Taverna das Cebolas

Por centenas de anos, a tribo Anga, da província Morobe, em uma região remota e montanhosa da Papua-Nova Guiné, vem praticando o ato de mumificar seus ancestrais com fogo e argila. Eles possuem uma das coleções de múmias mais bizarras do mundo. São bem notáveis pelo fato de serem muito bem preservadas apesar de anos expostas ao calor tropical e á umidade.

O primeiro passo no processo de mumificação, é abrir o corpo para drenar os fluidos, como gordura por exemplo, que são usados para revestir o cabelo e a pele do cadáver, e para ser usado como óleo de cozinha (delícia!). Os membros da tribo acreditam que comendo pedaços dos órgãos do cadáver e alimentos feitos em sua gordura podem assim transferir as forças que o morto possuía para os vivos. Seus orifícios são então costurados, o que ajuda na conservação dos órgãos internos e previne a deterioração do estômago. A língua, calcanhares e palmas das mãos são cortados fora pelo cônjuge, se caso o morto o tenha. O corpo revestido de argila é então defumado em uma cabana da aldeia por um mês para que aos poucos os restos de fluidos sequem e as bactérias que causam apodrecimento morram.


Esse processo é muito minucioso e cheio de atos ritualísticos. Os corpos são expostos em paredes de barrancos do vilarejo de Koke. A tribo Anga acredita que se eles ainda puderem ver o rosto do falecido, o seu espírito ainda estará com eles. Quando seus restos mortais começam a deteriorar, sua família o traz de volta á tribo para que possam restaurá-lo.

Alguns grupos de missionários cristãos até tentaram convencer a tribo a mudar esse costume excêntrico,  porém até hoje eles mantém esse método de lidar com os falecidos.

Fonte: http://www.cultofweird.com/death/mummified-papua-new-guinea/
http://natgeotvsales.com/programmes/main.aspx?id=1175
http://www.vice.com/read/smoking-hot-mummies-893-v16n6