O Ovo Celestial - Mitologia Chinesa

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  Segundo as tradições mais antigas, no início do mundo tudo era o caos, e estava misturado numa massa que tinha a forma de um ovo. Foi desse ovo que nasceu a primeira criatura, Pan Ku, que também é chamado de Pangu. Passaram-se dezoito mil anos de seu surgimento, e somente então foi que a Terra e o Céu se separaram.
  Os elementos pesados (yin) formaram a Terra, enquanto os elementos leves (yang) formaram o Céu. A cada dia, o Céu subia um pouquinho enquanto a Terra descia. E também, a cada dia, Pan Ku crescia em altura. Quando se passaram mais dezoito mil anos, Pan Ku era tão alto, que seus pés pisavam a Terra e sua cabeça tocava o Céu. Mas Pan Ku era mortal e, quando chegou a hora de sua morte, deixou várias heranças aos homens. Sua cabeça se transformou nas Quatro Montanhas Cardeais; seus olhos se transformaram no Sol e na Lua; sua gordura virou a água dos rios e dos mares; e seus cabelos se tornaram as plantas da Terra. Suas lágrimas se tornaram os pequenos regatos que correm, seu sopro são os ventos e sua voz é o trovão.


  Desde aquela época, no Céu viviam dragões. Eles eram senhores das nuvens e das águas, e se diz que foram antepassados dos Imperadores da China. Alguns desses seres poderosos também moravam sob as águas, e viviam por muito, muito tempo. Mas a capital do Céu, na Terra, ficou sendo a cidade de Kuen-Luen, um lugar que ficava muito além das Montanhas Cardeais, e quando alguém a procura, cada vez que se aproxima um pouco, mais longe fica. Dizem que é cercada por águas, e que quem beber dessas águas se tornará imortal. Também em Kuen-Luen nasce o rio Amarelo, que percorre muitas terras. Toda a encosta da montanha onde se localiza Kuen-Luen é coberta de plantas maravilhosas e mágicas, e lá habitam seres divinos chamados chen.
  Muitas pessoas procuram o caminho para Kuen-Luen, mas não encontram, e nem conseguiriam chegar ao alto da montanha por causa dos guardiões. A capital do Céu é vigiada por cabras com quatro chifres, que devoram quem se aproximar. E o encarregado de guardar a Porta da Luz é um ser que possui corpo de tigre e nove cabeças humanas. Assim, a cidade estará para sempre protegida, e nenhum mal jamais entrará ali.



Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios

Manequim - Curta Metragem de Terror

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   Diretor, roteirista e editor: Deric Nunez
   Diretor de fotografia: Michael Papilla
   Co-roteirista: Erika Kotero

 Copyright © 2013 Cowmaster Studios

O Mundo dos Mortos - Folclore da Polinésia - Mitologia Maori

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  Hutu era um rapaz muito hábil no manejo do dardo. Um dia, lançou seu dardo na aldeia e ele parou diante da casa de uma jovem nobre chamada Pare. A moça se interessou por ele e abriu sua porta, convidando-o a entrar. Mas Hutu, orgulhoso, recusou-se e foi embora. Sentindo-se muito humilhada, Pare mandou que os criados arrumassem toda a casa e saíssem; então, chorou muito e , quando não tinha mais lágrimas, enforcou-se. Morreu, e sua alma seguiu para as Moradas dos Mortos.
  O povo local começou a murmurar contra Hutu, culpando-o pela morte da bela princesa. Ele teve remorsos e decidiu ir até as terras em que viviam os mortos para buscar a alma de Pare. Aprendeu as palavras rituais dos sacerdotes e pôs-se a caminho. Na estrada, encontrou Hine-Nui-Te-Po, a Grande Senhora da Noite, e pediu a ela que lhe ensinasse como chegar ao Mundo Subterrâneo. Mal-humorada, ensinou-lhe uma trilha, mas ele logo percebeu que ela o enganara: aquele era o caminho dos cães para o outro mundo. Hutu voltou e fez uma oferenda para obter da deusa o caminho certo, o dos homens: daria a ela sua clava preciosa, feita de uma pedra rara.
  Hine-Nui-Te-Po gostou do presente e ensinou a Hutu o caminho verdadeiro do Mundo Subterrâneo; explicou que ele deveria ter muito cuidado com o vento que sopraria no buraco pelo qual deveria descer, e que não poderia comer nada naquele mundo, se não quisesse ficar preso para sempre. Deu a ele, para alimentar-se enquanto estivesse lá, um cesto com raízes de samambaia cozidas.
  Hutu partiu pelo caminho ensinado pela Grande Senhora da Noite e encontrou o buraco que levava ao Mundo Subterrâneo. Desceu, tomando cuidado com os ventos, e, ao ver-se lá embaixo, começou a procurar pela alma de Pare. Os outros mortos, a quem ele fez perguntas, disseram que ela estava em uma aldeia, mas ninguém conseguia encontrá-la porque Pare ainda estava envergonhada pelo que acontecera, e escondera-se para que Hutu não a visse.
  O rapaz pensou em atraí-la para fora da aldeia, e desafiou alguns guerreiros mortos para uma competição. Eles aceitaram, e fizeram concursos de arremesso de bola e dardo, que atraíram muita gente para assistir. Mas, mesmo assim, a nobre jovem não apareceu.
  Hutu então criou um novo desafio: amarrou uma corda a uma alta árvore e, com ajuda dos mortos, vergou-a até a copa chegar ao chão. Subiu na copa com um rapaz em seus ombros e mandou que soltassem a corda. Hutu e o rapaz foram arremessados a uma grande distância; todos gostaram do novo jogo e aplaudiram muito. Fizeram grande algazarra, e finalmente o barulho atraiu Pare para fora de seu esconderijo.
  Ela também quis participar da competição;  Hutu subiu à copa da árvore de novo, pedindo a Pare que subisse em seus ombros. Quando a corda foi solta, Hutu e pare foram arremessados a uma distÇancia tão grande, que a corda se enroscou nas raízes próximas ao buraco para o undo lá em cima. Ele subiu pela corda, sempre levando Pare em seus ombros, e conseguiu trazê-la de volta ao Mundo da Luz. Então correu a unir sua alma com seu corpo, e a nobre moça reviveu.



  Notas:
  Os Maoris são o povo indígena da Nova Zelândia, eles são Polinésios e compreendem cerca de 14% da população do País. Maoritanga é o idioma nativo, que está relacionado ao Taitiano e o Havaiano. Acredita-se que os Maoris migraram da Polinésia em canoas por volta do século 9 ao século 13 dC.
Tangata Whenua ou em inglês "indigenous peolple of the land". O nome "Māori" originalmente significava "a população local", ou "o povo original".
Māori foi uma palavra que significava "local" ou "original" – em oposição aos recém chegados – colonizadores brancos Europeus – os "Pekeha". Com a chegada dos colonizadores Europeus, a palavra Māori gradualmente se tornou um adjetivo para o "povo Maori". Esra mudança ocorreu antes de 1815.

Tangata Whenua significa “o povo local”, “o povo local da terra”, “o povo local da terra ancestral”. Tangata significa “ser humano”, whenua significa “terra” ou “terra ancestral”.




Povo Maori


Guerreiros Maoris

  Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos; e o site http://www.estudenovazelandia.com.br/cultura/o-povo-maori-nativos-da-nova-zelandia/ 

Os Deuses, o Asgard e o Valhalla - Mitologia Nórdica

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  Segundo os Eddas e as sagas neles reveladas, o primeiro ser vivo foi Ymir, gigante nascido das nuvens. Ele era alimentado pela vaca Audumla, que também criou o deus Buri. Os descendentes de Ymir e Buri acabaram formando as duas famílias de deuses, os Ases e os Vanes, bem como a terra, os mares, os céus, as montanhas.
  O maior de todos os deuses foi Odin, neto de Buri, e que também era chamado Wotan. Sua esposa era Frigg e seus filhos Thor, Balder e Hermod. Outros deuses dessa família foram os irmãos Frey e Freya, o guardião Heimdall, o traiçoeiro Loki.
  Foram viver no Asgard, local maravilhoso ao qual se pode chegar atravessando a ponte Bifrost, o Arco-íris. A mais bela morada do Asgard era o Valhalla, palácio de Odin. Para lá as filhas de Odin, as Valquírias, levavam os guerreiros que tombavam nas guerras, após percorrerem os campos de batalha e escolherem os mais bravos. Diante de Odin, eles eram recebidos num banquete em que se comia carne de javali e se bebia hidromel.
  Conta um mito que, certa feita, um artífice se ofereceu para construir uma enorme muralha cercando o Valhalla, o que protegeria os deuses de seus maiores inimigos, os gigantes. Odin e os outros acharam a ideia ótima, porém não gostaram do preço cobrado pelo homem: queria em pagamento o Sol, a Lua e mais a deusa do amor: Freya. Mas o esperto Loki os aconselhou a aceitar, argumentando que o construtor jamais conseguiria cumprir o prometido, e portanto eles não teriam de fazer o pagamento. Odin concordou e firmou um acordo com o homem, exigindo que ele terminasse a construção antes do verão.

Odin, Thor, Loki e Freya

  O artífice pediu que o deixassem utilizar apenas o cavalo chamado Svadilfari, para levar o material de construção. Atendendo mais uma vez aos conselhos de Loki, os deuses aceitaram e o homem logo se pôs a erguer a muralha. Para espanto de todos, a construção avançava rapidamente, graças à ajuda do cavalo que eles mesmos tinham cedido.
  Os deuses começaram a ameaçar Loki, julgando-o culpado pela situação, imaginando se teriam mesmo de entregar ao artífice o Sol, a Lua e mais a bela Freya. Loki, então, soltou uma égua para distrair Svaldifari. O cavalo não hesitou em ir atrás da égua e, sem ele, o construtor não conseguiu terminar a muralha antes do verão. Furioso, assumiu sua verdadeira forma: ele era um dos gigantes, inimigos dos moradores do Asgard! Mas nada pôde fazer contra os deuses, pois Thor o atacou com seu martelo e o precipitou às escuras e geladas terras de Niflheim, onde vivem os mortos que não caíram em batalha.




    Aiai Loki...





Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios

Shiva, o Destruidor - Mitologia Hindu

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  O mundo foi criado por Brahma e é protegido por Vishnu, mas não pode durar para sempre. Todas as coisas criadas têm de ser destruídas, para que sejam renovadas. Por isso a divindade precisa ter três formas, e a terceira é Shiva.
  Esse deus, o aspecto destruidor de Trimurti, a trindade, é também conhecido como o Senhor da Dança, e manifesta nessa arte a perfeita harmonia e o ritmo da música, que permeia o Universo. Os artistas o retratam em várias formas: a mais conhecida é como um homem que tem quatro braços. Duas mãos seguram um tamborim e um tridente, as outras duas fazem o gesto de doar. Em seu rosto há o terceiro olho, que lhe dá a visão interior; veste a pele de um tigre e traz três serpentes enrodilhadas em seu pescoço, nocolo e nos braços. Na cabeça, leva um ornamento com a Lua crescente.
  Shiva possui vários aspectos. Um deles é Rudra, o deus mais terrível de toda a Mitologia da Índia. É aquele que luta contra o Mal, senhor da morte, líder dos fantasmas e vampiros. Porém é também o senhor da cura, e todo aquele que o invoca tem as suas feridas saradas. É também o deus dos ascetas, dos que meditam para alcançar o Nirvana*.
  Conta-se que Shiva era tão dedicado à meditação, que deixava sozinha sua esposa Parvati. Sentindo-se abandonada, ela pediu a companhia do deus Kama, Senhor do Desejo. Ora, Kama não podia amar Parvati, pois não apenas amava sua própria esposa, como tinha muito medo de Shiva-Durga. Tentou chamar a atenção do deus, que estava meditando, com uma flecha, para fazê-lo procurar a esposa solitária. No entanto, Shiva não queria deixar a meditação e viu, com seu terceiro olho, que seria interrompido. Para evitar ser perturbado, imediatamente fulminou Kama.
  A esposa de Kama, inconsolável, foi implorar ao deus que ressuscitasse o marido. Para não ser mais incomodado, Shiva consentiu e ele voltou à vida. Mas os desejos de Parvati não foram saciados, e é por isso que todos os amantes se desejam neste mundo: o desejo será eterno, até que a esposa do deus seja atendida. Apesar disso, Shiva tem também o aspecto benévolo, de Senhor da Dança, que é considerada a arte que mais ajuda o homem a entender as coisas divinas.





  Nota:
* Nirvana é uma palavra do contexto do Budismo, que significa o estado de libertação atingido pelo ser humano ao percorrer sua busca espiritual.

Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios

Trauco e Fiura - Folclore Chileno

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  Trauco e Fiura, pelo artista Felipe Pizarro Sáenzde Urtury

  Nas florestas selvagens da Ilha Grande de Chilóe, uma ilha situada no arquipélago de Chiloé, ao largo da costa do Chile, vive Trauco e sua esposa Fiura, pequenas criaturas parecidas com ogros, e que têm poderes mágicos. Apesar de serem feios, com nariz achatado e olhos pequenos lustrosos, têm o poder incrível de seduzir. Os dois têm o poder de se tornar irresistivelmente atraente para qualquer pessoa que queiram seduzir.
  Trauco e Fiura, apesar de serem marido e mulher, parecem ter um relacionamento aberto, permitindo um ao outro ter relações com outras pessoas.


  Trauco tem pernas, porém não tem pés, é do tamanho de um anão e costuma se disfarçar de padre, ou curandeiro. Se protege da chuva e do sol com seu chapéu cônico feito de uma planta chamada quilijena, material do qual são feitas também suas roupas. Anda sempre com seu machado de pedra, que é símbolo de sua potência sexual, e que usa para derrubar árvores, independente de seu tamanho ou peso, pois possui uma força muito grande, e pode derrubá-las apenas com três machadadas.
  Costuma caminhar pelos bosques á procura de mulheres bonitas, para atraí-las com seu poder, e caso resistam, provoca nelas sonhos eróticos até que se rendam aos seus braços. Na Ilha de Chiloé, quando uma moça engravida de repente, sem explicação aparente, as pessoas costumam dizer que foi engravidada pelo Trauco (que nem aqui no Brasil, que dizem que gravidez do tipo é culpa do Boto cor-de rosa).
  Quando as famílias das moças suspeitam que o Trauco está atrás delas, colocam um punhado de areia sobre a mesa, porque assim o Trauco fica ocupado contando cada grãozinho de areia e acaba se esquecendo das moças. E para evitar o Trauco pode-se também deixar facas cruzadas em forma de cruz nas janelas, portas e debaixo das almofadas.
  Já aos homens (e apenas aos homens), o Trauco pode fazer muito mal: dizem que apenas ao encará-los pode quebrar seus ossos e até mesmo fazer com que morram em um curto prazo de tempo (porém caso não olhe em seus olhos, isso não acontece) e seu hálito pode fazer com que sua boca fique torta. Se um homem olhá-lo sem que este perceba, o Trauco é obrigado a servi-lo por um ano inteiro.

  A Fiura é muito malvada, sendo a "encarnação do vício e da perversidade", e dizem que ela além de ser esposa de Trauco, é sua filha também, e que os dois têm vários filhos dessa relação incestuosa, e todos eles recebem o nome de seus pais. Costuma ficar sozinha, se banha nos rios locais e depois passa horas dormindo nua na borda desses rios, e quando prefere ficar vestida, se veste com musgo. Ela também é muito forte, porém não tão corajosa como o marido, qualquer barulho alto faz com que ela se assusta e se esconda. Dizem que é terrivelmente feia, uma de suas características mais marcantes, porém também possui o poder mágico de seduzir, e pode encantar jovens lenhadores locais que andam sozinhos pela floresta.
  Se algum homem imprudente se aventurar longe demais floresta adentro e olhar para a Fiura, podem entrar em choque. Diz-se que olhar para a Fiura pode causar deformação nos pés e nas mãos, e o único tratamento para isso é o suco de uma planta nativa chamada Pahueldún, o qual só pode ser extraído açoitando o próprio corpo com seus galhos, e também que ela quebra os ossos dos animais só com seu hálito.

   Essa com certeza foi uma das lendas folclóricas mais bizarras que eu já li... No arquipélago de Chiloé há várias versões dessa lenda.



  Fonte:
http://www.theparanormalguide.com/blog/trauco-and-fiura
http://www.proturchiloe.co.cl/mitologi.htm
http://chile.travel/blog/leyendas-de-chiloe-la-fiura-y-el-trauco/
https://es.wikipedia.org/wiki/Fiura
https://es.wikipedia.org/wiki/Trauco

Hospital Psiquiátrico de Gonjiam

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   Este hospital é o lugar mais mal assombrado da cidade de Gwangju, na Coreia do Sul. Lendas persistem nesse lugar por causa das mortes misteriosas que lá ocorreram, e o levaram a ser desativado em meados dos anos 90. E dizem que almas torturadas ainda vagueiam por esse lugar tenebroso, onde hoje é apenas uma instalação de concreto cinza manchado, com portas enferrujadas e janelas quebradas.
  O edifício aparenta ter sido fechado há muitos anos, porém foi abandonado há pouco mais de 20 anos. Apesar de haver muitos motivos para que o hospital fosse fechado tão de repente, a história mais popular diz que durante 10 anos pacientes e funcionários do lugar começaram a morrer, de mortes inexplicáveis, encontrados mortos em seus quartos, ou em cima de escrivaninhas, em seus escritórios.
  Como os familiares dos pacientes não deram explicações de como poderia ter ocorrido suas mortes (se é que todos os pacientes que morreram tinham familiares aos cuidados deles), as pessoas começaram a comentar, e logo um boato se formou.
  Em fóruns da internet e websites sobre fenômenos sobrenaturais coreanos, há um boato sobre um médico maníaco e assassino que fazia experimentos cruéis, porém NÃO há nada comprovado, e nem ao menos pistas que sugerem isso. Vocês sabem... boatos da internet.
  O outro lado da história (o mais plausível), é de que o local foi fechado por estar em más condições de higiene, ter problemas financeiros e um sistema de esgoto defeituoso. E quando o problema com o sistema de esgoto começou a piorar, o dono do lugar simplesmente saiu do país e não deixou nenhuma documentação do terreno ocupado, nem do edifício.

   Apesar de tudo, um fato é que de certo pessoas morreram inexplicavelmente nesse lugar. Desde então, muitas pessoas debatem sobre essas duas versões da história. Porém, algo que não se pode negar, pelas condições nas quais os pacientes eram deixados, com o problema do esgoto e etc., que devia exalar um terrível mal cheiro e expô-los á inúmeras doenças (daí um dos possíveis motivos das mortes ocorridas!), é que o hospital foi um ambiente de muita tristeza e sofrimento. Sem falar que se a direção do hospital não se preocupava com a saúde dos pacientes, com certeza não se preocupavam se os pacientes estavam sendo mal tratados ou não, coisa que infelizmente sempre foi muito comum nos hospitais psiquiátricos/manicômios do mundo todo.


  Independente da razão na qual fez com que o hospital fosse abandonado, as condições na qual ficou parece que foi deixado ás pressas: macas, escrivaninhas, armários de arquivos, colchões e demais móveis de hospital espalhados pelos cômodos. Algumas salas de exames ainda contém jalecos brancos velhos e manchados, cadeiras enferrujadas, e em alguns lugares até folhas dos arquivos. Em certos lugares alguns objetos pessoais dos pacientes também podem ser encontrados, como joguinhos, livros e fotos.



Essa banheira, pelo formato, dá pra perceber que era da hidroterapia, técnica usada para acalmar os pacientes



  Infelizmente (ou não), os guardas locais não incentivam a entrada de turistas no local, mesmo assim muitas pessoas se arriscam durante todo o ano para invadir o edifício e explorar o lugar. Dizem que por ter sido palco de muito sofrimento, certa carga negativa paira sobre o local, podendo ser considerado ou não causada por força sobrenatural, e pessoas que já se arriscaram afirmam ter visto sombras e ouvido sons estranhos ao andar por lá.



  Não existe SÓ esse Hospital psiquiátrico com uma história macabra, no mundo todo isso foi uma triste realidade no início do século passado. Aqui no Brasil mesmo existiu um que por sinal foi um dos mais cruéis que eu já li sobre. É o Manicômio de Barbacena, em Minas Gerais, que foi um dos lugares mais cruéis do país, onde os pacientes eram extremamente maltratados e deixados em condições desumanas (para ver uma matéria sobre, clique aqui!). Em breve farei mais posts sobre o tema, pois é BEM extenso!

  A segunda temporada da série norte-americana American Horror Story retrata claramente a realidade dos hospitais psiquiátricos antigos. O tema é "Asylum":



  Fonte: http://www.theparanormalguide.com/blog/gonjiam-psychiatric-hospital
http://www.travelerstoday.com/articles/8322/20140121/discover-haunted-part-south-korea-visiting-abandoned-gonjiam-psychiatric-hospital.htm
http://www.atlasobscura.com/places/gonjiam-psychiatric-hospital
http://chincha.co.uk/2013/06/breaking-into-a-haunted-mental-hospital-in-korea/

Kodama - Folclore Japonês

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  Na Mitologia Japonesa, Kodama (em Japonês こだま, ou 木霊) é o nome dado á um tipo de espírito que vive dentro de árvores, geralmente as maiores ou mais velhas, em florestas intocadas por mãos humanas. Essas pequenas almas podem sair de dentro das árvores que habitam para andar por onde quiserem, protegendo toda a área florestal, mantendo o equilíbrio da natureza. Raramente são vistos, mas frequentemente são ouvidos: dizem que os Kodamas emitem sons parecidos com um eco, ás vezes tentando imitar vozes humanas. Quando aparecem, são vistos como um globo de luz espectral, ou como uma silhueta brilhante de uma criatura humanoide pequena. A força vital dos Kodamas, está ligada diretamente á árvore em que habita, estando ambos dependendo um do outro para viver: caso a árvore morra, o Kodama morrerá também, e vice e versa.
  No Japão, são considerados deuses das árvores, protetores das florestas e de seus visitantes, caso tenham a alma pura. Dizem que eles abençoam as regiões próximas á floresta com vitalidade, e os moradores que encontram uma árvore habitada por um Kodama, a honram marcando-a com uma corda sagrada conhecida como "shimenawa". Ocasionalmente, árvores muito antigas sangram quando são cortadas, e isso é um sinal de que um Kodama vive nela. Derrubar uma árvore antiga no Japão é considerado um pecado grave, podendo trazer uma maldição horrível em qualquer um que o fizer, e pode até causar ruína á uma comunidade próspera.



  No filme de animação japonês "Princesa Mononoke", aparece um MONTE deles:





Fonte: http://shrinemaidens.tumblr.com/post/105009083882/east-asian-mythology-meme-46-legendary
http://yokai.com/kodama/