Huldufólk - Folclore Islandês

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  Hundufólk (que significa "povo escondido") é uma espécie de elfos que habitam a Islândia e algumas partes das Ilhas Faroé. Diz-se que eles vivem em fendas de rochas, cavernas e escarpas, as quais são a entrada para outra dimensão na qual apenas eles têm acesso. Podem se tornar visíveis apenas para alguns humanos nos quais foram dados o dom de poder vê-los; dizem também que há uma época do ano em especial na qual eles podem ser vistos.
  Na Islândia, as pessoas têm o maior respeito por eles, e costumam tomar muito cuidado ao construir suas propriedades em algum lugar, pois acreditam que poderão ser castigados ao destruírem um local onde moram os Hundúfolk: incessante má sorte pode cair sobre os responsáveis, podem ocorrer acidentes, operários ficam doentes, materiais de construção, mesmo sendo novos, podem se quebrar repentinamente, e etc. Inclusive algumas obras são interrompidas e algumas chegam até a serem canceladas por causa desses incidentes.
  A personalidade dos Hundufólk é bem parecida com a dos humanos. Não são denominados como bons ou maus, porém isso pode variar. Há histórias que relatam que eles costumam pôr à prova os humanos, tentando seduzi-los com presentes ou comida, punindo aqueles que cedem á tentação e recompensando aqueles que conseguem resistir.
   A lenda dos Huldufólk ainda é bem predominante na Islândia, tanto que lá há quatro feriados que têm uma conexão especial com eles:

  •  Véspera de Ano Novo, considerada a época na qual os Huldufólks se mudam, por isso nesta noite os islandeses costumam deixar comida pelos lugares e velas para orientá-los; 
  • A Décima Segunda Noite (em Islandês "Þrettándinn"), em 6 de Janeiro, que é o último dia do Natal, no qual as famílias se reúnem para jantar, soltar fogos, acender fogueiras (chamadas álfabrennur, que significa "fogueira dos elfos") e dançar danças élficas;  
  • O Solstício de Verão (em Islandês, "Jónsmessa") celebrado no dia 24 de junho. De acordo com o folclore Islandês, nessa noite as vacas ganham o poder de falar, focas viram seres humanos, e é saudável rolar nu sobre a grama molhada pelo sereno (UHUL!!!);
  • A Noite de Natal.






Decoração feita em homenagem aos Huldufólk

Gigantes e Anões - Mitologia Nórdica

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  Antes mesmo que os homens surgissem na face da Terra, os gigantes e os anões já povoavam o mundo. Nascido dos gelos primitivos, o primeiro ser vivo foi chamado de Ymir. Ele deu orgiem a outros gigantes e depois a uma enorme vaca chamada Audumla. Um dia, com muito vagar e paciência, Audumla começou a lamber um bloco de gelo, e dele foi aos poucos surgindo Buri.
   Buri se casou com uma giganta, e dessa união nasceram os primeiros deuses: Odin, Vili e Vê.
   Nesse período, formaram-se altas montanhas a partir do corpo inerte de Ymir, e sobre elas os cabelos do gigante criaram raízes e viraram florestas. Depois os deuses fizeram os animais, as plantas e, com dois troncos de árvore, o primeiro homem e a primeira mulher. O mundo tomou forma - um mundo onde gigantes e deuses prosperaram separados. Infelizmente surgiu a discórdia entre esses dois povos. Depois de uma longa guerra, os deuses saíram vitoriosos, mas muitos grupos de gigantes se esconderam nos lugares mais inóspitos, para preparar sua vingança.
   Desde essa época, os dois povos passaram a se enfrentar num combate perpétuo, e o barulho de suas lutas intermináveis ressoava pelo mundo. No coração dos vulcões, os gigantes do fogo se agitavam em seu escuro reino subterrâneo e provocavam terremotos. Entrincheirados no País da Geada, os gigantes do frio enviavam tempestades de neve e rajadas de gelo. E, no fundo dos oceanos, os gigantes dos mares desencadeavam terríveis tormentas.
   Os deuses não confiavam nesses seres primitivos, violentos e perigosos. Por isso construíram Asgard, um local fortificado onde poderiam viver com toda a tranquilidade. Mas as relações não estavam totalmente rompidas, e alguns gigantes chegavam a se mostrar amáveis. Era o caso de Mimir, guardião da Fonte da Sbedoria, que se tornou amigo de Odin, e Aegir, gigante dos mares que acabou sendo considerado um deus.

Gigantes do fogo

Gigantes do gelo

Gigantes do mar: Aegir e suas filhas

   Homens e deuses sabiam que debaixo da terra viviam pequenos seres simpáticos, mas dos quais era muito difícil chegar perto: os anões. Apesar de discretos e temerosos, eles eram os senhores do fogo e da arte dos metais. Donos de todos os segredos da forja, zelosos de seu saber, tinham o poder de fabricar armas mágicas. Por isso, os deuses os protegiam e até os cortejavam.
   Seguindo receitas que só eles conheciam, os anões faziam jóias maravilhosas, como o colar da deusa Freya. Forjaram também uma lança mágica para Odin - uma arma indestrutível que nunca errava o alvo! Depois criaram uma espada de resistência excepcional. Chegaram mesmo a fabricar um navio coberto de ouro, o qual vencia sem nenhuma dificuldade as ondas, tempestades e ventos contrários e sempre chegava ao destino que Odin determinava - em outras palavras, o navio com que sonhavam todos os vikings, sacudidos pelas ondas e expostos a todos os perigos em suas embarcações de madeira...
   Ainda que às vezes pregassem peças, os anões eram incapazes de maldade e não agrediam ninguém. Não eram imortais, mas podiam viver muito tempo, pois para eles as luas duravam séculos. Talvez mesmo hoje, nas montanhas agrestes da Escandinávia, alguns ainda estejam vivos, guardando fabulosos tesouros. Os mineiros de lá garantem que de vez em quando os vêem de relance no fundo de galerias abandonadas. E dizem também que isso é sempre um excelente presságio!


Anões (arte por John Bauer)


   Fonte: livro Os Vikings: Mitos e Lendas, de Gilles Ragache e Marcel Laverdet, tradução por Ana Maria Machado.

Dica de filme: Apocalypto

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   Galera! Sexta feira passada eu assisti a esse filme, é muito bom! É suspeito eu falar, por que tenho uma certa obsessão pela cultura dos povos Maia. Mas achei hiper interessante comentar sobre esse filme aqui. 
   É um filme épico de ação e drama. Mostra bastante os costumes e as crenças do antigo povo Maia. É tão realista, que os diálogos são falados em um antigo dialeto Maia da região de Iucatã. E claro, não tem nem como dublar um filme assim, portanto é todo legendado.

  Eis aqui a sinopse:

   Durante o declínio do Império Maia, pouco antes da colonização europeia na América Central, um pequeno grupo que vive na floresta tropical é dizimado e capturado. Jaguar Paw (Rudy Youngblood) levava uma vida tranquila, que foi interrompida devido à invasão. Os governantes de um Império Maia em declínio acreditavam que a chave para a prosperidade seria construir mais templos e realizar mais sacrifícios humanos. Jaguar é capturado para ser um destes sacrifícios, mas consegue escapar por acaso. Agora, guiado apenas pelo amor que sente por sua esposa e pelo filho, ele realiza uma corrida desesperada para chegar em casa e salvar sua família.




  Ah! E avisando: o filme contém fortes cenas de violência, incluindo sacrifícios aos deuses e etc., ou seja, não é indicado pra assistir com a priminha de 6 anos, ok?



   Aqui está um link de um site no qual vocês podem assistir ao filme online:
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-apocalypto-legendado-online.html   


A Ponte de Zhaozhou - Conto Popular Chinês

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   A pedido de um leitor, que pediu para que eu postasse mais sobre a mitologia chinesa, eis aqui um conto Han, bem popular na China:


   Na cidade Zhazhou havia duas pontes, uma do lado sul e outra do lado oeste. A maior era a do sul e foi construída por Lu Ban, e a mais pequena, ou seja, a do oeste foi construída pela sua irmã Lu Jiang.
   Lu Ban e a sua irmã andavam a viajar pela China até que chegaram a Zhaozhou. Lá ao longe viram as muralhas douradas da cidade, mas, quando se aproximaram, viram que um rio, cujas águas brilhavam com a luz do sol, lhes barrava o caminho. Na margem havia uma multidão de pessoas que gritavam e se empurravam para ver quem é que conseguia passar primeiro para entrar na cidade. O rio tinha uma corrente bastante forte e só havia dois barquinhos para fazer a travessia. Por isso levava muito tempo a passar e além disso levava poucas pessoas de cada vez. Entre a multidão havia comerciantes de arroz, de palha, carregadores de sal, vendedores de tâmaras, camponeses que levavam algodão para fiação, comerciantes de tecidos que iam para a feira do templo... Uns levavam toda a carga aos ombros, outros levavam-na em burros ou em carroças.
   Muitas vezes alguns perdiam a paciência e provocavam cenas de desacato. Ao ver isto, Lu Ban perguntou aos que estavam à sua volta:
  - Por que é que não constroem uma ponte sobre o rio?
   Perguntou a várias pessoas e todas responderam:

   Dez lis tem o rio de largura,
   Há areias movediças na fundura.
   Muitos o têm projetado
   Nenhum o levou de acabado.

   Então Lu Ban e Lu Jiang examinaram o terreno e a força da água e resolveram construir duas pontes.
   Lu Jiang estava farta de ouvir gabar a habilidade do irmão, mas, como não estava muito convencida disso, quis desafiá-lo e por isso disse-lhe:
  - Cada um de nós vai construir uma ponte e havemos de ver quem é que a acaba primeiro. Começamos a obra ao cair da noite e quando o galo cantar, a ponte tem de estar construída. Quem não conseguir acabar, deve dar-se por vencido.
   Lu Ban aceitou. E ficou então decidido que iria construir a ponte do lado sul da cidade e Lu Jiang do lado oeste.
   Mal Lu Jiang chegou ao local escolhido para a construção da ponte, começou logo a fazer os preparativos necessários e pôs mão à obra. Ainda não era meia noite e já tinha acabado. Pensou então que desta vez iria passar à frente do irmão e querendo ver como é que lhe corriam as coisas, sem que ninguém a visse, foi espiá-lo. Mas qual não foi o seu espanto ao chegar lá e ver que estava tudo na mesma. Não viu nem sombras de nenhuma ponte e o seu irmão também não estava por ali. "onde é que ele se meteu?", interrogou-se admirada. Mas logo viu ao longe um pastor com um rebanho de carneiros que vinham a descer o monte Taihang. Rolavam pela encosta abaixo, ás cambalhotas, e vinham na sua direção.
   Quando chegaram perto de onde ela estava, viu que o pastor era o seu irmão e que o rebanho eram pedras de mármore, lisinhas e brancas como a neve. Ao ver isto sentiu um aperto no coração. Com tais pedras o seu irmão iria decerto construir uma ponte sólida e muito bela. O que seria da sua em comparação com esta? Era preciso encontrar uma maneira de a embelezar. Teve uma ideia, correu logo para a sua ponte e pôs-se a ornamentar os resguardos da ponte com esculturas. Ao fim de certo tempo, esta estava já toda decorada com esculturas de um guardador de gado, de uma tecelã, de uma fênix a voar em direção ao sol, de flores, de plantas raras, etc. Admirou sua obra e sentiu-se feliz. E não aguentando mais estar ali, correu de novo para junto do lugar onde seu irmão devia construir a ponte para ver se ele já tinha terminado. E desta vez sim, a ponte estava já quase acabada, só faltava pôr mais duas pedras. Então cheia de impaciência, Lu Jiang imitou por duas vezes o canto do galo, o que fez com que todos os galos da aldeia acordassem e se pusessem a cantar: có, có, có, có, có!... Ao ouvi-los, Lu Ban apressou-se a colocar as pedras que faltavam e assim a sua ponte ficou concluída até o cantar do galo como tinha sido combinado.
   Das suas pontes, uma era grande e a outra era pequena. A ponte que Lu Ban construíra era de uma grandeza imponente e tinha um aspecto sóbrio, por isso ficou conhecida por "a grande ponte de pedra".
   A que Lu Jiang tinha construído estava decorada com belas esculturas. Ficou conhecida por "a pequena ponte". A partir de então, sempre que as moças queriam bordar almofadas, pantufas, etc., as mães aconselhavam-nas a ir até a ponte oeste da cidade para copiar um daqueles bonitos arbustos de flores que ornamentavam os resguardos da pequena ponte.

Ilustração retratando Lu Ban e sua irmã Lu Jiang

   A notícia de que em Zhaozhou tinham sido construídas numa só noite uma ponte tão sólida e outra tão bonita correu rapidamente por todas as cidades da região e chegou aos ouvidos dos *Oito Imortais, que viviam nas grutas de Penlai. Um deles, Zhang Guolao, cheio de curiosidade, mal ouviu a notícia foi buscar o seu burro de crina negra e pôs-lhe às costas um saco no qual tinha colocado do lado esquerdo o Sol e do lado direito a Lua. E convidou o rei Chai para o acompanhar, o qual levou um carrinho cujo estrado era de ouro e as pegas de prata. Puseram em cima do carrinho as quatro grandes montanhas e lá foram para Zhazhou. Assim que chegaram junto da ponte, Zhang Guloao perguntou em voz alta:
  - Quem é que construiu essa ponte?
   Lu Ban, que estava ali a verififcar a solidez dos resguardos e do vão da ponte, respondeu:
  - Fui eu. O que aconteceu? Há alguma coisa de errado?
   Zhang  Guolao apontou para o burro e para o carrinho de mão e disse:
  - Nós queríamos atravessar a ponte, julgas que ela pode aguentar este peso todo?
   Lu Ban desatou a rir e respondeu:
  - Se mulas e cavalos passam por ela, por que é que um burro e um carrinho de mão não haviam de poder passar? Vá! Passem!
   Zhang Guolao e o rei Chai trocaram um sorriso entre eles e começaram a atravessar a ponte. Mas lhe puseram o pé em cima, esta começou a abanar como se fosse desmoronar-se. Lu Ban correu para debaixo dela para a aguentar, segurando-a com os braços e só assim os dois puderam passar sem problemas. A ponte não só aguentou bem como ficou ainda mais sólida. Só que do lado sul ficou um pouco fora do lugar. Hoje podem-se ver lá sinais dos cascos do burro de Zhang Gulao e o rodado deixado pelo carrinho de mão do rei Chai que ficou marcado numa distância de um metro. Por baixo da ponte vêem-se ainda também as marcas das mãos de Lu ban. Houve tempo em que se vendiam pinturas de Ano Novo que representavam Lu Ban a segurar a ponte.
   Depois de passar para o lado de lá, Zhang Gulao voltou-se para Lu Ban e disse:
  - É uma pena que a tua vista seja tão má!
   Lu Ban só então viu quem eles eram. Reconhecendo que seus olhos não foram capazes de identificar logo tão importantes personagens, envergonhado, arrancou um dos seus olhos, pousou-o atrás da ponte e foi-se embora sem dizer nada. Pouco depois, o rei dos escudeiros passou por ali e vendo o olho de Lu Ban, apanhou-o e pô-lo na testa. E é por isso que em todas as pinturas e desenhos o rei dos escudeiros aparece sempre com três olhos.
  Lu Ban hoje é o patrono dos carpinteiros e é por isso que estes fecham um olho quando querem verificar se uma linha está direita.
  Durante várias gerações, os habitantes de Zhaozhou recordaram Lu Ban com reconhecimento pela construção da grande ponte de pedra e ainda hoje os guardadores de gado cantam esta canção:

   Quem construiu a ponte de Zhaozhou? 
   E quem foi que, qo passar lá com burro,
   a fez inclinar um pouco para o oeste?
   E quem é que lá passou com um carrinho de mão,
   e deixou bem marcado o rodado?
   Foi Lu Ban que fez esta ponte.
   E Zhang Gulao, ao passar lá com o seu burro,
   fê-la inclinar para o lado oeste.
   E foi o rei Chai que, com o seu carrinho,
   Aí deixou bem marcado um rodado.




Foto da ponte de Zhaozhou

   *Os Oito Imortais são um grupo de deidades mitológicas chinesas que aparecem em lendas e textos tradicionais da doutrina taoista. Eles agem como super-heróis santos e atuam na vida de seus devotos de várias maneiras. Diferentemente dos deuses de mitologias politeístas, os Oito Imortais são pessoas comuns que chegaram à iluminação e se tornaram imortais e etéreas. Todos eles estão ligados a figuras históricas (que realmente existiram ou não) das dinastias reais chinesas entre 206 a.C. e 1279. Podem ser, por exemplo, um primo de um imperador da dinastia Tang ou um general sem nome do exército dos Song.




  Fonte: livro Contos Populares Chineses, traduzido pelo Instituto de Línguas Estrangeiras de Pequim, República Popular na China.
 http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-sao-os-oito-imortais

Cihuateteo - Mitologia Asteca

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  Na mitologia asteca, o parto era considerado uma batalha, e as mulheres que morriam dando a luz eram consideradas guerreiras que morreram lutando, e por isso viram uma divindade muito honrada e temida, chamada Cihuateteo, que quer dizer "mulher divina".

  A entidade Cihuateteo era conhecida por escoltar as almas dos guerreiros mortos  em batalha até o Submundo, conforme o sol se punha ao oeste; era muito temida por causar doença física ou mental, e raptava crianças para tê-las como se fossem suas; só aparecia depois do pôr do sol e também costumava seduzir homens para fins sexuais.

  Magos e guerreiros da época utilizavam seus ossos como amuletos mágicos, por acreditarem que de fato são entidades divinas. Eram caracterizadas como tendo garras de águia no lugar das mãos, rosto demasiado esbranquiçado como o de uma caveira, ventre estufado e murcho (típico de quem acabou de dar a luz), costas levemente arqueadas, seios nus, usando brincos dourados e ás vezes vestindo náguas (vestes usadas pelas mulheres nativas do México).

  Os povos astecas construíam estátuas para as Cihuateteo em templos e costumavam deixar bolos, torradas e outros tipos de alimento em altares nas encruzilhadas para se prevenir de seus ataques. Faziam também festas em templos locais em Tenochtitlán, a capital do Império Asteca, com bolos de vários formatos e torradas.




 Fonte:
http://www.theparanormalguide.com/blog/cihuateteo
http://www.arts-history.mx/sitios/index.php?id_sitio=5354&id_seccion=4556&id_subseccion=8520&id_documento=281
http://www.azteccalendar.com/god/Cihuateteo.html
https://es.wikipedia.org/wiki/Cihuateteo
https://en.wikipedia.org/wiki/Cihuateteo

Alp-Luachra - Folclore Irlandês

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  Alp-Luachra é uma espécie de fada, do tipo parasita, de origem irlandesa. São pequenos e geralmente aparecem em forma de tritão (peixe humanóide) ou de salamandra, e habitam riachos e córregos. São conhecidos por ser muito gananciosos e glutões, e são conhecidos na Irlanda como Joint-Eaters, que ao pé da letra significa "Comedores de Junta". Ficam à espreita e quando encontram algum viajante dormindo à beira d'água, entram em seu estômago a partir da boca e ali se alojam, consumindo toda a comida que sua vítima ingere.

  Os Alp-Luachras, a partir do momento que fazem morada no estômago de alguém, se alimentam de toda comida ingerida, fazendo com que sua vítima adoeça e morra de fome. Costumam também procriar dentro das pessoas, debilitando ainda mais o corpo de sua vítima. O bichinho é tão ruim, mas tão ruim que ás vezes até convida uns coleguinhas pra morar junto. Quando seu hospedeiro morre, eles simplesmente abandonam seu corpo e voltam para seu antigo habitat à espera de uma nova vítima.

  Ainda assim há quem os defenda e diga que eles não são completamente maus, e que o hábito glutão vem da natureza deles, e que procuram comida por instinto, tanto que alguns Alp-Luachras podem simplesmente comer a comida do prato de alguém se não houver ninguém olhando.

  O Alp-Luachra é basicamente a solitária (tênia) do mundo das fadas, e as primeiras histórias envolvendo esse tipo de fada provavelmente surgiram antigamente em uma época que predominava alguma epidemia ou pestilência desconhecida no território irlandês.

  Dizem que para se livrar de um Alp-Luachra e necessário ingerir grande quantidade de carne salgada, para que faça com que ele fique com muita sede, e depois deitar com a boca aberta à beira de algum riacho. O sal fará com que ele precise sair de seu hospedeiro para encontrar água.


   Fonte: 

Triturador - Curta Metragem de Terror

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   Thresher é um curta metragem de terror e fantasia, que mostra o mundo dentro da mente de uma pessoa vítima de uma experiência psiquiátrica bizarra. 
  O curta dá a oportunidade do espectador ter uma livre interpretação do que realmente está acontecendo na mente da vítima. Uma sugestão do que pode estar acontecendo é de que o caso do paciente sedado pode ser um caso de esquizofrenia, transtorno do pânico em um nível extremo ou algo do tipo, agravado por essa tal experiência é claro, que explora a fundo a imaginação e os medos dessa pessoa. 
  O vídeo não é legendado, porém não há muito diálogo. O que os médicos comentam no final, traduzido ao pé da letra é: 

   - Bem, parece que ele realmente conseguiu entrar.
   - Se ele conseguiu, acho que vamos saber agora.
   - Tire-o daqui. Traga o próximo

   

  Direção: Mike Diva
  Cinematografia: Jan-Michael Losada
  Co-direção: Sam Shapson

AÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ VOLTEI, CARAMBA!!!

Author: Luiza /

 
  Galera, desculpem por ter estado em hiato por tanto tempo e sem nenhum aviso prévio. Esses últimos dois meses estive trabalhando e estudando pra caramba e não tive tempo livre para quase nada. Achei melhor ficar um tempo sem postar do que ficar enrolando vocês com posts enche-linguiça, ou seja, ficar postando qualquer coisa aleatória só pra enrolar. Gosto de postar conteúdo de qualidade, e essa minha característica perfeccionista foi um dos fatores que me levaram a ficar todo esse tempo sem postar nada.
   Não prometo voltar ao mesmíssimo ritmo de antes (a média de dois posts por semana), porém pretendo elaborar posts bons que tenham um conteúdo bacana =)



                     Fico feliz por voltar!


Quadrinhos: A Sereia - Folclore Celta

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    Esta é uma história em quadrinhos feita pela ilustradora inglesa Briony May Smith. Foi baseado em um conto popular da Cornualha, de origem celta, chamado "A Sereia de Zennor".
  Toda a arte dos quadrinhos foram feitas pela Briony May Smith, eu só traduzi para o português.
   Aqui está o link do Tumblr oficial dela: http://brionymaysmith.tumblr.com/

Dica de filme: Princesa Mononoke

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  Este é um dos meus filmes favoritos, que também aborda bastante o tema do folclore japonês.
  Eis a sinopse (retirada do site AniTube!):

Mononoke Hime  (もののけ姫, em japonês) é um longa metragem produzido em 1997 pelos estúdios Ghibli. A trama desenvolve-se durante a era Muromachi (1333-1558), e baseia-se na antiga cultura japonesa, na eterna luta entre homem e natureza. A história começa com Ashitaka, que ao tentar defender sua vila, é atacado por um javali gigante, e acaba tornando-se vítima de uma maldição: uma marca em seu braço, cuja expansão acabará levando-o à morte. Agora ele deve achar o causador do mal que transformou um Deus-javali em uma "besta" para que, quem sabe, encontrar uma salvação para o seu destino. Em sua viagem, ele chega à Tataraba, a Cidade do Ferro, governada por Lady Eboshi, que busca pelo Shishigami, Deus da Floresta, que segundo a lenda, concederá vida eterna àquele que possuir sua cabeça. Ashitaka conhece também San, uma jovem criada por Moro, a Deusa-lobo, que quer matar Lady Eboshi para colocar um fim à destruição que ela vinha causando aos seres da floresta em nome do progresso. Ashitaka agora, encontra-se em meio a uma guerra entre o vilarejo de Lady Eboshi, e os Deuses da Floresta, em uma mágica aventura. Com uma história envolvente, animação de primeira, personagens cativantes, trilha sonora excelente, Mononoke Hime é um maiores ícones das animações Ghibli, e importante trabalho assinado pelo consagrado diretor Hayao Miyazaki.






  Nesse filme aparecem os Kodamas, espíritos das árvores que eu já havia mencionado aqui no blog, no gif abaixo há uma das muitas aparições deles nesse filme. Clique aqui para ver o post sobre eles.


Pra quem gosta de filmes de ação e fantasia, é uma ótima opção. Além de ter uma história incrível, o filme é muito bem produzido e tem uns efeitos sonoros bem interessantes.
Aqui neste site tem o filme online completo, em português: http://megafilmeshd.net/princesa-mononoke/
 
Divirtam-se!

La Pincoya - Folclore Chileno

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  Nas praias do arquipélago de Chiloé, ao sul do Chile, habita uma linda moça chamada Pincoya, a qual os habitantes das ilhas veneram e depositam enorme confiança, por causa do seu poder de conceder fartos períodos de pesca e de proteger os pescadores nas tempestades. Tem cabelos dourados, uma beleza encantadora e sempre está semi vestida de algas marinhas. Diferentes das sereias, que possuem calda de peixe no lugar das pernas, a Pincoya tem aparência inteiramente humana.

  Pincoya é filha de Millalobo, ser poderoso dos mares, e Huenchula, a guardiã da fecundidade do oceano.     Quando nasceu, Pincoya não poderia ser vista por olhos humanos devido ao fato de ser filha de um ser mágico dos mares. Quando Huenchula voltou para a casa de seus pais após ter dado a luz á Pincoya, a deixou no berço e se distanciou por um momento, e sua mãe não resistindo á tentação de conhecer a neta, levantou o véu que cobria o berço para vê-la, fazendo com que Pincoya se transformasse em água cristalina. Quando Huenchula soube do que aconteceu, entrou em desespero, colocou a filha transformada em água em um pote, correu para a praia e a lançou no mar.  Aos prantos foi ao interior do oceano contar ao marido o que havia acontecido com sua filha, e ao acabar de pronunciar a última frase a respeito, viu Pincoya transformada em uma linda jovem, emergir magicamente das águas em uma barca semelhante a uma concha. Felizes com o regresso da filha, a família toda foi morar no fundo do mar, no palácio de Millalobo. Depois de um tempo, Pincoya casou com seu irmão, o Pincoy, e juntos ajudam a cuidar do reino de seu pai, Millalobo.

  Desde esse dia, as múltiplas variedades de peixes, mariscos e diversos seres marinhos que o Millalobo oferece ao povo de Chiloé juntamente com a farta colheita nas ilhas, os dá por intermédio de sua filha preferida, a Pincoya, que dança uma canção cantada por seu marido Pincoy.

  Os nativos de Chiloé contam que a Pincoya dança lindamente nas águas do mar como sinal de que haverá boas pescas, porém quando dança sobre a terra, é sinal de que haverá escassez, e que será necessário pescar em praias mais longínquas. Quando há escassez por um longo período de tempo, é porque a Pincoya não tem aparecido, e para fazer com que ela, e consequentemente a abundância de pesca, voltem, é necessário que uma cerimônia específica seja feita.

  A Pincoya é conhecida também por salvar os pescadores dos naufrágios. Se por razões superiores não cumpre sua missão de salvá-los, ela com a ajuda de seus irmãos e de Pincoy transportam com ternura as almas dos afogados ao Caleuche, um barco fantasma, onde passam a ser seus tripulantes, a caminho de uma nova existência de eterna felicidade.
  
Escultura representando a Pincoya na praça de Ancud, no Chile


Indra, Senhor dos Trinta e Três Deuses - Mitologia Hindu

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  Indra é o Senhor dos Deuses. Costuma aparecer montado em Airávati , um elefante de cor branca; suas armas são o raio e o trovão. É muito poderoso; seus objetivos são triunfar sobre os demônios e conquistar a Iluminação. Muitas vezes foi auxiliado em suas lutas por Agni, o Fogo, e seus seguidores, os Angiras. Isso aconteceu na ocasião em que os Panis, seres das trevas, roubaram o rebanho de vacas dos deuses. Indra foi à sua procura e, com a ajuda de sete Angiras, conseguiu encontrar as vacas e recuperar o rebanho. Muitas foram suas aventuras, mas a mais perigosa deve ter sido a luta contra o demônio Vritra, o Envolvedor. Este fora criado pelo deus Tvashtri, como vingança pelo senhor dos deuses ter matado seu filho Trishiras; acontece que, se Indra não houvesse matado Trishiras, este teria devorado todo o universo.
  Quando criou Vritra, Tvashtri lhe deu imenso tamanho e a capacidade de reter as águas dos Sete Rios; sua cabeça tocava os céus. Indra se dispôs a enfrentá-lo, porém a força do demônio era imensa e, após uma terrível luta, Indra foi vencido e devorado. Os outros deuses ficaram apavorados com isso. Pensaram  nas formas de recuperar seu rei, e tiveram a ideia de fazer o gigantesco ser bocejar. Quando Vritra abriu a enorme boca num bocejo, Indra conseguiu escapar das entranhas do monstro, e a luta recomeçou. Mas o Senhor dos Deuses sabia que não podia vencer Vritra, e preferiu fugir, profundamente humilhado. Os deuses lhe sugeriram procurar Vishnu, o deus dos dez avatares, para pedir ajuda, e assim ele fez. Vishnu, porém, aconselhou que ele fizesse as pazes com Vritra, pois ainda não havia no mundo uma arma que o vencesse. Prometeu, porém, que um dia poderia encarnar-se como uma arma poderosa o bastante para matar o demônio.
  Indra concordou em reconciliar-se com Vritra; e o malvado gigante exigiu que ele jurasse não atacá-lo nem durante a noite nem durante o dia, com nenhuma arma feita de metal, pedra, madeira, e que não fosse seca nem molhada. Indra fez o juramento, mas em seu coração planejava uma forma de vingar-se do monstro. Certa tarde, ele estava passeando pela praia quando percebeu que naquele momento não era mais dia, porém ainda não era noite; e viu erguer-se no mar uma grande coluna de espuma, que não era seca nem molhada, nem feita de metal, madeira ou pedra. Tomou a coluna nas mãos e arremessou-a contra Vritra. A espuma, que era uma encarnação de Vishnu, cumpriu seu papel e matou o malvado.




Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios

O Ovo Celestial - Mitologia Chinesa

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  Segundo as tradições mais antigas, no início do mundo tudo era o caos, e estava misturado numa massa que tinha a forma de um ovo. Foi desse ovo que nasceu a primeira criatura, Pan Ku, que também é chamado de Pangu. Passaram-se dezoito mil anos de seu surgimento, e somente então foi que a Terra e o Céu se separaram.
  Os elementos pesados (yin) formaram a Terra, enquanto os elementos leves (yang) formaram o Céu. A cada dia, o Céu subia um pouquinho enquanto a Terra descia. E também, a cada dia, Pan Ku crescia em altura. Quando se passaram mais dezoito mil anos, Pan Ku era tão alto, que seus pés pisavam a Terra e sua cabeça tocava o Céu. Mas Pan Ku era mortal e, quando chegou a hora de sua morte, deixou várias heranças aos homens. Sua cabeça se transformou nas Quatro Montanhas Cardeais; seus olhos se transformaram no Sol e na Lua; sua gordura virou a água dos rios e dos mares; e seus cabelos se tornaram as plantas da Terra. Suas lágrimas se tornaram os pequenos regatos que correm, seu sopro são os ventos e sua voz é o trovão.


  Desde aquela época, no Céu viviam dragões. Eles eram senhores das nuvens e das águas, e se diz que foram antepassados dos Imperadores da China. Alguns desses seres poderosos também moravam sob as águas, e viviam por muito, muito tempo. Mas a capital do Céu, na Terra, ficou sendo a cidade de Kuen-Luen, um lugar que ficava muito além das Montanhas Cardeais, e quando alguém a procura, cada vez que se aproxima um pouco, mais longe fica. Dizem que é cercada por águas, e que quem beber dessas águas se tornará imortal. Também em Kuen-Luen nasce o rio Amarelo, que percorre muitas terras. Toda a encosta da montanha onde se localiza Kuen-Luen é coberta de plantas maravilhosas e mágicas, e lá habitam seres divinos chamados chen.
  Muitas pessoas procuram o caminho para Kuen-Luen, mas não encontram, e nem conseguiriam chegar ao alto da montanha por causa dos guardiões. A capital do Céu é vigiada por cabras com quatro chifres, que devoram quem se aproximar. E o encarregado de guardar a Porta da Luz é um ser que possui corpo de tigre e nove cabeças humanas. Assim, a cidade estará para sempre protegida, e nenhum mal jamais entrará ali.



Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios

Manequim - Curta Metragem de Terror

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   Diretor, roteirista e editor: Deric Nunez
   Diretor de fotografia: Michael Papilla
   Co-roteirista: Erika Kotero

 Copyright © 2013 Cowmaster Studios

O Mundo dos Mortos - Folclore da Polinésia - Mitologia Maori

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  Hutu era um rapaz muito hábil no manejo do dardo. Um dia, lançou seu dardo na aldeia e ele parou diante da casa de uma jovem nobre chamada Pare. A moça se interessou por ele e abriu sua porta, convidando-o a entrar. Mas Hutu, orgulhoso, recusou-se e foi embora. Sentindo-se muito humilhada, Pare mandou que os criados arrumassem toda a casa e saíssem; então, chorou muito e , quando não tinha mais lágrimas, enforcou-se. Morreu, e sua alma seguiu para as Moradas dos Mortos.
  O povo local começou a murmurar contra Hutu, culpando-o pela morte da bela princesa. Ele teve remorsos e decidiu ir até as terras em que viviam os mortos para buscar a alma de Pare. Aprendeu as palavras rituais dos sacerdotes e pôs-se a caminho. Na estrada, encontrou Hine-Nui-Te-Po, a Grande Senhora da Noite, e pediu a ela que lhe ensinasse como chegar ao Mundo Subterrâneo. Mal-humorada, ensinou-lhe uma trilha, mas ele logo percebeu que ela o enganara: aquele era o caminho dos cães para o outro mundo. Hutu voltou e fez uma oferenda para obter da deusa o caminho certo, o dos homens: daria a ela sua clava preciosa, feita de uma pedra rara.
  Hine-Nui-Te-Po gostou do presente e ensinou a Hutu o caminho verdadeiro do Mundo Subterrâneo; explicou que ele deveria ter muito cuidado com o vento que sopraria no buraco pelo qual deveria descer, e que não poderia comer nada naquele mundo, se não quisesse ficar preso para sempre. Deu a ele, para alimentar-se enquanto estivesse lá, um cesto com raízes de samambaia cozidas.
  Hutu partiu pelo caminho ensinado pela Grande Senhora da Noite e encontrou o buraco que levava ao Mundo Subterrâneo. Desceu, tomando cuidado com os ventos, e, ao ver-se lá embaixo, começou a procurar pela alma de Pare. Os outros mortos, a quem ele fez perguntas, disseram que ela estava em uma aldeia, mas ninguém conseguia encontrá-la porque Pare ainda estava envergonhada pelo que acontecera, e escondera-se para que Hutu não a visse.
  O rapaz pensou em atraí-la para fora da aldeia, e desafiou alguns guerreiros mortos para uma competição. Eles aceitaram, e fizeram concursos de arremesso de bola e dardo, que atraíram muita gente para assistir. Mas, mesmo assim, a nobre jovem não apareceu.
  Hutu então criou um novo desafio: amarrou uma corda a uma alta árvore e, com ajuda dos mortos, vergou-a até a copa chegar ao chão. Subiu na copa com um rapaz em seus ombros e mandou que soltassem a corda. Hutu e o rapaz foram arremessados a uma grande distância; todos gostaram do novo jogo e aplaudiram muito. Fizeram grande algazarra, e finalmente o barulho atraiu Pare para fora de seu esconderijo.
  Ela também quis participar da competição;  Hutu subiu à copa da árvore de novo, pedindo a Pare que subisse em seus ombros. Quando a corda foi solta, Hutu e pare foram arremessados a uma distÇancia tão grande, que a corda se enroscou nas raízes próximas ao buraco para o undo lá em cima. Ele subiu pela corda, sempre levando Pare em seus ombros, e conseguiu trazê-la de volta ao Mundo da Luz. Então correu a unir sua alma com seu corpo, e a nobre moça reviveu.



  Notas:
  Os Maoris são o povo indígena da Nova Zelândia, eles são Polinésios e compreendem cerca de 14% da população do País. Maoritanga é o idioma nativo, que está relacionado ao Taitiano e o Havaiano. Acredita-se que os Maoris migraram da Polinésia em canoas por volta do século 9 ao século 13 dC.
Tangata Whenua ou em inglês "indigenous peolple of the land". O nome "Māori" originalmente significava "a população local", ou "o povo original".
Māori foi uma palavra que significava "local" ou "original" – em oposição aos recém chegados – colonizadores brancos Europeus – os "Pekeha". Com a chegada dos colonizadores Europeus, a palavra Māori gradualmente se tornou um adjetivo para o "povo Maori". Esra mudança ocorreu antes de 1815.

Tangata Whenua significa “o povo local”, “o povo local da terra”, “o povo local da terra ancestral”. Tangata significa “ser humano”, whenua significa “terra” ou “terra ancestral”.




Povo Maori


Guerreiros Maoris

  Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos; e o site http://www.estudenovazelandia.com.br/cultura/o-povo-maori-nativos-da-nova-zelandia/ 

Os Deuses, o Asgard e o Valhalla - Mitologia Nórdica

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  Segundo os Eddas e as sagas neles reveladas, o primeiro ser vivo foi Ymir, gigante nascido das nuvens. Ele era alimentado pela vaca Audumla, que também criou o deus Buri. Os descendentes de Ymir e Buri acabaram formando as duas famílias de deuses, os Ases e os Vanes, bem como a terra, os mares, os céus, as montanhas.
  O maior de todos os deuses foi Odin, neto de Buri, e que também era chamado Wotan. Sua esposa era Frigg e seus filhos Thor, Balder e Hermod. Outros deuses dessa família foram os irmãos Frey e Freya, o guardião Heimdall, o traiçoeiro Loki.
  Foram viver no Asgard, local maravilhoso ao qual se pode chegar atravessando a ponte Bifrost, o Arco-íris. A mais bela morada do Asgard era o Valhalla, palácio de Odin. Para lá as filhas de Odin, as Valquírias, levavam os guerreiros que tombavam nas guerras, após percorrerem os campos de batalha e escolherem os mais bravos. Diante de Odin, eles eram recebidos num banquete em que se comia carne de javali e se bebia hidromel.
  Conta um mito que, certa feita, um artífice se ofereceu para construir uma enorme muralha cercando o Valhalla, o que protegeria os deuses de seus maiores inimigos, os gigantes. Odin e os outros acharam a ideia ótima, porém não gostaram do preço cobrado pelo homem: queria em pagamento o Sol, a Lua e mais a deusa do amor: Freya. Mas o esperto Loki os aconselhou a aceitar, argumentando que o construtor jamais conseguiria cumprir o prometido, e portanto eles não teriam de fazer o pagamento. Odin concordou e firmou um acordo com o homem, exigindo que ele terminasse a construção antes do verão.

Odin, Thor, Loki e Freya

  O artífice pediu que o deixassem utilizar apenas o cavalo chamado Svadilfari, para levar o material de construção. Atendendo mais uma vez aos conselhos de Loki, os deuses aceitaram e o homem logo se pôs a erguer a muralha. Para espanto de todos, a construção avançava rapidamente, graças à ajuda do cavalo que eles mesmos tinham cedido.
  Os deuses começaram a ameaçar Loki, julgando-o culpado pela situação, imaginando se teriam mesmo de entregar ao artífice o Sol, a Lua e mais a bela Freya. Loki, então, soltou uma égua para distrair Svaldifari. O cavalo não hesitou em ir atrás da égua e, sem ele, o construtor não conseguiu terminar a muralha antes do verão. Furioso, assumiu sua verdadeira forma: ele era um dos gigantes, inimigos dos moradores do Asgard! Mas nada pôde fazer contra os deuses, pois Thor o atacou com seu martelo e o precipitou às escuras e geladas terras de Niflheim, onde vivem os mortos que não caíram em batalha.




    Aiai Loki...





Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios

Shiva, o Destruidor - Mitologia Hindu

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  O mundo foi criado por Brahma e é protegido por Vishnu, mas não pode durar para sempre. Todas as coisas criadas têm de ser destruídas, para que sejam renovadas. Por isso a divindade precisa ter três formas, e a terceira é Shiva.
  Esse deus, o aspecto destruidor de Trimurti, a trindade, é também conhecido como o Senhor da Dança, e manifesta nessa arte a perfeita harmonia e o ritmo da música, que permeia o Universo. Os artistas o retratam em várias formas: a mais conhecida é como um homem que tem quatro braços. Duas mãos seguram um tamborim e um tridente, as outras duas fazem o gesto de doar. Em seu rosto há o terceiro olho, que lhe dá a visão interior; veste a pele de um tigre e traz três serpentes enrodilhadas em seu pescoço, nocolo e nos braços. Na cabeça, leva um ornamento com a Lua crescente.
  Shiva possui vários aspectos. Um deles é Rudra, o deus mais terrível de toda a Mitologia da Índia. É aquele que luta contra o Mal, senhor da morte, líder dos fantasmas e vampiros. Porém é também o senhor da cura, e todo aquele que o invoca tem as suas feridas saradas. É também o deus dos ascetas, dos que meditam para alcançar o Nirvana*.
  Conta-se que Shiva era tão dedicado à meditação, que deixava sozinha sua esposa Parvati. Sentindo-se abandonada, ela pediu a companhia do deus Kama, Senhor do Desejo. Ora, Kama não podia amar Parvati, pois não apenas amava sua própria esposa, como tinha muito medo de Shiva-Durga. Tentou chamar a atenção do deus, que estava meditando, com uma flecha, para fazê-lo procurar a esposa solitária. No entanto, Shiva não queria deixar a meditação e viu, com seu terceiro olho, que seria interrompido. Para evitar ser perturbado, imediatamente fulminou Kama.
  A esposa de Kama, inconsolável, foi implorar ao deus que ressuscitasse o marido. Para não ser mais incomodado, Shiva consentiu e ele voltou à vida. Mas os desejos de Parvati não foram saciados, e é por isso que todos os amantes se desejam neste mundo: o desejo será eterno, até que a esposa do deus seja atendida. Apesar disso, Shiva tem também o aspecto benévolo, de Senhor da Dança, que é considerada a arte que mais ajuda o homem a entender as coisas divinas.





  Nota:
* Nirvana é uma palavra do contexto do Budismo, que significa o estado de libertação atingido pelo ser humano ao percorrer sua busca espiritual.

Fonte: livro Volta ao Mundo em 80 Mitos, de Rosana Rios

Trauco e Fiura - Folclore Chileno

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  Trauco e Fiura, pelo artista Felipe Pizarro Sáenzde Urtury

  Nas florestas selvagens da Ilha Grande de Chilóe, uma ilha situada no arquipélago de Chiloé, ao largo da costa do Chile, vive Trauco e sua esposa Fiura, pequenas criaturas parecidas com ogros, e que têm poderes mágicos. Apesar de serem feios, com nariz achatado e olhos pequenos lustrosos, têm o poder incrível de seduzir. Os dois têm o poder de se tornar irresistivelmente atraente para qualquer pessoa que queiram seduzir.
  Trauco e Fiura, apesar de serem marido e mulher, parecem ter um relacionamento aberto, permitindo um ao outro ter relações com outras pessoas.


  Trauco tem pernas, porém não tem pés, é do tamanho de um anão e costuma se disfarçar de padre, ou curandeiro. Se protege da chuva e do sol com seu chapéu cônico feito de uma planta chamada quilijena, material do qual são feitas também suas roupas. Anda sempre com seu machado de pedra, que é símbolo de sua potência sexual, e que usa para derrubar árvores, independente de seu tamanho ou peso, pois possui uma força muito grande, e pode derrubá-las apenas com três machadadas.
  Costuma caminhar pelos bosques á procura de mulheres bonitas, para atraí-las com seu poder, e caso resistam, provoca nelas sonhos eróticos até que se rendam aos seus braços. Na Ilha de Chiloé, quando uma moça engravida de repente, sem explicação aparente, as pessoas costumam dizer que foi engravidada pelo Trauco (que nem aqui no Brasil, que dizem que gravidez do tipo é culpa do Boto cor-de rosa).
  Quando as famílias das moças suspeitam que o Trauco está atrás delas, colocam um punhado de areia sobre a mesa, porque assim o Trauco fica ocupado contando cada grãozinho de areia e acaba se esquecendo das moças. E para evitar o Trauco pode-se também deixar facas cruzadas em forma de cruz nas janelas, portas e debaixo das almofadas.
  Já aos homens (e apenas aos homens), o Trauco pode fazer muito mal: dizem que apenas ao encará-los pode quebrar seus ossos e até mesmo fazer com que morram em um curto prazo de tempo (porém caso não olhe em seus olhos, isso não acontece) e seu hálito pode fazer com que sua boca fique torta. Se um homem olhá-lo sem que este perceba, o Trauco é obrigado a servi-lo por um ano inteiro.

  A Fiura é muito malvada, sendo a "encarnação do vício e da perversidade", e dizem que ela além de ser esposa de Trauco, é sua filha também, e que os dois têm vários filhos dessa relação incestuosa, e todos eles recebem o nome de seus pais. Costuma ficar sozinha, se banha nos rios locais e depois passa horas dormindo nua na borda desses rios, e quando prefere ficar vestida, se veste com musgo. Ela também é muito forte, porém não tão corajosa como o marido, qualquer barulho alto faz com que ela se assusta e se esconda. Dizem que é terrivelmente feia, uma de suas características mais marcantes, porém também possui o poder mágico de seduzir, e pode encantar jovens lenhadores locais que andam sozinhos pela floresta.
  Se algum homem imprudente se aventurar longe demais floresta adentro e olhar para a Fiura, podem entrar em choque. Diz-se que olhar para a Fiura pode causar deformação nos pés e nas mãos, e o único tratamento para isso é o suco de uma planta nativa chamada Pahueldún, o qual só pode ser extraído açoitando o próprio corpo com seus galhos, e também que ela quebra os ossos dos animais só com seu hálito.

   Essa com certeza foi uma das lendas folclóricas mais bizarras que eu já li... No arquipélago de Chiloé há várias versões dessa lenda.



  Fonte:
http://www.theparanormalguide.com/blog/trauco-and-fiura
http://www.proturchiloe.co.cl/mitologi.htm
http://chile.travel/blog/leyendas-de-chiloe-la-fiura-y-el-trauco/
https://es.wikipedia.org/wiki/Fiura
https://es.wikipedia.org/wiki/Trauco