A Constelação da Lhama - Lenda Inca

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , , , ,


  Chegara a noite. Sentado debaixo de uma árvore, o jovem índio recordava, meio dormindo, tudo o que sabia sobre Yacana. Os anciãos lhe haviam ensinado que era uma espécie de "duplo celestial" da lhama, que de noite descia à terra para comer e beber, mas que ninguém conseguia vê-la, porque só andava no fundo dos rios. Os grandes sacerdotes contavam que Yacana era enorme e que seus olhos imensos brilhavam mais que as outras estrelas do céu. Seu pelo era branco e sedoso e, quando voava de volta ao céu, o vento que a acompanhava assoviava como os passarinhos azuis da floresta.
  O jovem índio pensava nisso tudo quando, de repente, foi ofuscado por um clarão azulado. Pouco a pouco, a luz foi tomando a forma de uma lhama e pousou na terra, a pequena distância de onde ele estava, junto a uma fonte. Era tão parecida com todas as descrições de Yacana que já tinha ouvido, que o índio a reconheceu imediatamente. Primeiro, quis se aproximar e falar com ela, de tão feliz que ficou por encontrá-la. Mas teve medo e se encolheu, sem se mexer mais, para não ser percebido, e ficou olhando, com a respiração suspensa. A lhama sagrada bebeu água da fonte. De repente, o rapaz sentiu que caía sobre ele uma chuva de lã macia, como se alguém estivesse tosquiando um rebanho de lhamas. Mas como ele estava com medo de Yacana, não se mexeu, não saiu do esconderijo e esperou o dia clarear. Quando acordou, a lhama tinha desaparecido. Na certa voltara para o céu enquanto ele estava de olhos fechados. Entretanto, a lã que ele sentira cair enquanto Yacana bebia a água da fonte ainda estava lá. Eram centenas de chumaços, de todas as cores! Ele nem acreditava nos seus olhos. Para alguém tão pobre como ele, que não possuía uma única lhama, aquela era a oportunidade da sua vida!
  Louco de alegria, correu até junto da fonte. Disse a ela que ia venerá-la até o fim de seus dias, e que, da mesma forma, ia adorar a constelação da lhama por toda a vida. Prometeu que voltaria todos os meses para oferecer o sacrifício de uma lhama jovem. Depois, recolheu toda aquela lã miraculosa e foi vendê-la na cidade.
  Os índios nunca tinham visto cores tão luminosas. Todo o mundo queria comprar as lãs. Ele vendeu tudo e, com o dinheiro, comprou um casal de lhamas que, como se fosse mágica, lhe deu mais duas mil lhamas em um ano. E ele logo ficou famoso em toda a montanha.
  Desde esse dia, os índios vão com frequência para perto da fonte sagrada, à espera de Yacana. Parece que ela desce à terra todas as noites, à meia-noite, e que bebe muita água. Os índios dizem que é por isso que não há mais dilúvios, porque com toda a água que os rios jogam no mar sem parar, se a constelação da lhama não viesse beber muito todas as noites, o mar já teria transbordado há muito tempo e engolido mais uma vez todas as aldeias...
  Yacana tem filhos. É impossível vê-los brilhando perto dela, mas são estrelas menores. bem perto delas cintilam três grandes estrelas, que também são veneradas. Quando se pode vê-las com  nitidez, é sinal de que os frutos ficarão perfeitamente maduros. Mas quando mal dá para vê-las, é porque as colheitas não vão ser boas. Então os índios vão até a fonte e lhe fazem oferendas de conchas, cantando:

 - Ó tu, que dás origem à água e que há tantos séculos regas nossos campos, faze a mesma coisa este ano e traze chuva para que a colheita seja boa.

  Yacana nunca mais voltou para junto dessa fonte. Parece que ela nunca bebe duas vezes no mesmo lugar. No entanto, desde esse dia, perto da fonte, quando o dia nasce, ouve-se o vento assoviar como os passarinhos azuis da floresta.

  As Estrelas

  As estrelas eram consideradas moradas dos espíritos e eram objeto de uma verdadeira veneração. Os índios não prestavam culto aos próprios astros, mas aos espíritos ancestrais que neles habitavam.
  No ritual da religião inca, certos animais eram oferecidos aos deuses, fosse para lhes dar mais força, fosse para conjurar influências maléficas.
  Os incas só sacrificavam animais domésticos, pois tudo aquilo que fosse dado para obter saúde e felicidade para os homens deveria ter sido adquirido por meio do trabalho. Para os incas, existia uma estreita relação não apenas entre aquele que faia o sacrifício e o animal sacrificado, mas também entre este e a divindade a quem era ofertado. na verdade, os índios supunham que havia um parentesco misterioso entre eles e os animais que haviam domesticado e que depois matavam para uma cerimônia religiosa. Acreditavam que as almas dos mortos se reencarnavam neles. E também pensavam que eles podiam predizer o futuro. E entre os animais sagrados, o favorito era a lhama.





Fonte: livro Os Incas, Mitos e Lendas, de Danièle Küss e Jean Torton

Zero

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  Para variar um pouquinho os vídeos assustadores que eu venho postando aqui, eis um curta metragem em stop motion bem bonitinho, muito bem feito, e com uma mensagem motivadora bem legal.
  Diferente dos outros curta metragens que eu venho postado aqui, esse curta não é de terror, não tem sangue, violência, nem nada do tipo. É recomendável para todas as idades! Admito que foge um pouquinho da temática do blog, porém tem uma história bem legal!

  No youtube, você clica no vídeo e já aparece um monte de opções de legendas em vários idiomas, mas caso não apareçam as legendas em português, clique em um quadradinho na parte inferior do vídeo, no lado direito e coloque as legendas em português. Na dúvida, abra o vídeo em outra guia e assista pelo youtube.

Dirigido por Christopher Kezelos

Asambosan - Folclore Africano, Gana

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  Asambosan é um tipo de vampiro do Oeste da África, mais comum entre as tribos Ashanti e Togo, costuma viver em árvores, pendurando-se nos galhos com seus pés em forma de gancho para atacar suas vítimas. Seus traços mais aparentes são seus dentes e suas garras de ferro. Os vampiros desse tipo são bem peludos, têm olhos vermelhos bem brilhantes, pernas longas e pés que apontam pra ambos os lados. Em algumas lendas, é dito que possuem uma calda em forma de serpente, a qual usa para distrair suas vítimas antes de atacá-las. Aparentam ser um humano qualquer durante á noite, quando não há muita luz, porém são facilmente identificados por suas enormes garras afiadas de ferro.

  Suas formas de atacar variam conforme as lendas, entre elas estão: que eles esperam suas vítimas de cima de uma árvore, e pendurados em um galho com seus pés em forma de gancho, estendem seus braços as agarram e puxam para devorá-las no topo da árvore; que costumam sentar em um galho de uma árvore, e balançar seus pés para pode atrair caçadores locais, que ao se aproximarem pensando ser algum animal, são atacados subitamente; e a forma mais conhecida, que é a que dão um golpe com suas garras no pescoço da vítima e drenam seu sangue pelas mãos, pois dizem que eles se alimentam do sangue das vítimas por cavidades em seus dedos, retirando todo o sangue do corpo da vítima para depois comer sua carne.
Também é dito que eles costumam "brincar com a comida", assim como um gato brinca com um rato, antes de comê-lo.

  Em Gana, um dos países africanos no qual a lenda é comum, a pessoa que pronunciar o nome Asambosan é condenado a trazer má sorte para si mesma e ás pessoas ao seu redor.



Fonte: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/93769107942/asanbosam-a-vampire-from-west-african-folklore
http://en.wikipedia.org/wiki/Asanbosam
http://monster.wikia.com/wiki/Asanbosam
http://www.vampires.com/asanbosam-and-sasabonsam/
http://vampireunderworld.com/african-vampires/asanbosam/

A Criação de Cuzco - Lenda Inca

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  Ayar Manco e Mama Ocllo tinham suspirado de alívio, quando viram a varinha de ouro afundar na terra de Cuzco, como se fosse na água. A viagem os deixara exaustos e estavam bem contentes de, finalmente, chegarem a seu destino.
  Mas, depois de descansarem um pouco, começaram a trabalhar. Com os índios que os acompanharam, principiaram a construção dos edifícios da futura capital do mundo Inca.
  Infelizmente, tudo o que construíam também afundava. E soprava no lugar um vento violento, que destruía tudo por onde passava.
  Que fazer? Mesmo as maiores pedras, que traziam com tanto esforço, voavam como se fossem galhos de árvore.
  De repente, Ayar Manco teve uma ideia: preciso capturar o vento e prendê-lo no curral das lhamas. Graças a um hábil estratagema, acabou conseguindo fazer isso e finalmente os trabalhos puderam começar.
  Ayar Manco e sua irmã acabavam de terminar o templo, quando surgiu seu irmão Ayar Ucho, que vivia na planície:
 - Que foi que você veio fazer aqui? - perguntou Ayar Manco. - Não é você que detesta a montanha?
 - Detesto - confirmou Ayar Ucho -, mas não aguento mais ouvir esses gemidos lúgubres, dia e noite. Quem foi que você prendeu nesse curral?
 - O vento - respondeu Ayar Manco , nervoso. - Ele não estava deixando que construíssemos a cidade que nosso pai, o Sol, nos mandou fundar aqui. Fui obrigado a prendê-lo, para conseguir trabalhar.
 - Você não tem o direito de maltratar dessa maneira o meu amigo vento! - gritou  Ayar Ucho, enfurecido. - Vou lhe dar um dia para acabar de construir essa sua cidade. Descerei de volta para a planície, mas esta noite, quando o sol se deitar, subirei de novo para soltar o coitado.

Ayar Ucho

  Ayar Manco ficou sem fala. Jamais conseguiria construir em um único dia a cidade com que tanto sonhara! Era impossível. Desesperada, sua irmã não conseguia prender o choro. Mas de repente Ayar Manco teve uma ideia. Chamou o maior de seus criados, apra acompanhá-lo ao alto da montanha. Lá, esperaram pacientemente que o Sol passasse bem ao lado deles e o agarraram de surpresa.
  Bem que ele tentou escapar, mas não houve jeito. Teve que se conformar e ficar amarrado num imenso bloco de pedra.
  Como Ayar Manco tinha imobilizado o Sol provisoriamente, o dia não terminava e ele pôde acabar de construir a cidade.
  Quando terminou de colocar a última pedra, verificou todas as construções para ver se estavam bem sólidas e libertou o Sol e o vento. Este se fastou a toda velocidade, com medo de ser apanhado de novo. Mas, para proteger sua cidade, se acaso ele resolvesse voltar, Ayar Manco criou montnhas bem altas em volta dela.
  Depois, casou-se com sua irmã Mama Occlo para fundar a primeira dinastia Inca e tomou o nome de Manco Capac.

  Sobre a cidade de Cuzco, em Peru
   
  Cuzco era o centro político e religioso do antigo império Inca. Pelo número de casas, ruas e mercados, era igual a muitas grandes cidades medievais europeias, suas contemporâneas. Antes da conquista espanhola, os peruanos comparavam sua cidade a um puma; o animal sagrado que adoravam devido a sua força: a cidade em si era o corpo e a fortaleza de Sacsahuaman era a cabeça. Estava dividida em duas partes: a parte alta (Hanan Cuzco) e a baixa (Hurin Cuzco), aparentemente a mais antiga, onde Manco Capac se instalou com seus companheiros e construiu o templo do Sol.
  De cada lado de dois riachos, para leste e para oeste, foi construída mais tarde uma série de casas modestas, de tijolos secos ao sol.
  Em seu apogeu, a cidade devia ter cerca de duzentos mil habitantes. Mas nos dias de mercado ou de grandes festas religiosas, esse número era ainda muito maior, e excepcional para a época.
  Em 1533, quando o espanhol Pizarro e seus soldados tomaram Cuzco, a cidade foi vítima de um vandalismo difícil de se imaginar. Mais tarde, aventureiros em busca de tesouros arqueológicos prosseguiram essa obra de destruição.


Lhamas pastando em Machu Pichu, na cidade de Cuzco, no Peru

    Fonte:

    KÜSS, Danièle; TORTON, Jean. Os Incas - Mitos e Lendas. São Paulo: Editora Ática, 1997.

Os Primeiros Incas - Lenda Latino-Americana

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  Antes do aparecimento dos incas sobre a Terra, toda essa região era feita apenas de altas montanhas cobertas de mato. Ali viviam homens que mais pareciam bestas ferozes, sem religião nem justiça, sem aldeias nem casas. Não sabiam cultivar plantas, nem se vestir, nem cozinhar. Abrigavam-se em cavernas e comiam raízes, frutas e carne crua. Nada os distinguia dos animais entre os quais viviam.
 Um dia, seu Criador, o Sol, teve pena deles. Resolveu lhes enviar dois de seus filhos, um homem e uma mulher, Ayar Manco e Mama Ocllo, para lhes ensinar a civilização. Chamou-os uma noite ao seu trono e disse:

 - Amanhã vocês vão descer até a Terra, bem cedo, para construir um novo Império. Ensinarão nossa grande civilização a esses selvagens que vivem como se fossem bichos. Com vocês, eles aprenderão a domesticar os animais que lhes permitirão ter o que comer e com que se vestir decentemente. Vocês lhes mostrarão como podem cultivar as plantas, tecer a lã, tingi-la, fabricar ferramentas e jóias. Explicarão a eles as principais regras da vida civilizada - em família e na aldeia. Sobretudo, não se esqueçam de lhes dizer que eu sou seu deus, criador e benfeitor deles, e que nunca devem deixar de me adorar. Mas, antes de tudo, vocês devem fundar uma capital. Nela, construam um templo para mim. E desse templo é que vocês partirão, para o norte e para o sul, a fim de conquistar o império.

  Ayar Manco e Mama Ocllo ouviram atentamente as palavras de seu pai. Logo se entusiasmaram com sua missão e lhe perguntaram onde deveriam fundar a capital do futuro Império Inca.

 - Peguem esta varinha de ouro - respondeu ele, solene. - Primeiro vocês vão encontrar um grande lago. Em seguida, vão caminhar para o norte. Cada vez que tiverem de parar, a fim de comer ou dormir, tentem enterrar a varinha no solo. Onde ela entrar sem nenhum esforço, é o lugar onde vocês devem fundar Cuzco e de onde governarão o novo Império do Sol.

  No dia seguinte, de amanhã, Ayar Manco e Mama Ocllo chegaram ao lago Titicaca, no momento exato em que o Sol surgia no horizonte. Suas jóias suntuosas brilhavam como estrelas de ouro. Seus trajes riquíssimos contrastavam de tal maneira com a aridez da paisagem em volta e com a pobreza dos homens que os olhavam, agachados atrás de umas moitas, que estes logo compreenderam que estavam diante de deuses. Só não sabiam é se deviam temê-los ou confiar neles. Resolveram então segui-los, escondidos, para ver o que tinham vindo fazer na Terra.
  Ayar Manco e Mama Ocllo logo se puseram a caminho do norte. Tinham pressa de cumprir a missão maravilhosa que o pai lhes confiara.
  Passaram-se os dias. A estrada parecia interminável, mas eles não tinham o direito de parar, já que a varinha de ouro nunca se enfiava no solo. Certa manhã, no entanto, o milagre se realizou. Haviam chegado a um belíssimo vale, cercado de montanhas majestosa, em um lugar que mais tarde se chamaria Huanacauri. Nesse dia, o sol brilhava de uma forma especial. O irmão e a irmã fizeram uma nova tentativa e, para sua surpresa, viram a varinha penetrar na terra sem nenhuma dificuldade!
  O primeiro Inca, então disse à irmã:

 - É aqui que o Sol, nosso pai, deseja que façamos sua vontade. Veja todos esses selvagens a nosso redor, nos observando. Vamos até eles, dar-lhes a boa notícia. Depois, eu vou para o norte e você para o sul. E daqui a pouco tempo, nos encontraremos aqui outra vez, para construirmos os primeiros edifícios de nosso reino.

  Em volta deles, apinhavam-se dezena de homens e mulheres. Sujos e vestidos de peles de animais, usavam longos cabelos caídos na cara e nas costas, e só se comunicavam por gestos e gritos. Ficaram muito tempo olhando Ayar Manco e Mama Occlo. Tinham mais espanto do que medo e ficaram longamente ouvindo esses estranhos que não pareciam com nada do que conheciam: língua, roupas, jóias, tudo lhes era desconhecido. Mas, milagrosamente, compreendiam tudo o que diziam a filha e o filho do Sol. Logo adquiriram confiança neles e os seguiram, para ajudar a construir aquele mundo melhor que os dois descreviam tão bem.
  Em poucos dias, centenas de homens e mulheres tinham se juntando a Ayar Manco e Mama Occlo. E logo foram milhões.

Notas:
  •  Em um século, o Império Inca se estendeu por mais de um milhão de quilômetros quadrados (duas vezes o tamanho da França) e era povoado por cerca de doze milhões de habitantes (no começo do século XVI, no reinado de Huayna Càpac).
  • Cuzco, que significa "umbigo do mundo" em quíchua, é uma cidade do Peru, onde a administração política e o centro das forças armadas do Império Inca ficavam localizados.
  • Os países Latino-Americanos nos quais os Incas dominaram são Peru, Equador, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia.

Machu Pichu, em Cuzco, Peru.

Fonte do texto: livro Os Incas, Mitos e Lendas, de Danièle Küss e Jean Torton

La Diablesse - Folclore Sul-Americano

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  La Diablesse, que em francês quer dizer "mulher diabo", é um tipo de espírito feminino transmorfo do folclore Caribenho e de Trinidade e Tobago, conhecido por ter um pacto com o diabo, e também por seduzir e enfeitiçar os homens que encontra para depois matá-los ou levá-los a insanidade. Pode adquirir várias formas, porém costuma ser vista como uma linda jovem vestida com roupas antigas. Dizem que sua real aparência é de um cadáver de uma senhora idosa com olhos flamejantes, que emana um cheiro de perfumes finos mesclado com um cheiro de carne podre, "flutua" sobre o chão, não exatamente voando, apenas planando, sem seus pés tocarem o chão, e que ouve-se barulho de correntes quando ela caminha. Independente de poder adquirir várias formas, La Diablesse sempre tem uma de suas pernas parecidas com a de uma vaca, e geralmente é identificada por essa característica, por isso tenta esconder as pernas usando um saião. Ela costuma usar um chapéu grande (para tentar esconder seu rosto horrendo), um turbante e ás vezes um véu.

  Ela costuma se esconder atrás de árvores, em lugares ermos, andar em meio á plantações de cana e de cacau e de ir á festas para encontrar homens a quem possa seduzir. Quando La Diablesse vai á uma festa, todas as mulheres presentes começam a não gostar dela e a sentir muita inveja.

  Há várias maneiras nas quais La Diablesse costuma matar suas vítimas: quando consegue seduzir um homem, ela o convence a acompanhá-la até muito longe e desaparece misteriosamente, deixando-o perdido, sem saber como voltar para casa; gosta de fazer suas vítimas se afogarem em lagos e rios; as enganam para que caiam de um penhasco; e a maneira mais comum é esperar que algum homem passe perto de onde ela está para que possa chamar sua atenção, assim que ele cair em seus encantos, vai se aproximando cada vez mais, até que ele possa ver sua aparência horrenda, e o mata de susto, ou o faz enlouquecer e se matar.

  Para ficar imune aos seus encantos a pessoa deve se despir por inteiro e depois vestir-se de novo com as roupas viradas no avesso. Para retirar seus poderes, deve-se roubar sua trouxinha de feitiço, que contém pó de cemitério, ossos e conchas, assim ela não poderá mais se transformar e nem enfeitiçar os homens.


Fonte: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/99477446324/la-diablesse-a-malicious-shapeshifting-spirit
http://www.triniview.com/TnT/Folklore.htm
http://www.tntisland.com/folklore.html
http://www.guardian.co.tt/lifestyle/2013-10-26/legend-la-diablesse
http://thedemoniacal.blogspot.com.br/2011/04/la-diablesse.html

Luna - Curta metragem de terror

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  Eis aqui um curta de terror que está entre meus preferidos! O começo é um pouco monótono, mas o final é muito bom! Vale a pena : )

  Ah! E já avisando que há cenas de violência. Não é recomendado pra quem não gosta de coisas deste gênero.

  Escrito e dirigido por Antonio Perez

A História de Mae Nak - Folclore Tailandês

Author: Luiza / Marcadores: , , , , , , ,



  De acordo com a lenda, Mae Nak Phra Khanong (แม่นากพระโขนง, em Tailandês) foi uma bela jovem que viveu em Bangkok, na Tailândia, entre o final do século 18 e o começo do século 19. Ela foi casada com um jovem chamado Mak, o qual ela amava com todo o coração, amava muito mesmo. Um dia, Mak foi recrutado para o exército e foi mandado para lutar pelo seu país na guerra, deixando Mae Nak em casa, grávida de seu primeiro filho.
  Mak foi ferido gravemente em batalha, por isso foi mandado de volta para casa após obter os cuidados médicos necessários. Ao voltar para casa, encontrou sua querida esposa e filho recém nascido esperando por ele. Tudo parecia correr bem, até que seus vizinhos começaram a morrer de repente enquanto tentavam alertá-lo de algo sobre sua esposa e filho.
  Viveram normalmente por um tempo, até que um dia Mae Nak estava cozinhando, e sem querer deixou cair no chão um limão, que rolou até debaixo da varanda da casa. Na pressa, Mae Nak, se esquecendo de que seu marido estava presente, atravessou sua mão no assoalho e retirou o limão. Seu marido Mak, assustado com o que acabava de ver, se deu conta de que sua esposa e seu filho estavam na verdade mortos, tinham morrido durante o parto e retornaram á casa como fantasmas para recebê-lo.
  Para não levantar suspeitas de que descobrira o segredo de sua esposa, Mak agiu naturalmente até de noite, quando foram dormir, e saindo vagarosamente daquela casa, correu pela cidade até chegar a um templo local, pois sabia que lá dentro sua esposa fantasma não poderia alcançá-lo, já que o templo é solo sagrado.
  Ao perceber que seu marido havia sumido, Mae Nak ficou furiosa e começou a aterrorizar as pessoas da cidade, até que um exorcista conseguiu aprisionar seu espírito em um jarro, e o jogou em um rio.
  Algum tempo depois, foi construído um templo em Wat Mahabut para que Mae Nak pudesse descansar em paz. Até hoje pessoas vão visitá-lo para dar oferendas e pedir bênçãos.

A entrada do templo de Mae Nak

Interior do Templo de Mae Nak

Funayūrei - Folclore Japonês

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Quando as almas de pessoas que morreram no mar se transformam em espíritos vingativos, eles se transformam em um tipo de fantasma que se chama Funayūrei. Eles são as sombras dos marinheiros que morreram afogados, que permanecem nesse mundo para encontrar seus parentes e amigos e levá-los para o fundo do mar junto com eles. Como muitos outros fantasmas, os Funayūrei têm a aparência de cadáveres, vestindo roupas brancas típicas de funerais. Aparecem primeiramente como uma névoa estranha e luminosa, mas conforme vão se aproximando, formam a imagem de um navio cheio de tripulantes fantasmas.

Eles podem ser vistos á noite, durante a lua cheia ou nova, ou em noites tempestuosas, em meio á neblina, especialmente durante o Bon Odori (festival anual japonês que ocorre entre Julho e Agosto). Atacam de maneiras diversas: se virem um barco se aproximando, podem tomba-lo, ou enchê-lo de água até afundar utilizando conchas, criar luzes falsas como se fossem de faróis para conduzi-los até escarpas, e até mesmo ir á bordo dos outros barcos para tentar afundá-los. Seu foco é matar todos os tripulantes afogados para que possam acrescentar mais almas ao seu barco fantasma e torná-los Funayūreis.

Dizem que os 1,553 tripulantes mortos do navio Tōia Maru, que afundou durante um tufão no dia 26 de setembro de 1954 entre as ilhas Hokkaidō e Honshū viraram Funayūreis, pois outros navios tiveram dificuldades ao navegar no local do acidente e em alguns deles foram encontrados arranhões bem profundos e marcas de garras em suas hélices.

Não há métodos conhecidos para destruí-los ou fazê-los "descansar em paz", mas há maneiras de evitá-los, que são trazer a bordo nos navios baldes e recipientes com furos no fundo, para que não consigam enchê-lo com água do mar; jogando objetos dentro d'água para afastá-los, de preferência bolinhos de arroz, incenso, flores, baldes furados ou arroz lavado; apontar luzes em direção deles; e um método eficaz, porém perigoso, é não parar de seguir em frente enquanto um navio fantasma de Funayūreis estiver vindo em direção ao seu barco e transpassá-lo, pois assim ele se esvairá no ar. O que te faz também correr o risco de colidir, caso seja um barco de verdade.



Fonte de pesquisa: http://they-hide-in-the-dark.tumblr.com/post/82780268647/funayurei-funayurei-are-japanese-vengeful
http://yokai.com/funayuurei/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bon_Odori
http://en.wikipedia.org/wiki/T%C5%8Dya_Maru