El Sombrerón é um personagem mítico do folclore de alguns países latino-americanos, em especial Colômbia, Guatemala e México. Em cada país há uma variação da lenda, porém na maioria delas ele é descrito como um homem que se veste de preto, cavalga um cavalo da mesma cor e está sempre com um enorme chapéu de abas grandes.
Na Colômbia
Se trata de um homem com que se veste de preto e anda com um enorme chapéu. Aparece sempre montado em um cavalo preto que se confundia com a noite e algumas vezes é visto acompanhado de dois cachorros enormes, também pretos, presos por correntes bem grossas. É descrito como um homem maduro, com um rosto sombrio, que vive em atitude de observação permanente, sendo uma pessoa seca e resignada, que não fala com ninguém, e tampouco faz mal ás pessoas; aparece e desaparece sem se saber como.Por mais que se diga que ele já havia morrido, ainda sente-se sua presença. Costuma aparecer no meio do caminho aos viajantes noturnos, bêbados, encrenqueiros, trapaceiros e viciados em jogos para persegui-los. Aproveita os lugares mais ermos, em noites de lua cheia é fácil confundi-lo com as sombras que os galhos e arbustos projetam. Chega sempre de noite, a todo o galope, acompanhado de um forte vento gelado, e desaparece rapidamente.
No ano de 1837, foi famoso na cidade de Medellín, que era um de seus lugares preferidos, onde aparecia por várias sextas-feiras seguidas percorrendo todas as ruas.
Há histórias também de suas andanças pelos povoados do sudoeste, como os Andes, Bolívar e Jardín. E pelos povoados á beira dos rios San Juan e Baudó. Em outras regiões colombianas como Tolima, Huila e o oriente do Valle del Cauca, onde também é conhecido como "El Jinete Negro".
Pelo sudoeste da Antioquia, o chamam também de "El Jinete sin Zamarros", e o descrevem com características distintas das conhecidas em outras regiões. A forma mais comum atribuída a ele nessa região é de um homem alto e corpulento, com roupas de luto, revelando ser uma caveira, vestindo um enorme chapéu de abas grandes.
Na Guatemala
No folclore guatemalteca, El Sombrerón, também conhecido como Tzitzimite, é um anão com um chapéu enorme e um violão. Viaja em uma mula com carbono (não me pergunte o porquê), e aparece para as mulheres para cantar-lhes serenatas. Quando ele escolhe uma mulher, lhe trança o cabelo, a enlouquece e a leva consigo.Uma dessas mulheres encantadas por El Sombrerón, foi uma moça muito bonita, de cabelos longos, que vivia em um bairro da Antiga Guatemala. Quando a viu, logo se apaixonou por ela, procurou saber onde morava e desde então a visitou por muitas noites. Com suas serenatas fez com que ela se apaixona-se por ele. Ela não disse nada a seus pais, porém eles notaram que ela havia deixado de comer e estava a ponto de morrer. Sua mãe descobriu a causa e a levou a um convento, pensando que assim talvez ela pudesse melhorar, porém de nada adiantou, a moça continuou sem comer, e uma certa manhã apareceu morta, com uma trança em seus cabelos. Dizem que em seu velório El Sombrerón apareceu chorando muito, e suas lágrimas eram cristalinas. Ele nunca se esquece das moças que já amou.
Também contam que ele costuma fazer trança na crina dos cavalos e mulas da região. Os cavalga durante toda a madrugada fazendo com que fiquem exaustos, com o pretexto de que podem se tornar hostis aos humanos durante o dia se não trabalharem bastante.
Uma maneira dos guatemaltecos descobrirem se El Sombrerón ronda o lugar é colocando uma mesa e uma cadeira de pinho recém fabricadas perto de um estábulo ou uma sacada, colocar em cima da mesa um copo e uma garrafa de aguardente, e ao lado um violão, em noites de lua cheia. Todos devem ficar em silêncio para ouvir se ele começa a cantar e tocar.
Ele adora moças de cabelo longo e olhos grandes. Quando a família de alguma moça que tem essas características observa que ela está sendo rondada pelo Sombrerón, deve-se imediatamente cortar seus cabelos.
No México
No mito mexicano, mais especificamente no estado de Chiapas, dizem que se veste de charro (vestimenta tradicional de vaqueiros e domandores de cavalos mexicanos) branco, com botões e esporas de prata. Suas aparições vêm precedidas de relâmpagos e sons de gaita.Percorre os campos montado em um cavalo branco e tocando sua gaita. Sua música tem um efeito de encantamento nos gados, que os seguem obedientes a todos os celeiros, onde os deixa guardados e vai em bora ao trote de seu cavalo.
Os rancheiros sabem que El Sombrerón esteve por lá se encontram uma fogueira apagada, uma bituca de cigarro, pegadas de botas e de ferraduras.
O México é o lugar onde mais se encontra variações da lenda, pois pode muito bem ser contada da maneira tradicional, a qual se conta nos demais países da América Latina, da maneira citada acima, e também há relatos no país de que El Sombrerón na verdade sequestrava crianças, e que em seu enorme chapéu pendurava brinquedos para atraí-las.
De fato essa história é um ótimo exemplo de como uma lenda do folclore pode variar conforme as regiões mesmo tendo em comum determinados elementos. A diferença da cultura de cada país, dos fatores sociais e o número de pessoas que a contam, também influenciam na metamorfose de uma lenda. É interessante prestar atenção na mudança do enredo de cada versão e comparar o que elas tem em comum. Pode até ser que talvez nunca se chegue á uma conclusão de como essa lenda surgiu, ainda mais abrangendo uma região tão grande da América Central e do Sul, porém todos esses fatores podem fazer com que se chegue a uma teoria, que talvez a explique. E essa é a parte mais legal de estudar o folclore!
Fonte: http://www.todacolombia.com/folclor-colombia/mitos-y-leyendas/sombreron.html
http://beethzart-elrinconcillo1.blogspot.com.br/2013/03/el-sombreron.html
http://www.viajeporguatemala.com/guatemala/cultura/leyendas/elsombreron.html
https://es.wikipedia.org/wiki/Sombrer%C3%B3n
https://adameleyendas.wordpress.com/2015/01/29/mitos-y-leyendas-de-chiapas-el-sombreron/
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