Lagahoo - Folclore Caribenho

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  É uma criatura transmorfa (que muda de forma) do folclore do Caribe e de Trinidad e Tobago. É parecido com um lobisomem, só que com muito mais habilidades. É diferente dos lobisomens porque sua aparência não é restrita ás características de lobo, nem depende da lua cheia para se transformar. O Lagahoo parece um ser humano normal durante o dia, porém á noite pode adquirir diversas formas. Sua forma mais comum é a de um homem sem cabeça, que carrega um caixão contendo três velas na parte de cima em suas costas, e com uma corrente de ferro amarrando o caixão à sua cintura. Pode adquirir também a forma de um lobo (com características humanas ou como um lobo normal), um cavalo, um porco, um bode, ou uma criatura meio humana, meio cavalo, como um centauro. Independente de qual forma obter, sempre vai ter um dos membros virados para trás, um dos braços ou pernas.
  O Lagahoo se alimenta de sangue, mas não exclusivamente. Caso não queira ou não tenha humanos para atacar, se alimenta dos animais que tiver por perto, principalmente vacas e bodes. Acredita-se que se um Lagahoo te seguir, você perde o senso de direção.
  Para matar um Lagahoo, deve-se bater nele com uma vara que seja ungida por nove dias com água benta e óleo. Ao bater, ele será forçado a se transformar em outros animais, como por exemplo um cachorro rosnando ou um touro furioso, e depois desaparecerá com uma névoa.



Fonte: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/119105407065/lagahoo-a-werewolf-creature-from-the-caribbean
https://en.wikipedia.org/wiki/Lagahoo

Ponte Richmond - Lenda Australiana

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  A ponte Richmond foi construída entre os anos de 1822 e 1825 por mão de obra escrava, no estado da Tasmânia, e é a ponte mais antiga ainda em uso na Austrália.
  Originalmente foi batizada de Bigge's Bridge (Ponte do Bigge) porque dizem que foi o comissário real da época, John Thomas Bigge, quem sugeriu que seria necessário a construção da ponte.
  Em 1829, ainda foi preciso construir alguns píeres na ponte, e George Grover, um detento que foi transferido para a Tasmânia em 1825, foi encarregado de liderar a construção. Ao receber uma posição de destaque nas obras da ponte, George logo ficou entusiasmado com o poder que havia adquirido, porém isso começou a subir sua cabeça, pois começou a exigir demasiadamente dos outros detentos que estavam sob a sua supervisão, e os punir rudemente com surra de chicote. Dizem que ele costumava guiar uma carroça cheia de pedregulhos na qual fazia os detentos puxarem enquanto ele os chicoteava.
  Pelo que se dá a entender, os detentos maltratados por George o odiavam, e quiseram lhe dar o troco: em uma manhã do mês de março foi encontrado todo arrebentado em cima das rochas debaixo da ponte Richmond. Antes de morrer, George disse que estava descansando na ponte quando quatro homens vieram e o jogaram de lá. Alguns dizem que ele estava caído de bêbado na ponte quando o jogaram de lá, outros dizem que deram vários golpes em sua cabeça com uma picareta.
  Diz a lenda que o fantasma de George Grover é visto andando sobre a ponte como uma sombra de silhueta escura, vestido com roupas de sua época, e sem rosto. Há relatos de que ele fica entre as árvores, do lado oeste do lugar, observando o movimento sobre a ponte, e ás vezes até seguindo as pessoas. Também ouve-se do nada som de passos sobre a ponte.
  Emana um sentimento sombrio de raiva e presságios da ponte Richmond, como se George estivesse projetando nela sua revolta acerca de sua morte.

 Em 2005 a ponte se tornou patrimônio histórico do estado da Tasmânia.




Fonte: http://theparanormalguide.tumblr.com/post/121090451333/richmond-bigges-bridge-ghosts-and-hauntings#notes
http://www.richmondvillage.com.au/history.html
http://www.environment.gov.au/heritage/places/national/richmond
https://en.wikipedia.org/wiki/Richmond_Bridge_(Tasmania)

Casa de La Zacatecana - Lenda Mexicana

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  A casa da Zacatecana fica em Santiago de Querétaro, no México. É conhecida pela lenda misteriosa baseada em algo que ocorreu em 1859.
  A Zacatecana, senhora muito avarenta que era dona desta casa do século XVII, mandou matar o marido, possuidor de uma grande fortuna e que trabalhava na área da mineração, pois se sentia muito triste e abandonada. Pelo que dá a entender dos rumores a respeito do casal, o casamento deles não ia muito bem na época, já que havia boatos de que dormiam em camas separadas.
  Seu marido então foi assassinado á facadas. Logo depois, inexplicavelmente, a Zacatecana matou a pessoa que havia contratado para assassinar seu marido, e ambos foram enterrados sigilosamente nas dependências da casa, ocultando o crime. A Zacatecana então teve que pagar por seus atos, por isso foi encontrada assassinada em sua própria casa, um tempo depois. Alguns dizem que seu corpo foi encontrado em cima de uma fonte, e outros dizem que foi encontrada enforcada na varanda.
  Porém ninguém nunca soube quem foi o autor dessa vingança, tornando o caso um mistério. Com a Zacatecana morta, e devido á lenda macabra, as pessoas que vieram morar na casa após sua morte não ficavam lá por muito tempo, pois diziam ser vítimas de fenômenos paranormais. Pelas tragédias que aconteceram, o lugar virou um agouro de morte. Hoje em dia diz-se que se prestar bem atenção, pode-se ver fantasmas em uma das janelas da casa, que hoje em dia é um museu.



Interior da Casa de La Zacatecana

  Há também relatos de que durante a guerra da Reforma, o estado Querétaro se tornou o lugar que deu triunfo á proclamação liberal e acabou com o império de Maximiliano, que junto com Tomas Mejía e Miguel Miramón, foram fuzilados na colina que se chama "Cerro de las Campanas", e este último, que foi o presidente mais jovem da história do México, teve seu corpo levado até a casa de la Zacatecana, onde foi embalsamado.

  Em 1992, José Antonio Origel, comprou a casa e a transformou em um museu, para que a lenda fosse difundida, tornando-a para os mexicanos um lugar onde flui a história, a tradição e a arte mexicana.

  * Zacatecano quer dizer alguém ou algo que é originário de Zacatecas, um dos 31 estados do México.



Fonte: http://www.mexicolindoyquerido.com.mx/mexico/index.php?option=com_content&view=article&id=1530:casa-de-la-zacatecana&catid=191:ciudades-coloniales-de-mexico&Itemid=70
http://www.museolazacatecana.com/leyenda.htm
http://www.mexicolindoyquerido.com.mx/mexico/index.php?option=com_content&view=article&id=1530:casa-de-la-zacatecana&catid=191:ciudades-coloniales-de-mexico&Itemid=70
http://theparanormalguide.tumblr.com/post/112361549893/casa-de-la-zacatecana-santiago-de-queretaro#notes

Dica de filme: Pom Poko

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  Olá pessoal! Hoje decidi postar algo diferente: um comentário sobre um filme que têm como personagens principais os Tanukis, criaturas mágicas da Mitologia Japonesa. Para ver o post completo que eu postei um tempo atrás sobre o Tanuki, clique aqui!

  Além de ser um filme mágico e encantador, Pom Poko é no estilo anime e conta um pouquinho da cultura japonesa. O filme foi produzido pelo Studio Ghibli, a mesma empresa produtora de filmes que criou "A Viagem de Chihiro", "Meu Vizinho Totoro", "Ponyo, Uma Amizade que Veio do Mar", e muitos outros clássicos dos longa-metragens de anime.

  Eis aqui a sinopse (peguei do AniTube):

  O crescimento de Tóquio durante os anos 60 originou uma explosão urbanística nos subúrbios; montanhas foram aplanadas e florestas abatidas. Os tanuki, uma espécie de guaxinins, vêem-se ameaçados pelo desenvolvimento dos humanos: a área habitável reduz-se, bem como os recursos alimentares. A falta de comida conduz a guerras internas, mas a sabedoria dos anciões canaliza a energia e a frustração de todos os tanuki contra o inimigo comum: o Homem.

A minha parte favorita, é a que eles resolvem fazer um "Poltergeist" de criaturas mitológicas japonesas para espantar os humanos:







  Mas em fim, não quero dar spoilers demais. Será mais emocionante se vocês mesmos assistirem o filme. É muito engraçado e tocante = D

  Dá para assistir online facilmente. Tem esse site de animes online, que disponibiliza o filme em japonês com legendas em português: http://anitubebr.xpg.uol.com.br/video/60406/Pom-Poko--Studio-Ghibli

   Divirtam-se!

A Caixinha de Alfinetes da Anjana - Conto Popular Espanhol - Cantábria

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  Na Cantábria, há umas bruxas chamadas anjanas, possuidoras de grandes poderes, que recompensam os bons e castigam os maus. Há também os ojáncanos (cíclopes), bruxos com um só olho no meio da testa, que só pensam em prejudicar as pessoas. Vivem em grutas e são eternos inimigos das anjanas.
  Um dia, uma anjana perdeu uma pequenina caixa que continha quatro alfinetes, cada qual com um brilhante, e tres agulhas de prata com orifício de ouro.
  Uma mendiga, que andava pedindo esmolas de povoado em povoado, encontrou a caixinha. Mas sua alegria durou pouco, pois logoa mendiga concluiu que, se tentasse vender a caixinha, todos pensariam que a havia roubado. Assim, não sabendo o que fazer com aquele tesouro, resolveu guardá-lo.
  A mendiga vivia com um filho, já moço, que a ajudava a conseguir seu sustento. Certo dia, o rapaz foi até o bosque, na encosta de um monte, para apanhar frutos silvestres. Estava tão concentrado em escolher os frutos mais saborosos, que não percebeu a presença de um ojáncano, que o raptou, num abrir e fechar de olhos.
  Desesperada, ao ver que passavam os dias e seu filho não voltava, a pobre mulher continuou pedindo esmolas, sempre levando a preciosa caixinha no bolso. Como não sabia que um ojáncano havia raptado seu filho, julgou que ele houvesse se perdido no bosque e que agora já estivesse morto. Então chorou amargamente, porque aquele era seu único filho.
  Certo dia, depois de pedir esmolas durante  horas, sem conseguir quase nada, passou diante de uma velhinha que costurava. Justo naquele momento, a agulha da velhinha se partiu e ela perguntou:
  - Por acaso a senhora não teria uma agulha para me emprestar?
  - Tenho, sim, pois outro dia encontrei uma caixinha com quatro alfinetes e três agulhas - respondeu a mendiga. - Por tanto, vou lhe dar uma.
  A velhinha agradeceu e a mendiga seguiu seu caminho. Pouco depois, passou diante de uma moça muito bonita, que estava fazendo barra num vestido. E aconteceu exatamente o mesmo: a agulha da moça se quebrou. Então, a mendiga deu de presente a segunda agulha.
  Mais tarde, passou diante de uma menina que bordava... E uma vez mais o fato se repetiu. Assim, a mendiga deu de presente a terceira agulha.
  Na caixinha, só restavam os alfinetes. E aconteceu que no final daquele dia a mendiga encontrou uma jovem, que tinha um espinho cravado no pé. A jovem lhe perguntou se ela não teria um alfinete para ajudá-la a tirar o espinho. E, claro, a mendiga deu-lhe um dos alfinetes.
  Ao cair da tarde, encontrou outra moça, que chorava desconsolada, pois havia rasgado sua saia num arbusto. Com isso, a mendiga deu seus três últimos três alfinetes para que a moça arrumasse a saia. Assim, acabou ficando com a caixinha vazia.
  A mendiga continuou andando e chegou a um rio. Mas não havia ponte para atravessá-lo. Então ela caminhou pela margem, na esperança de encontrar vau, um trecho onde o rio fosse mais raso, para que pudesse passar. Estava concentrada nisso, quando ouviu uma voz que parecia vir da caixinha:
 - Aperte-me contra a margem do rio.
  A mendiga obedeceu. De repente, surgiu uma grande prancha de madeira, que cruzava o rio de lado a lado, como uma ponte. Assim, a mendiga pôde chegar à outra margem. Ouviu novamente a voz que, agora não restava dúvida, vinha mesmo da caixinha:
 - Sempre que você desejar algo, ou precisar de ajuda, aperte-me.
  A mendiga seguiu o seu caminho, mas teve a má sorte de não encontrar nenhuma casa onde pedir esmolas. O dia, que já se findava, tinha sido exaustivo. E ela sentia uma fome terrível. Então lembrou-se da caixinha e pensou: "Será que ela me daria algo para comer?"
  Apertou a caixinha com as duas mãos e no mesmo instante apareceu um pão quentinho, como se tivesse acabado de sair do forno. Muito contente, a mendiga o saboreou com prazer enquanto continuava sua caminhada. Pouco tempo depois avistou uma casa, à qual se dirigiu, a passos largos, para pedir esmola. Mas na casa só havia uma mulher que chorava pela perda da filha, que tinha sido raptada por um ojáncano que vivia no bosque, na encosta do monte. Compadecida, a mendiga lhe disse que  iria até lá procurar a moça.
  Mas nem sabia por onde começar a busca. Por isso, decidiu recorrer uma vez mais à caixinha. Apertou-a com força e, no momento seguinte, apareceu uma corça, com uma grande mancha em forma de meia-lua, na testa. A corça olhou-a com mansidão e, em seguida, começou a andar em direção ao bosque. A mendiga a acompanhou por muito tempo, até que a corça se deteve diante de uma grande pedra e ali permaneceu, como se esperasse por algo, ou alguém.
  Desconcertada, a mendiga voltou a apertar a caixinha e, diante de seus olhos, surgiu um martelo bastante pesado. Erguendo-o com dificuldade, a mendiga golpeou a pedra com todas as suas forças, até que esta se rompeu, deixando à mostra a entrada de uma gruta... Era ali que morava o ojáncano.
  A mendiga entrou, acompanhada pela corça. Embora a gruta estivesse mergulhada na mais completa escuridão, a meia-lua na testa da corça brilhava, iluminando o caminho. As duas vasculharam a gruta, até que encontraram um rapaz, que dormia profundamente.
  A mendiga reconheceu nele o filho desaparecido algum tempo atrás. Então compreendeu que o ojáncano que habitava aquela gruta o havia raptado. Emocionada, ela despertou o filho. Ambos se abraçaram com imensa alegria e apressaram-se a sair dali com a ajuda da corça.
  Os três foram para a casa da mulher que chorava a perda da filha. Mas, lá chegando, a mendiga viu que ela já não chorava a perda da filha. E reconheceu, por seu olhar bondoso, que aquela mulher era uma anjana.
 - A partir de hoje, esta será sua casa - disse a anjana. - Nunca mais deixe que seu filho vá ao bosque, a menos que ele prometa que tomará muito cuidado. Agora, aperte pela última vez a caixinha.
  A mendiga obedeceu. Pressionou a caixinha com força e, logo em seguida, apareceram cinquenta ovelhas, cinquenta cabras e seis vacas. Assim que terminaram de contar os animais, a mendiga e o filho viram que a corça, a anjana e a caixinha de alfinetes haviam desaparecido, como que por um passe da mais pura magia.

Cantábria é uma comunidade autônoma localizada no norte de Espanha. É limitada a leste pelo País Basco, a sul por Castela e Leão, a oeste pelo Principado de Astúrias e a norte pelo Golfo da Biscaia.

Anjana, bruxa boa da Mitologia Cantabriana

Ojáncano, cíclope da Mitologia Cantabriana


Fonte: livro Contos Populares Espanhóis, seleção e tradução por Yara Maria Camillo (original de José Maria Guelbenzu)

Forte de Bhangarh - Lenda Indiana

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  É um palácio localizado no estado de Rajasthan, na Índia, construído no século XVII. É conhecido por ser o lugar mais assombrado da Índia, construído na região dos morros pelo rei Madho Singh. O rei consultou um Sadhu, místico do local considerado sagrado,  antes de construir o palácio e este disse que nenhum edifício deveria ser mais alto que sua casa, pois se alguma sombra cobrisse sua casa, todo o reino seria destruído.
  A profecia do Sadhu se tornou real após um descendente do rei construir uma parte do palácio mais alta do que o permitido e fez com que uma sombra cobrisse a casa do místico, fazendo com que o reino fosse destruído logo depois. Após esse dia, surgiu a lenda de que se algum estabelecimento for construído no local, seu teto irá desmoronar. Também é dito que qualquer pessoa que passasse a noite na cidade de Bhangarh, nunca mais retornaria.
  Bhangarh virou uma cidade fantasma. Apesar de sua beleza e de seu cenário pitoresco, todos os seus moradores se mudaram para outras regiões por causa do ambiente sinistro das redondezas do palácio, e das histórias de fantasmas e fenômenos paranormais do lugar. A cidade se tornou totalmente inabitada em 1783, restando apenas as ruínas da pequena cidade composta de casas, templos, palácios, e múltiplos portões que cobrem boa parte da área ao pé da montanha.

Interior do palácio de Bhangarh

  Outra lenda da cidade, é sobre a princesa Ratnavati, de Bhangarh. Diz-se que ela era muito bonita e que na época, aos 18 anos de idade, já tinha vários pedidos de casamento, por diversos nobres. Na mesma cidade, morava um feiticeiro, adepto da magia negra, que havia se apaixonado pela princesa. Um certo dia, esse feiticeiro viu uma das serviçais da princesa no mercado da cidade, ele então decidiu enfeitiçar a princesa para que ela se apaixonasse por ele usando magia negra, misturando uma poção do amor no óleo que a serviçal estava comprando.
  Porém, a princesa soube que o feiticeiro havia enfeitiçado o óleo, e quando ela o recebeu, jogou em cima de uma enorme rocha, o que reverteu o encanto e fez com que essa rocha esmagasse o feiticeiro. Antes de morrer, o feiticeiro jogou uma maldição de morte no reino e em todos que nele viviam. E no ano seguinte, o reino foi atacado e saqueado pelo exército dos Mughals. Os cidadãos foram dizimados, e a princesa foi assassinada.

  De acordo com a lenda, há muitos fantasmas assombrando a cidade de Bhangarh, por isso é proibido se aproximar de lá depois do pôr do sol e antes do sol nascer, dizem que o fantasma do rei Madho Singh vaga por lá nesse período. Fazer dano a qualquer árvore perto do forte é proibido, pastores e lenhadores não são permitidos entrar na região e quem quebrar qualquer uma dessas regras está sujeito á punição. Dizem que muitas pessoas desapareceram ao se aventurar no forte de Bhangarh á noite, ou morreram. As pessoas que moram no estado de Rajasthan dizem que a princesa Ratnavati reincarnou em alguém de lá e que o palácio espera a sua volta, pois só assim a maldição será quebrada.



Fonte: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/97211776415/bhangarh-fort-the-most-haunted-place-in-india
https://en.wikipedia.org/wiki/Bhangarh_Fort
http://www.ancient-origins.net/myths-legends-asia/ghost-city-bhangarh-and-curse-holy-man-002380

La Barretina Verde - Conto Popular Espanhol - Catalunha

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  Era uma vez um homem de coração puro, que reunia grandes qualidades de caráter. Logo vocês verão o que lhe aconteceu...
  Certo dia, esse homem encontrou uma bruxa transformada em raposa. A bruxa não podia voltar a sua forma de mulher porque, ao banhar-se no rio, tinha deixado suas roupas num arbusto e alguns rapazes as haviam roubado.
  Já que ninguém estranha a nudez dos animais, a bruxa havia preferido se transformar em um deles  para não causar escândalo.
  Impressionado com essa triste história, o homem foi buscar as roupas para que a mulher se vestisse e, assim, deixasse de ser raposa.
  A bruxa, muito grata, deu-lhe um gorro verde e disse:
 - Com este gorro, você poderá ler os pensamentos das pessoas.
  O bom homem ficou muito feliz com o presente. Agora, poderia saber o que as pessoas pensavam a seu respeito. Assim, encontraria sempre a melhor forma de se entender com elas. E sua vida seria muito mais agradável.
  Logo lembrou-se de um vizinho, que vivia reclamando por causa de uma nogueira que ficava entre o seu quintal e o dele. O problema poderia ser resolvido facilmente com um pouco de boa vontade, mas o vizinho o estava processando.
  O homem decidiu cuidar desse assunto. Colocou o gorro e foi procurar o advogado que contratara para defendê-lo. Queria conversar com ele, ouvir sua opinião e saber em que pé andava o processo. assim que o encontrou, leu seu pensamento:
  'Estive perdendo meu tempo, ocupando-me da defesa desse paspalho. Mas ainda vou reverter o jogo: cobrarei dele a quantia que necessito para o dote de minha filha, que se casará em breve. Depois, arranjarei uma boa desculpa para mandá-lo embora."
  O bom homem, horrorizado com o que acabara de descobrir, decidiu tratar do caso diretamente com o vizinho. Tentaria fazer um acordo, dispensaria o advogado e, assim, o problema estaria resolvido.
  Sem perder tempo, foi à casa do vizinho, cheio da maior boa vontade. Mas, como continuava usando o gorro verde, logo adivinhou o que o vizinho pensava:
  "Já sei o que vou fazer com esse idiota. No dia em que ele estiver cuidando de suas videiras, e que sua mulher for ao mercado, aproveitarei a oportunidade para atear fogo em sua casa."
  Nem é preciso dizer o terrível efeito que essa revelação causou ao pobre homem, que se afastou dali a passos largos, sem dar explicações.
  Desesperado, correu para casa com a intenção de contar à mulher o que havia acontecido. Queria  pedir-lhe um conselho, pois, àquela altura, não tinha ideia sobre a qual a melhor atitude a tomar , na situação em que se  encontrava.
  Devido à pressa e à angústia, esqueceu-se de tirar o gorro. Tão logo se aproximou da esposa, percebeu o que ela estava pensando:
  "Ah, veji que o imprestável do meu marido já está de volta. Qual seria o melhor jeito de me livrar dele? Talvez eu pudesse colocar veneno em sua sopa e despachá-lo para o outro mundo, que é o lugar ideal para homens santos e bobalhões. Livre deste traste, poderei me casar com aquele comerciante que anda me cortejando... Juntos, saberemos dar um bom destino ao dinheiro que esse paspalho vem guardando há anos."
  Um golpe certeiro no peito não teria abalado tanto o bom homem, que se sentia prestes a perder o juízo. Ficou tão transtornado, que teve de se apoiar numa parede para não cair. Então decidiu procurar a filha para contar-lhe as verdadeiras intenções de sua mãe.
  Logo que se aproximou da moça, pôde ler o que ela pensava:
  "Assim que meu pai sair para trabalhar, vou descobrir onde ele guarda o dinheiro que vem economizando há tanto tempo. Pegarei o dinheiro e irei à casa de Juan, que está me esperando. Fugiremos para Barcelona e nos casaremos em segredo. Afinal, sei que meu pai não aprovaria essa união. Portanto, não tem sentido pedir sua bênção... Pensando bem, até que eu poderia convencê-lo, já que ele é ingênuo como uma criança. Mas não vejo o porque me dar a esse trabalho, se posso resolver as coisas mais facilmente."
  Fora de si, o bom homem só conseguiu pensar no filho, a única pessoa que lhe restava. E foi procurá-lo em seu quarto. Encontrou-o ocupado em arrumar as malas.
  Ainda com o gorro verde, o homem logo adivinhou o pensamento do rapaz:
  "Que azar meu pai vir aqui justamente agora. Como vou lhe explicar que planejo sair de casa, correr o mundo, viver aventuras e fazer fortuna? Bem que eu poderia tentar... Mas será que vale a pena? Meu pai é um homem bom, porém um pouco burro. Aposto que eu levaria horas para convencê-lo a abençoar minha viagem. E, pensando bem, para que preciso pedir bênção se já sou um homem feito?".
 - Basta! - Gritou o homem. - Já ouvi o bastante.
  O presente da bruxa era o pior que já recebera em toda a sua vida.
  Num ímpeto, ele arrancou o gorro, que só havia lhe trazido desgosto. Atirou-o ao fogo, para que nunca mais se sentisse tentado a usá-lo.

  Por isso, na Catalunha, quando uma pessoa desesperada toma uma séria decisão, costuma-se dizer que ela "atirou o gorro ao fogo".

Catalunha, Espanha

Fonte: livro Contos Populares Espanhóis, seleção e tradução por Yara Maria Camillo (original de José Maria Guelbenzu)

Tenome - Folclore Japonês

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É uma criatura do Folclore Japonês que se parece com um velhinho cego, com características de músico, massagista ou acupunturista. Não tem olhos no seu rosto, mas sim em suas mãos. Costuma vaguear por terrenos baldios ou cemitérios á noite procurando por vítimas.
  Diz a lenda que o Tenome foi um velhinho humano normal, cego, que foi roubado, espancado, e deixado para morrer em meio a uma estrada. Antes de morrer, este velhinho disse "se eu apenas pudesse ter visto seus rostos! Se eu apenas tivesse olhos que funcionassem, mesmo que fossem nas palmas de minhas mãos!". Por causa da maneira em que morreu, com raiva e agonizando, seu espírito se transformou em um Youkai (maneira como monstros e divindades malignas são chamadas no Japão).
  Tenome costuma sair á procura daqueles que causaram sua desgraça, porém mesmo após adquirir olhos nas palmas das mãos, sua raiva o cegou e enlouqueceu, fazendo com que ataque qualquer pessoa que cruze seu caminho, e passou a se alimentar de sangue e ossos humanos.
  Sua maneira de atacar é bem discreta. Como ataca á noite, se aproxima de suas vítimas devagar, fazendo com que pensem que ele é apenas um velhinho cego, porém ao se aproximar, as vítimas percebem que ele não é uma pessoa normal e saem correndo, o que é inútil, já que o Tenome é bastante rápido e por não enxergar bem, seu olfato é mais desenvolvido que o normal e bem apurado.

  Infelizmente, pelo que pesquisei, não há nada que se possa fazer ou objeto a se portar para evitar de se esbarrar com esse cara, mas como em todos os folclores do mundo diz-se que o sal afugenta entidades malignas, creio que ao andar no cemitério ou terreno baldio no Japão, é sempre bom levar uma trouxinha com um punhado de sal. Se não der certo, é só correr como se não houvesse amanhã ;)



Há uma lenda, da cidade de Kyoto, de um rapaz que entrou em um cemitério á noite para demonstrar coragem, após ser desafiado por amigos. Ao caminhar pelo lugar, avistou de longe uma figura, que parecia a de um idoso, se aproximar. Ao estar perto o bastante para visualizá-lo em detalhes, levou um tremendo susto ao perceber que não tinha olhos em seu rosto, mas sim em suas mãos!
  O jovem correu muito, até que chegou á um templo, e contou o que viu á um sacerdote, e implorou para que o escondesse. O sacerdote então o escondeu dentro de um baú.
  Depois de um tempo, o monstro entrou no templo, e o jovem de dentro do baú pode escutar o barulho dele farejando á sua procura, e esse barulho foi ficando cada vez mais alto, á medida que o monstro ia chegando perto do baú.
  Houve um barulho estranho no templo, parecido como o de um cão sugando os ossos de algum animal. Depois de um tempo, o barulho foi diminuindo, até que tudo ficou quieto. O sacerdote então voltou ao templo para abrir o baú e verificar se o rapaz ainda estava lá, e ao abri-lo levou um grande susto, pois encontrou apenas a carcaça do rapaz: sua pele frouxa, sem nada por dentro.

  Ah! E uma curiosidade, é que o Homem Pálido, o monstro com olhos nas palmas das mãos do filme "O Labirinto do Fauno", de Guillermo del Toro, é baseado na lenda do Tenome:




Fonte:

http://yokai.com/tenome/
http://www.scaryforkids.com/pale-man/
http://matthewmeyer.net/blog/2013/10/08/a-yokai-a-day-te-no-me/

Boggo Road Gaol - Prisão Mal-Assombrada de Brisbane

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  Esta prisão da cidade de Brisbane, no estado de Queensland, na Austrália, recebeu seus primeiros detentos em 1883. Em 1903, a sessão feminina foi construída, com cômodos que limitavam a supervisão dos guardas, por questão de ética. A construção dessa sessão foi de grande êxito para o Estado, e muitas detentas foram transferidas para lá. Apesar de ser construído para abrigar 80 detentas, o local abrigou apenas a metade desse número. Em 1921, após a super lotação da sessão masculina, e a sessão feminina sobrar bastante espaço, o governo decidiu ampliar a área dos homens, e transferir as mulheres para um espaço menor do lugar, deixando para elas apenas a área suficiente para o número em que elas estavam. Assim a sessão masculina, bem maior que a feminina, foi nomeada de Divisão 1, e a das mulheres, de Divisão 2.

Detentas trabalhando na alfaiataria de Boggo Road Gaol

  Do ano em que começaram as atividades na prisão até 1913, foram enforcadas 42 pessoas. Nenhum dos detentos executados foram enterrados nas dependências da prisão, como acontecia na maioria das prisões da época. Foram enterrados no cemitério de South Brisbane, a maioria em sepulturas sem identificação.
  Ellen Thompson (também chamada de Nee Lynch), foi a primeira mulher a ser executada legalmente no estado de Queensland. Em 1887, ela foi apreendida junto de John Harrison, pelo assassinato de seu segundo marido, Willian Thompson. No dia 13 de junho de 1887, antes de soltarem a porta do alçapão, na forca, Ellen disse suas últimas palavras: "Oh, meus pobres filhos; Cuide de meus filhos, Senhor!". O executor cometeu um erro, não calculando bem o comprimento da corda, e por isso ao ser esticada, acabou rasgando o pescoço de Ellen, o qual esguichou um monte de sangue para todos os lados e sujou todo seu vestido preto.
  A Divisão 1, a qual continha o pátio de execução, foi demolido na década de 70.
  Durante os anos 80, houve muitas revoltas e greves em cima do telhado da prisão por causa das más condições do lugar. As celas eram muito pequenas com péssimo estado de higiene sanitária, obrigando todos os detentos a fazerem suas necessidades fisiológicas em um balde e depois jogá-las fora cedo de manhã. Após um inquérito, concluiu-se que as instalações onde residiam os detentos eram totalmente inadequadas, desde então o lugar começou a ser rigorosamente fiscalizado.
  Com o passar do tempo, foi ficando difícil manter o grande êxito que a prisão possuía antigamente, então foi decidido desativá-la, e em 1992 foi fechada oficialmente.
  Como toda prisão abandonada, Boggo Road Gaol tem suas histórias de fantasmas. Uma vez uma turista de uma das excursões noturnas sentiu algo peludo esbarrando em sua perna, e quando olhou para baixo viu um gato branco e preto de três patas passando. Após relatar a experiência ao guarda do local, logo o tal gato foi reconhecido por suas características: disse que é um gato que chamavam de "Tripod", que habitava o lugar na década de 70.
  Diz-se que Ernest Austin, um assassino que foi o último detento a ser executado pelo estado de Queensland, em 1913, assombra a antiga Divisão 2. Ele foi enforcado pelo estupro e assassinato de uma garota de 11 anos chamada Ivy Mitchell. Ele zombou das testemunhas no dia de sua execução, dizendo que iria voltar de seu túmulo para assombrá-las. Os prisioneiros diziam ver seu rosto logo antes de serem atormentados.

Foto de prisão de Ernest Austin

  Há também relatos de pessoas que escutaram vozes estranhas, passos, sombras espectrais, e como toda prisão mal assombrada, é claro, há um fantasma de um carcereiro. Dizem que esse fantasma é do Oficial Bernard Ralph, que foi o único guarda a ser morto no lugar, que teve a cabeça esmagada à pancadas de cano de ferro por um detento.


Fonte: http://theparanormalguide.tumblr.com/post/116358120828/boggo-road-gaol-ghosts-and-hauntings-the#notes
http://boggoroadgaol.com/
https://en.wikipedia.org/wiki/Boggo_Road_Gaol
http://www.mustdobrisbane.com/visitor-info-arts-culture-museums/boggo-road-gaol-tours-dutton-park

Elk de Hiisi - Folclore Finlandês

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , , , ,



  O Elk de Hiisi é um monstro com características de alce da narrativa épica finlandesa que se chama Kalevala. Diz-se que é uma criatura grande, forte e muito rápida, ás vezes é descrita como sendo feita de materiais naturais, como madeira, pedras e musgo.
  Segundo petróglifos (desenhos esculpidos em pedras) encontrados na Carélia do Sul, região da Finlândia, assim como o urso é o principal símbolo animal da Finlândia, a imagem do Elk também era usada como totem pelos povos antigos que foram os primeiros habitantes do país, tendo bastante importância em sua cultura, mesmo sendo uma criatura folclórica.
  No Kalevala, a vilã Louhi (rainha de Pohjola, do Norte), exigia que quem quisesse se casar com sua filha, teria que capturar um Elk vivo. Louhi já havia enganado Vainamöinen, celebre herói finlandês, dizendo que daria a mão de sua filha em casamento á ele, caso conseguisse construir o Sampo para ela, coisa que ela negou logo após Vainamöinen conseguir construí-lo com a ajuda de seu amigo Ilmarinen, o ferreiro. Para ler a história do Sampo, que também faz parte do Kalevala, clique aqui.
  Hiisi é o nome de um lugar sagrado em meio á natureza, pertencente á uma criatura espiritual de mesmo nome que habita o lugar. No idioma finlandês, a palavra Hiisi também pode ser usada para caracterizar alguma entidade ou criatura maléfica.


Fonte: http://kallona.tumblr.com/post/120932407123/hiiden-hirvi-elk-of-hiisi-elk-of-hiisi-is-an
http://www.forgingthesampo.com/2012/10/20/hunting-the-hiisi-elk/
http://en.wikipedia.org/wiki/Karelia
http://en.wikipedia.org/wiki/Hiisi