Quadrinhos: A Sereia - Folclore Celta

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    Esta é uma história em quadrinhos feita pela ilustradora inglesa Briony May Smith. Foi baseado em um conto popular da Cornualha, de origem celta, chamado "A Sereia de Zennor".
  Toda a arte dos quadrinhos foram feitas pela Briony May Smith, eu só traduzi para o português.
   Aqui está o link do Tumblr oficial dela: http://brionymaysmith.tumblr.com/

Dica de filme: Princesa Mononoke

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  Este é um dos meus filmes favoritos, que também aborda bastante o tema do folclore japonês.
  Eis a sinopse (retirada do site AniTube!):

Mononoke Hime  (もののけ姫, em japonês) é um longa metragem produzido em 1997 pelos estúdios Ghibli. A trama desenvolve-se durante a era Muromachi (1333-1558), e baseia-se na antiga cultura japonesa, na eterna luta entre homem e natureza. A história começa com Ashitaka, que ao tentar defender sua vila, é atacado por um javali gigante, e acaba tornando-se vítima de uma maldição: uma marca em seu braço, cuja expansão acabará levando-o à morte. Agora ele deve achar o causador do mal que transformou um Deus-javali em uma "besta" para que, quem sabe, encontrar uma salvação para o seu destino. Em sua viagem, ele chega à Tataraba, a Cidade do Ferro, governada por Lady Eboshi, que busca pelo Shishigami, Deus da Floresta, que segundo a lenda, concederá vida eterna àquele que possuir sua cabeça. Ashitaka conhece também San, uma jovem criada por Moro, a Deusa-lobo, que quer matar Lady Eboshi para colocar um fim à destruição que ela vinha causando aos seres da floresta em nome do progresso. Ashitaka agora, encontra-se em meio a uma guerra entre o vilarejo de Lady Eboshi, e os Deuses da Floresta, em uma mágica aventura. Com uma história envolvente, animação de primeira, personagens cativantes, trilha sonora excelente, Mononoke Hime é um maiores ícones das animações Ghibli, e importante trabalho assinado pelo consagrado diretor Hayao Miyazaki.






  Nesse filme aparecem os Kodamas, espíritos das árvores que eu já havia mencionado aqui no blog, no gif abaixo há uma das muitas aparições deles nesse filme. Clique aqui para ver o post sobre eles.


Pra quem gosta de filmes de ação e fantasia, é uma ótima opção. Além de ter uma história incrível, o filme é muito bem produzido e tem uns efeitos sonoros bem interessantes.
Aqui neste site tem o filme online completo, em português: http://megafilmeshd.net/princesa-mononoke/
 
Divirtam-se!

La Pincoya - Folclore Chileno

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  Nas praias do arquipélago de Chiloé, ao sul do Chile, habita uma linda moça chamada Pincoya, a qual os habitantes das ilhas veneram e depositam enorme confiança, por causa do seu poder de conceder fartos períodos de pesca e de proteger os pescadores nas tempestades. Tem cabelos dourados, uma beleza encantadora e sempre está semi vestida de algas marinhas. Diferentes das sereias, que possuem calda de peixe no lugar das pernas, a Pincoya tem aparência inteiramente humana.

  Pincoya é filha de Millalobo, ser poderoso dos mares, e Huenchula, a guardiã da fecundidade do oceano.     Quando nasceu, Pincoya não poderia ser vista por olhos humanos devido ao fato de ser filha de um ser mágico dos mares. Quando Huenchula voltou para a casa de seus pais após ter dado a luz á Pincoya, a deixou no berço e se distanciou por um momento, e sua mãe não resistindo á tentação de conhecer a neta, levantou o véu que cobria o berço para vê-la, fazendo com que Pincoya se transformasse em água cristalina. Quando Huenchula soube do que aconteceu, entrou em desespero, colocou a filha transformada em água em um pote, correu para a praia e a lançou no mar.  Aos prantos foi ao interior do oceano contar ao marido o que havia acontecido com sua filha, e ao acabar de pronunciar a última frase a respeito, viu Pincoya transformada em uma linda jovem, emergir magicamente das águas em uma barca semelhante a uma concha. Felizes com o regresso da filha, a família toda foi morar no fundo do mar, no palácio de Millalobo. Depois de um tempo, Pincoya casou com seu irmão, o Pincoy, e juntos ajudam a cuidar do reino de seu pai, Millalobo.

  Desde esse dia, as múltiplas variedades de peixes, mariscos e diversos seres marinhos que o Millalobo oferece ao povo de Chiloé juntamente com a farta colheita nas ilhas, os dá por intermédio de sua filha preferida, a Pincoya, que dança uma canção cantada por seu marido Pincoy.

  Os nativos de Chiloé contam que a Pincoya dança lindamente nas águas do mar como sinal de que haverá boas pescas, porém quando dança sobre a terra, é sinal de que haverá escassez, e que será necessário pescar em praias mais longínquas. Quando há escassez por um longo período de tempo, é porque a Pincoya não tem aparecido, e para fazer com que ela, e consequentemente a abundância de pesca, voltem, é necessário que uma cerimônia específica seja feita.

  A Pincoya é conhecida também por salvar os pescadores dos naufrágios. Se por razões superiores não cumpre sua missão de salvá-los, ela com a ajuda de seus irmãos e de Pincoy transportam com ternura as almas dos afogados ao Caleuche, um barco fantasma, onde passam a ser seus tripulantes, a caminho de uma nova existência de eterna felicidade.
  
Escultura representando a Pincoya na praça de Ancud, no Chile


Indra, Senhor dos Trinta e Três Deuses - Mitologia Hindu

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  Indra é o Senhor dos Deuses. Costuma aparecer montado em Airávati , um elefante de cor branca; suas armas são o raio e o trovão. É muito poderoso; seus objetivos são triunfar sobre os demônios e conquistar a Iluminação. Muitas vezes foi auxiliado em suas lutas por Agni, o Fogo, e seus seguidores, os Angiras. Isso aconteceu na ocasião em que os Panis, seres das trevas, roubaram o rebanho de vacas dos deuses. Indra foi à sua procura e, com a ajuda de sete Angiras, conseguiu encontrar as vacas e recuperar o rebanho. Muitas foram suas aventuras, mas a mais perigosa deve ter sido a luta contra o demônio Vritra, o Envolvedor. Este fora criado pelo deus Tvashtri, como vingança pelo senhor dos deuses ter matado seu filho Trishiras; acontece que, se Indra não houvesse matado Trishiras, este teria devorado todo o universo.
  Quando criou Vritra, Tvashtri lhe deu imenso tamanho e a capacidade de reter as águas dos Sete Rios; sua cabeça tocava os céus. Indra se dispôs a enfrentá-lo, porém a força do demônio era imensa e, após uma terrível luta, Indra foi vencido e devorado. Os outros deuses ficaram apavorados com isso. Pensaram  nas formas de recuperar seu rei, e tiveram a ideia de fazer o gigantesco ser bocejar. Quando Vritra abriu a enorme boca num bocejo, Indra conseguiu escapar das entranhas do monstro, e a luta recomeçou. Mas o Senhor dos Deuses sabia que não podia vencer Vritra, e preferiu fugir, profundamente humilhado. Os deuses lhe sugeriram procurar Vishnu, o deus dos dez avatares, para pedir ajuda, e assim ele fez. Vishnu, porém, aconselhou que ele fizesse as pazes com Vritra, pois ainda não havia no mundo uma arma que o vencesse. Prometeu, porém, que um dia poderia encarnar-se como uma arma poderosa o bastante para matar o demônio.
  Indra concordou em reconciliar-se com Vritra; e o malvado gigante exigiu que ele jurasse não atacá-lo nem durante a noite nem durante o dia, com nenhuma arma feita de metal, pedra, madeira, e que não fosse seca nem molhada. Indra fez o juramento, mas em seu coração planejava uma forma de vingar-se do monstro. Certa tarde, ele estava passeando pela praia quando percebeu que naquele momento não era mais dia, porém ainda não era noite; e viu erguer-se no mar uma grande coluna de espuma, que não era seca nem molhada, nem feita de metal, madeira ou pedra. Tomou a coluna nas mãos e arremessou-a contra Vritra. A espuma, que era uma encarnação de Vishnu, cumpriu seu papel e matou o malvado.




Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios