a procurar o corpo do amado.
 Sua procura durou muito tempo, e a deusa sofreu muitas humilhações e dores enquanto procurava o corpo de Osíris. Diz-se que ela chorava tanto, que suas lágrimas foram responsáveis pela cheia do rio; desde então o povo passou a acreditar que as cheias, que aconteciam todos os anos, fertilizando as terrar ao redor das margens do rio, eram as lágrimas de Ísis.
 A urna desceu o Nilo até a Fenícia, onde ficou presa a uma árvore e re enredou em seu caule. A árvore cresceu em torno da urna, e algum tempo depois seu tronco foi usado para construir uma coluna no palácio do rei de Biblos.
 Após várias desventuras, Ísis conseguiu afinal encontrar a urna em Biblos, e voltou ao Egito levando o corpo de Osíris. Contudo, temia a ira de Seth, que a essa altura havia usurpado o trono que pertencia a seu irmão. Assim, a deusa escondeu a urna em uma plantação de papiro. Não pôde, porém, evitar que Seth a encontrasse.
 O irmão maligno então cortou o corpo de Osíris em quatorze pedaços, que espalhou pelo Egito. Ajudada pela irmã, Néftis, Ísis saiu em busca dos pedaços. Custou muito, mas ela encontrou quase todas as partes do esposo. Graças aos seus poderes e à ajuda do deus Anúbis, reuniu os pedaços e os embalsamou. Foi assim que surgiu  a primeira múmia do Egito, e a urna foi o primeiro sarcófago.
 Mas Ísis precisava de um filho que a vingasse da morte do marido, e usou um encantamento para se transformar em falcão. Pairando sobre a múmia de Osíris, com o vento mágico de suas asas, ela pôde fazer o marido voltar à vida por um tempo, para que ele a fecundasse. Infelizmente, Seth logo descobriu que Ísis estava grávida, e tentou de tudo para impedir que ela tivesse o filho. Prendeu-a no palácio, mas ela teve a ajuda do deus Thot e fugiu para os campos de Khemmis, onde deu  á luz um menino: Hórus.
 Para escapar da fúria de Seth, a deusa se disfarçou de mendiga e perambulou com o filho por várias regiões, sofrendo inúmeras perseguições. Protegido pela mãe, Hórus cresceu e se tornou um belo jovem. Foi chamado o Deus-Falcão, pois tinha poder sobre os céus e os ares, e seus olhos eram o Sol e a Lua. Quando o filho tinha idade suficiente, Ísis apresentou-se diante dos grandes deuses, e Hórus queixou-se do tio, Seth, reclamando para si a herança do pai, Osíris: o trono do Egito.
 A luta entre Seth e Hórus pelo poder foi longa e difícil. Às vezes um vencia, às vezes o outro se sobressaía. Mas Osíris se tornara o deus que recebe as almas após a morte, e convocou Rá, o Deus-Sol, com um tribunal de deuses para resolver o assunto.
 Os deuses decidiram que a sucessão ao trono deveria ser hereditária, e assim Hórus, o filho de Ísis e Osíris, pôde reinar no trono do Egito. Rá decretou também que Seth passasse a reinar sobre o deserto e tudo que fosse estéril. Desde então, Ísis e Osíris são os juízes dos mortos no mundo inferior, enquanto Hórus e seus filhos, que reinaram em harmonia, mantinham a prosperidade no Vale do Nilo. Acredita-se ainda que, quando Hórus derrotar Seth e o mal for expulso da Terra, Osíris voltará a viver e será rei novamente.


Fonte: Livro "Volta ao Mundo em 80 Mitos", de Rosana Rios.

Kahukura e as Fadas do Mar

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , , ,



  Nos tempos antigos, os pescadores pescavam usando apenas linha e anzol, porque não sabiam confeccionar e usar as redes. Eles só pegavam um peixe de cada vez, e nem sempre conseguiam pesca bastante para alimentar as suas famílias as suas famílias. Nessa época, nas terras que hoje constituem a Nova Zelândia, vivia um rapaz muito inteligente, chamado Kahukura.
  Um dia, pela manhã, ele chegou à praia e encontrou vários peixes caídos na areia. Eram muitos mesmo, precisaria ter havido vários homens para pescar tudo aquilo. Kahukura foi investigar e só achou algumas poucas pegadas na areia. Como aquilo seria possível? Então chegou à conclusão de que tal pesca só podia ser coisa das fadas do mar, pois nenhum mortal seria capaz de pescar tanto numa única noite.
  No dia seguinte, o rapaz decidiu ficar na praia vigiando para ver se solucionava o mistério: se fossem mesmo as fadas que pescavam todos aqueles peixes, ele queria descobrir de que forma elas faziam isso! Quando chegou a noite, ele se escondeu atrás de um tronco seco e ficou esperando. Era madrugada, quando ele começou a ouvir uma cantiga estranha, mais ou menos assim: 

"Puxem a parede! Trabalhem para valer!
 Os filhos do mar se debatem
 Lutando para não se render!"

  Kahukura não estava entendendo nada. Ele se ergueu de trás do tronco para ver o que estava acontecendo... e viu as fadas do mar embarcadas em várias canoas, na água. Elas cantavam e pareciam estar muito alegres. Dos seus barcos, seguravam cordas presas a várias redes. Depois de algum tempo, elas se aproximaram da praia, desceram das canoas, e puxaram as redes para a areia:  Kahukura percebeu que cada rede estava cheia de peixe.
 E as fadas começaram a pegar os peixes, um por um, sempre cantando e enfiando-os em fieiras. Estavam tão distraídas que nem notaram o rapaz se aproximando. Ele começou também a recolher alguns peixes. Mas o tempo passou e aproximava-se a hora do nascer do Sol. A líder das fadas então disse às outras que precisavam trabalhar mais depressa, porque o dia ia clarear, e elas morreriam se a luz do Sol tocasse suas peles sensíveis!
 Começaram a recolher a pesca mais depressa; porém Kahukura não era fada, e continuou a enfiar os peixes em um ritmo bem mais vagaroso que o delas. Então o rapaz viu que o Sol ia nascer... As fadas começaram a ir para a água, e só quando a areia ficou quase vazia foi que perceberam que havia um homem mortal no meio delas; pois ele continuava ali, parado, enfiando os peixes na fieira!
  Ficaram tão apavoradas, que largaram todos os peixes e correram para o mar. Logo, suas canoas desapareceram nas ondas eo rapaz fiou sozinho na praia.
  Kahukura chamou as outras pessoas da aldeia e, todos juntos, eles recolheram os peixes que as fadas haviam deixado. Aquilo ia alimentar suas famílias por muito tempo. Ele então explicou a todos a forma de pescar que elas usavam, jogando redes no mar e depois puxando-as, quando estavam cheias de peixe. Foi assim que os homens aprenderam a confeccionar redes e a pescar com elas, e nunca mais as pessoas da aldeia passaram fome.
 As fadas do mar, porém, jamais voltaram àquela praia.


Fonte: Livro "Volta ao Mundo em 80 Mitos", de Rosana Rios.

Os Tuatha dé Danaan

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , , , , ,


 O povo celta habitou muitas regiões da Europa, onde mais tarde se consolidariam as nações da Gália, Bretanha, Germânia; estiveram também na Península Ibérica e nas ilhas Britânicas. A maior incidência de seus mitos concentrou-se provavelmente nas terras de Érin, como era chamada a Irlanda.
 Um dos povos míticos mais importantes, para os celtas, foram os Thuata dé Danaan, expressão que significa "O Povo da Deusa Dana". Era Dana a deusa-mãe do panteão celta. Dizem as tradições que essa tribo chegou à ilha de Érin durante um festival do verão, chamado Beltaine. Essa era a época dos "fogos de Bel", em que se acendiam fogueiras em honra do deus Bel, o Sol. Na Gália, esse deus foi conhecido como Belenos.
 Os Thuata, o povo da deusa Dana, chegaram por mar, seus navios envoltos em uma névoa encantada. Assim que desembarcaram, queimaram os próprios navios, isso significando que tinham vindo para ficar. Consta que suas moradas anteriores tinham sido as misteriosas cidades de Falias, Gorias, Findias e Murias. De cada uma delas eles haviam trazido para as novas terras um tesouro precioso.
 De Falias trouxeram a Lia Fáil, chamada Pedra do Destino, que pertencia ao elemento Terra. Foi usada para a confirmação dos reis da Irlanda, pois quando os pretendentes ao trono de Érin se colocavam sobre a Lia Fáil, ela soava, confirmando o direito do rei. De Gorias trouxeram a Gáe Assail, a Lança de Assal, que foi usada pelo deus Lugh, senhor das artes, uma arma do elemento Fogo. De Findias eles trouxeram a Espada de Nuada, que pertenceu a um rei mítico e que é associada ao elemento Ar. E de Murias foi trazido o Caldeirão de Dagda, o deus que é senhor da vida e da morte - o caldeirão está ligado ao elemento Água e é chamado O Inesgotável, pois contém a Fonte da Vida. Esse recipiente sagrado é o Graal, e foi buscado por muito tempo pelos descendentes dos celtas.
 Os Tuatha dé Danaan se estabeleceram na Irlanda, e tiveram várias lutas com outro povo que lá habitava, os Fomoire. Foram eles que estabeleceram a Idade de Ouro nas terras de Érin, e governaram tendo por capital Tara, o local mais mágico da Ilha.
 Além de Dana, Bel, Lugh e Dagda, tinham também por deuses Brighid, deusa tríplice; Llyr, deus marinho; Mórrighan, deusa da guerra, e ainda outras divindades.
 Foram os celtas os criadores do druidismo; sua mitologia é profundamente espiritual e traduz enorme respeito à Natureza.



Fonte: Livro "Volta ao Mundo em 80 Mitos", de Rosana Rios.

O Reino Petrificado - Folclore Eslavo

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , , , ,

Castles of Time - Nemtsev Yuriy. Óleo sobre tela. 70x100cm. 2016.


 Era uma vez um soldado muito cuidadoso e disciplinado.
 Um dia, quando lhe faltava já pouco tempo para terminar o serviço militar, os superiores começaram a embirrar com ele e a dar-lhe bengaladas. O soldado que não os podia aturar, resolveu fugir. Pôs a mochila ás costas e a espingarda ao ombro, e começou a despedir-se dos camaradas. Um deles perguntou-lhe:
   - Aonde vais?
 O soldado respondeu:
   - Não me façam essa pergunta. Passem muito bem.
 Foi andando, andando, até que chegou a outro reino. Aí viu uma sentinela e quis saber:
   - Não haverá por aqui algum lugar onde eu possa descansar?
 A sentinela foi perguntar ao sargento, o sargento ao oficial, este ao general, e o general perguntou ao próprio czar:
 O czar mandou chamar o soldado e perguntou-lhe:
   - Quem és tu, donde vens e aonde vais?
 O soldado confessou tudo e pediu ao rei que o tomasse ao seu serviço.
 O czar disse-lhe:
   - Está bem, ficas aqui de guarda ao jardim. Tem havido aqui coisas estranhas: alguém tem vindo partir as minhas árvores prediletas. Trata pois de guardar bem o jardim, que te hei de recompensar bem.
 O soldado aceitou e pôs-se a guardar o jardim.
 Durante dois anos tudo correu bem. Mas no terceiro ano, o soldado foi um dia ver todo o jardim. E viu que metade das melhores árvores estavam todas partidas. Ficou muito assustado, pois tinha medo que o czar o mandasse enforcar.


 Agarrou na espingarda e encostou-se a uma árvore, pensativo.
 De repente, ouviu-se um grande barulho. Era uma ave enorme e medonha que vinha partir árvores. O soldado deu-lhe um tiro, mas não a matou. Apenas a feriu na asa direita. A ave deixou cair da asa três penas e fugiu. O soldado persegui-a, mas como a ave corria muito depressa, safou-se para um abismo onde ele nunca lhe poderia deitar a mão.
 O soldado não teve medo e atirou-se também. Feriu-se e ficou sem sentidos durante um dia. Quando voltou a si, levantou-se e olhou em volta, vendo um mundo igual ao de cima.
 Pensou que lá também devia haver gente. Foi andando até que chegou a uma grande cidade. À porta estava uma sentinela.
 O soldado começou a fazer perguntas ao colega, mas este calava-se e não se mexia. Tocou-o então com uma mão e viu que era de pedra. O soldado foi ver o regimento da guarda e reparou em muita gente, uns de pé e outros sentados, mas todos petrificados.
 Depois foi passear pelas ruas, e viu em toda a parte a mesma coisa: ninguém era vivo, todos estavam petrificados. Foi dar em um balcão muito bonito, entrou e viu comidas e bebidas. Todavia, em volta estava tudo silencioso e deserto. O soldado comeu e bebeu, e depois sentou-se descansando.
 De repente sentiu que havia alguém na escada. Agarrou de novo na espingarda e pôs-se à porta.
 Então entrou no quarto uma bela princesa com aias e criadas. O soldado fez-lhe continência e ela cumprimentou-o carinhosamente, dizendo:
   - Bom dia, soldado. Conta-me como te achas aqui.
 O soldado assim fez:
   - Fiquei de guarda ao jardim do czar. Veio uma grande ave e começou a partir árvores. Dei-lhe um tiro e tirei-lhe três penas de uma asa. Corri atrás dela e cheguei aqui.
 Disse-lhe a princesa:
   - Essa ave é minha irmã. Tem feito muito mal e até prejudicou o meu reino: petrificou todo o povo. Mas olha, pega neste livrinho, põe-te aqui a lê-lo desde o anoitecer até os galos cantarem. Por mais medo que tenhas, não faças caso, lê o livrinho e segura-o bem para não o tirarem de ti, senão morres. Se estiveres assim três noites, caso contigo.
 O soldado aceitou.
 Ao anoitecer, pegou o livrinho e começou a ler. De súbito ouviu-se um grande barulho e entrou no palácio um exército inteiro, apareceram diante do soldado os seus antigos superiores e começaram a repreendê-lo e a ameaçá-lo de morte por ter fugido. Carregaram as espingardas e apontaram-nas ao moço. Mas ele não lhes ligou, continuando a ler.
 Cantaram então os galos e tudo se sumiu de repente.
 A noite seguinte foi mais medonha e a terceira pior ainda. Vieram algozes com serras, machados e martelos e queriam tirar-lhe o livro das mãos e dar cabo dele. Custou-lhe muito aguentar aquilo.
 Mas assim que os galos cantaram sumiu-se tudo, na segunda e na terceira noite, tal como na primeira.
 No mesmo dia ressuscitou o reino. Havia grande movimento nas ruas e nas casas. A princesa apareceu o palácio com os seus generais e todo o séquito. Agradeceram muito ao soldado, tratando-o por majestade.
 No dia seguinte o moço casou com a bela princesa e viveram muito felizes.


    Fonte:

MOUTINHO, Viale. Contos Populares Russos. São Paulo: editora Landy, 2000.

Sepulturas em forma de casinhas de bonecas

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Essas sepulturas são adoráveis, mas ao mesmo tempo trazem á memória lembranças pesarosas de adoráveis meninas pequenas que faleceram, deixando saudade nos corações de seus parentes, que para sempre se lembrariam do amor que em vida dedicaram á essas doces e inocentes almas.
Nessas casinhas de bonecas foram sepultadas crianças pequenas, as quais os pais estimavam muito e decidiram mandar construir casinhas decoradas com brinquedos e objetos pertencentes ás crianças.
Apesar de terem sofrido vandalismo ao decorrer dos anos, as casinhas continuam sendo mantidas e restauradas quando necessário.

Dorothy Marie Harvey (1926-1931): sua família na época estava passando pela cidade de Medina, no Tennessee, em direção ao Norte á procura de emprego, quando Dorothy contraiu sarampo e faleceu. As pessoas da cidade ajudaram sua família a enterrá-la, em Hope Hill Cemetery. Seus pais decidiram construir a casa de bonecas em sua memória. Depois eles a deixaram lá e seguiram seu caminho.


A lápide da casinha

Lendas locais dizem que ás vezes as pessoas podem ver Dorothy se olharem dentro de sua casinha.


Vivian Mae Allison (1894-1899):




A casa de bonecas de Vivian Mae Allison está localizada no cemitério da cidade de Connersville, Indiana.

Lova Cline (1902-1908):



Lápide da família Cline: Lova e seus pais

A casa de bonecas de Lova Cline está localizada no Cemitério Arlington East Hill, na cidade de Arlington, em Indiana.

Nadine Earles (1929-1933):





A casa de bonecas de Nadine Earles está localizada no cemitério de Oakwood, na cidade de Lanett, no Alabama.
A história diz que Nadine queria uma casinha de bonecas de presente de Natal, porém faleceu antes do feriado. Seus pais então construíram a casinha ao redor de seu túmulo e decoraram com seus brinquedos favoritos e objetos pessoais.
Eis aqui um vídeo mostrando a casinha de Nadine por dentro e por fora, em vários ângulos: https://www.youtube.com/watch?v=xgMVJeH8GGY