Huldufólk - Folclore Islandês

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  Hundufólk (que significa "povo escondido") é uma espécie de elfos que habitam a Islândia e algumas partes das Ilhas Faroé. Diz-se que eles vivem em fendas de rochas, cavernas e escarpas, as quais são a entrada para outra dimensão na qual apenas eles têm acesso. Podem se tornar visíveis apenas para alguns humanos nos quais foram dados o dom de poder vê-los; dizem também que há uma época do ano em especial na qual eles podem ser vistos.
  Na Islândia, as pessoas têm o maior respeito por eles, e costumam tomar muito cuidado ao construir suas propriedades em algum lugar, pois acreditam que poderão ser castigados ao destruírem um local onde moram os Hundúfolk: incessante má sorte pode cair sobre os responsáveis, podem ocorrer acidentes, operários ficam doentes, materiais de construção, mesmo sendo novos, podem se quebrar repentinamente, e etc. Inclusive algumas obras são interrompidas e algumas chegam até a serem canceladas por causa desses incidentes.
  A personalidade dos Hundufólk é bem parecida com a dos humanos. Não são denominados como bons ou maus, porém isso pode variar. Há histórias que relatam que eles costumam pôr à prova os humanos, tentando seduzi-los com presentes ou comida, punindo aqueles que cedem á tentação e recompensando aqueles que conseguem resistir.
   A lenda dos Huldufólk ainda é bem predominante na Islândia, tanto que lá há quatro feriados que têm uma conexão especial com eles:

  •  Véspera de Ano Novo, considerada a época na qual os Huldufólks se mudam, por isso nesta noite os islandeses costumam deixar comida pelos lugares e velas para orientá-los; 
  • A Décima Segunda Noite (em Islandês "Þrettándinn"), em 6 de Janeiro, que é o último dia do Natal, no qual as famílias se reúnem para jantar, soltar fogos, acender fogueiras (chamadas álfabrennur, que significa "fogueira dos elfos") e dançar danças élficas;  
  • O Solstício de Verão (em Islandês, "Jónsmessa") celebrado no dia 24 de junho. De acordo com o folclore Islandês, nessa noite as vacas ganham o poder de falar, focas viram seres humanos, e é saudável rolar nu sobre a grama molhada pelo sereno (UHUL!!!);
  • A Noite de Natal.






Decoração feita em homenagem aos Huldufólk

Gigantes e Anões - Mitologia Nórdica

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  Antes mesmo que os homens surgissem na face da Terra, os gigantes e os anões já povoavam o mundo. Nascido dos gelos primitivos, o primeiro ser vivo foi chamado de Ymir. Ele deu orgiem a outros gigantes e depois a uma enorme vaca chamada Audumla. Um dia, com muito vagar e paciência, Audumla começou a lamber um bloco de gelo, e dele foi aos poucos surgindo Buri.
   Buri se casou com uma giganta, e dessa união nasceram os primeiros deuses: Odin, Vili e Vê.
   Nesse período, formaram-se altas montanhas a partir do corpo inerte de Ymir, e sobre elas os cabelos do gigante criaram raízes e viraram florestas. Depois os deuses fizeram os animais, as plantas e, com dois troncos de árvore, o primeiro homem e a primeira mulher. O mundo tomou forma - um mundo onde gigantes e deuses prosperaram separados. Infelizmente surgiu a discórdia entre esses dois povos. Depois de uma longa guerra, os deuses saíram vitoriosos, mas muitos grupos de gigantes se esconderam nos lugares mais inóspitos, para preparar sua vingança.
   Desde essa época, os dois povos passaram a se enfrentar num combate perpétuo, e o barulho de suas lutas intermináveis ressoava pelo mundo. No coração dos vulcões, os gigantes do fogo se agitavam em seu escuro reino subterrâneo e provocavam terremotos. Entrincheirados no País da Geada, os gigantes do frio enviavam tempestades de neve e rajadas de gelo. E, no fundo dos oceanos, os gigantes dos mares desencadeavam terríveis tormentas.
   Os deuses não confiavam nesses seres primitivos, violentos e perigosos. Por isso construíram Asgard, um local fortificado onde poderiam viver com toda a tranquilidade. Mas as relações não estavam totalmente rompidas, e alguns gigantes chegavam a se mostrar amáveis. Era o caso de Mimir, guardião da Fonte da Sbedoria, que se tornou amigo de Odin, e Aegir, gigante dos mares que acabou sendo considerado um deus.

Gigantes do fogo

Gigantes do gelo

Gigantes do mar: Aegir e suas filhas

   Homens e deuses sabiam que debaixo da terra viviam pequenos seres simpáticos, mas dos quais era muito difícil chegar perto: os anões. Apesar de discretos e temerosos, eles eram os senhores do fogo e da arte dos metais. Donos de todos os segredos da forja, zelosos de seu saber, tinham o poder de fabricar armas mágicas. Por isso, os deuses os protegiam e até os cortejavam.
   Seguindo receitas que só eles conheciam, os anões faziam jóias maravilhosas, como o colar da deusa Freya. Forjaram também uma lança mágica para Odin - uma arma indestrutível que nunca errava o alvo! Depois criaram uma espada de resistência excepcional. Chegaram mesmo a fabricar um navio coberto de ouro, o qual vencia sem nenhuma dificuldade as ondas, tempestades e ventos contrários e sempre chegava ao destino que Odin determinava - em outras palavras, o navio com que sonhavam todos os vikings, sacudidos pelas ondas e expostos a todos os perigos em suas embarcações de madeira...
   Ainda que às vezes pregassem peças, os anões eram incapazes de maldade e não agrediam ninguém. Não eram imortais, mas podiam viver muito tempo, pois para eles as luas duravam séculos. Talvez mesmo hoje, nas montanhas agrestes da Escandinávia, alguns ainda estejam vivos, guardando fabulosos tesouros. Os mineiros de lá garantem que de vez em quando os vêem de relance no fundo de galerias abandonadas. E dizem também que isso é sempre um excelente presságio!


Anões (arte por John Bauer)


   Fonte: livro Os Vikings: Mitos e Lendas, de Gilles Ragache e Marcel Laverdet, tradução por Ana Maria Machado.

Dica de filme: Apocalypto

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   Galera! Sexta feira passada eu assisti a esse filme, é muito bom! É suspeito eu falar, por que tenho uma certa obsessão pela cultura dos povos Maia. Mas achei hiper interessante comentar sobre esse filme aqui. 
   É um filme épico de ação e drama. Mostra bastante os costumes e as crenças do antigo povo Maia. É tão realista, que os diálogos são falados em um antigo dialeto Maia da região de Iucatã. E claro, não tem nem como dublar um filme assim, portanto é todo legendado.

  Eis aqui a sinopse:

   Durante o declínio do Império Maia, pouco antes da colonização europeia na América Central, um pequeno grupo que vive na floresta tropical é dizimado e capturado. Jaguar Paw (Rudy Youngblood) levava uma vida tranquila, que foi interrompida devido à invasão. Os governantes de um Império Maia em declínio acreditavam que a chave para a prosperidade seria construir mais templos e realizar mais sacrifícios humanos. Jaguar é capturado para ser um destes sacrifícios, mas consegue escapar por acaso. Agora, guiado apenas pelo amor que sente por sua esposa e pelo filho, ele realiza uma corrida desesperada para chegar em casa e salvar sua família.




  Ah! E avisando: o filme contém fortes cenas de violência, incluindo sacrifícios aos deuses e etc., ou seja, não é indicado pra assistir com a priminha de 6 anos, ok?



   Aqui está um link de um site no qual vocês podem assistir ao filme online:
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-apocalypto-legendado-online.html   


A Ponte de Zhaozhou - Conto Popular Chinês

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   A pedido de um leitor, que pediu para que eu postasse mais sobre a mitologia chinesa, eis aqui um conto Han, bem popular na China:


   Na cidade Zhazhou havia duas pontes, uma do lado sul e outra do lado oeste. A maior era a do sul e foi construída por Lu Ban, e a mais pequena, ou seja, a do oeste foi construída pela sua irmã Lu Jiang.
   Lu Ban e a sua irmã andavam a viajar pela China até que chegaram a Zhaozhou. Lá ao longe viram as muralhas douradas da cidade, mas, quando se aproximaram, viram que um rio, cujas águas brilhavam com a luz do sol, lhes barrava o caminho. Na margem havia uma multidão de pessoas que gritavam e se empurravam para ver quem é que conseguia passar primeiro para entrar na cidade. O rio tinha uma corrente bastante forte e só havia dois barquinhos para fazer a travessia. Por isso levava muito tempo a passar e além disso levava poucas pessoas de cada vez. Entre a multidão havia comerciantes de arroz, de palha, carregadores de sal, vendedores de tâmaras, camponeses que levavam algodão para fiação, comerciantes de tecidos que iam para a feira do templo... Uns levavam toda a carga aos ombros, outros levavam-na em burros ou em carroças.
   Muitas vezes alguns perdiam a paciência e provocavam cenas de desacato. Ao ver isto, Lu Ban perguntou aos que estavam à sua volta:
  - Por que é que não constroem uma ponte sobre o rio?
   Perguntou a várias pessoas e todas responderam:

   Dez lis tem o rio de largura,
   Há areias movediças na fundura.
   Muitos o têm projetado
   Nenhum o levou de acabado.

   Então Lu Ban e Lu Jiang examinaram o terreno e a força da água e resolveram construir duas pontes.
   Lu Jiang estava farta de ouvir gabar a habilidade do irmão, mas, como não estava muito convencida disso, quis desafiá-lo e por isso disse-lhe:
  - Cada um de nós vai construir uma ponte e havemos de ver quem é que a acaba primeiro. Começamos a obra ao cair da noite e quando o galo cantar, a ponte tem de estar construída. Quem não conseguir acabar, deve dar-se por vencido.
   Lu Ban aceitou. E ficou então decidido que iria construir a ponte do lado sul da cidade e Lu Jiang do lado oeste.
   Mal Lu Jiang chegou ao local escolhido para a construção da ponte, começou logo a fazer os preparativos necessários e pôs mão à obra. Ainda não era meia noite e já tinha acabado. Pensou então que desta vez iria passar à frente do irmão e querendo ver como é que lhe corriam as coisas, sem que ninguém a visse, foi espiá-lo. Mas qual não foi o seu espanto ao chegar lá e ver que estava tudo na mesma. Não viu nem sombras de nenhuma ponte e o seu irmão também não estava por ali. "onde é que ele se meteu?", interrogou-se admirada. Mas logo viu ao longe um pastor com um rebanho de carneiros que vinham a descer o monte Taihang. Rolavam pela encosta abaixo, ás cambalhotas, e vinham na sua direção.
   Quando chegaram perto de onde ela estava, viu que o pastor era o seu irmão e que o rebanho eram pedras de mármore, lisinhas e brancas como a neve. Ao ver isto sentiu um aperto no coração. Com tais pedras o seu irmão iria decerto construir uma ponte sólida e muito bela. O que seria da sua em comparação com esta? Era preciso encontrar uma maneira de a embelezar. Teve uma ideia, correu logo para a sua ponte e pôs-se a ornamentar os resguardos da ponte com esculturas. Ao fim de certo tempo, esta estava já toda decorada com esculturas de um guardador de gado, de uma tecelã, de uma fênix a voar em direção ao sol, de flores, de plantas raras, etc. Admirou sua obra e sentiu-se feliz. E não aguentando mais estar ali, correu de novo para junto do lugar onde seu irmão devia construir a ponte para ver se ele já tinha terminado. E desta vez sim, a ponte estava já quase acabada, só faltava pôr mais duas pedras. Então cheia de impaciência, Lu Jiang imitou por duas vezes o canto do galo, o que fez com que todos os galos da aldeia acordassem e se pusessem a cantar: có, có, có, có, có!... Ao ouvi-los, Lu Ban apressou-se a colocar as pedras que faltavam e assim a sua ponte ficou concluída até o cantar do galo como tinha sido combinado.
   Das suas pontes, uma era grande e a outra era pequena. A ponte que Lu Ban construíra era de uma grandeza imponente e tinha um aspecto sóbrio, por isso ficou conhecida por "a grande ponte de pedra".
   A que Lu Jiang tinha construído estava decorada com belas esculturas. Ficou conhecida por "a pequena ponte". A partir de então, sempre que as moças queriam bordar almofadas, pantufas, etc., as mães aconselhavam-nas a ir até a ponte oeste da cidade para copiar um daqueles bonitos arbustos de flores que ornamentavam os resguardos da pequena ponte.

Ilustração retratando Lu Ban e sua irmã Lu Jiang

   A notícia de que em Zhaozhou tinham sido construídas numa só noite uma ponte tão sólida e outra tão bonita correu rapidamente por todas as cidades da região e chegou aos ouvidos dos *Oito Imortais, que viviam nas grutas de Penlai. Um deles, Zhang Guolao, cheio de curiosidade, mal ouviu a notícia foi buscar o seu burro de crina negra e pôs-lhe às costas um saco no qual tinha colocado do lado esquerdo o Sol e do lado direito a Lua. E convidou o rei Chai para o acompanhar, o qual levou um carrinho cujo estrado era de ouro e as pegas de prata. Puseram em cima do carrinho as quatro grandes montanhas e lá foram para Zhazhou. Assim que chegaram junto da ponte, Zhang Guloao perguntou em voz alta:
  - Quem é que construiu essa ponte?
   Lu Ban, que estava ali a verififcar a solidez dos resguardos e do vão da ponte, respondeu:
  - Fui eu. O que aconteceu? Há alguma coisa de errado?
   Zhang  Guolao apontou para o burro e para o carrinho de mão e disse:
  - Nós queríamos atravessar a ponte, julgas que ela pode aguentar este peso todo?
   Lu Ban desatou a rir e respondeu:
  - Se mulas e cavalos passam por ela, por que é que um burro e um carrinho de mão não haviam de poder passar? Vá! Passem!
   Zhang Guolao e o rei Chai trocaram um sorriso entre eles e começaram a atravessar a ponte. Mas lhe puseram o pé em cima, esta começou a abanar como se fosse desmoronar-se. Lu Ban correu para debaixo dela para a aguentar, segurando-a com os braços e só assim os dois puderam passar sem problemas. A ponte não só aguentou bem como ficou ainda mais sólida. Só que do lado sul ficou um pouco fora do lugar. Hoje podem-se ver lá sinais dos cascos do burro de Zhang Gulao e o rodado deixado pelo carrinho de mão do rei Chai que ficou marcado numa distância de um metro. Por baixo da ponte vêem-se ainda também as marcas das mãos de Lu ban. Houve tempo em que se vendiam pinturas de Ano Novo que representavam Lu Ban a segurar a ponte.
   Depois de passar para o lado de lá, Zhang Gulao voltou-se para Lu Ban e disse:
  - É uma pena que a tua vista seja tão má!
   Lu Ban só então viu quem eles eram. Reconhecendo que seus olhos não foram capazes de identificar logo tão importantes personagens, envergonhado, arrancou um dos seus olhos, pousou-o atrás da ponte e foi-se embora sem dizer nada. Pouco depois, o rei dos escudeiros passou por ali e vendo o olho de Lu Ban, apanhou-o e pô-lo na testa. E é por isso que em todas as pinturas e desenhos o rei dos escudeiros aparece sempre com três olhos.
  Lu Ban hoje é o patrono dos carpinteiros e é por isso que estes fecham um olho quando querem verificar se uma linha está direita.
  Durante várias gerações, os habitantes de Zhaozhou recordaram Lu Ban com reconhecimento pela construção da grande ponte de pedra e ainda hoje os guardadores de gado cantam esta canção:

   Quem construiu a ponte de Zhaozhou? 
   E quem foi que, qo passar lá com burro,
   a fez inclinar um pouco para o oeste?
   E quem é que lá passou com um carrinho de mão,
   e deixou bem marcado o rodado?
   Foi Lu Ban que fez esta ponte.
   E Zhang Gulao, ao passar lá com o seu burro,
   fê-la inclinar para o lado oeste.
   E foi o rei Chai que, com o seu carrinho,
   Aí deixou bem marcado um rodado.




Foto da ponte de Zhaozhou

   *Os Oito Imortais são um grupo de deidades mitológicas chinesas que aparecem em lendas e textos tradicionais da doutrina taoista. Eles agem como super-heróis santos e atuam na vida de seus devotos de várias maneiras. Diferentemente dos deuses de mitologias politeístas, os Oito Imortais são pessoas comuns que chegaram à iluminação e se tornaram imortais e etéreas. Todos eles estão ligados a figuras históricas (que realmente existiram ou não) das dinastias reais chinesas entre 206 a.C. e 1279. Podem ser, por exemplo, um primo de um imperador da dinastia Tang ou um general sem nome do exército dos Song.




  Fonte: livro Contos Populares Chineses, traduzido pelo Instituto de Línguas Estrangeiras de Pequim, República Popular na China.
 http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-sao-os-oito-imortais

Cihuateteo - Mitologia Asteca

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  Na mitologia asteca, o parto era considerado uma batalha, e as mulheres que morriam dando a luz eram consideradas guerreiras que morreram lutando, e por isso viram uma divindade muito honrada e temida, chamada Cihuateteo, que quer dizer "mulher divina".

  A entidade Cihuateteo era conhecida por escoltar as almas dos guerreiros mortos  em batalha até o Submundo, conforme o sol se punha ao oeste; era muito temida por causar doença física ou mental, e raptava crianças para tê-las como se fossem suas; só aparecia depois do pôr do sol e também costumava seduzir homens para fins sexuais.

  Magos e guerreiros da época utilizavam seus ossos como amuletos mágicos, por acreditarem que de fato são entidades divinas. Eram caracterizadas como tendo garras de águia no lugar das mãos, rosto demasiado esbranquiçado como o de uma caveira, ventre estufado e murcho (típico de quem acabou de dar a luz), costas levemente arqueadas, seios nus, usando brincos dourados e ás vezes vestindo náguas (vestes usadas pelas mulheres nativas do México).

  Os povos astecas construíam estátuas para as Cihuateteo em templos e costumavam deixar bolos, torradas e outros tipos de alimento em altares nas encruzilhadas para se prevenir de seus ataques. Faziam também festas em templos locais em Tenochtitlán, a capital do Império Asteca, com bolos de vários formatos e torradas.




 Fonte:
http://www.theparanormalguide.com/blog/cihuateteo
http://www.arts-history.mx/sitios/index.php?id_sitio=5354&id_seccion=4556&id_subseccion=8520&id_documento=281
http://www.azteccalendar.com/god/Cihuateteo.html
https://es.wikipedia.org/wiki/Cihuateteo
https://en.wikipedia.org/wiki/Cihuateteo

Alp-Luachra - Folclore Irlandês

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  Alp-Luachra é uma espécie de fada, do tipo parasita, de origem irlandesa. São pequenos e geralmente aparecem em forma de tritão (peixe humanóide) ou de salamandra, e habitam riachos e córregos. São conhecidos por ser muito gananciosos e glutões, e são conhecidos na Irlanda como Joint-Eaters, que ao pé da letra significa "Comedores de Junta". Ficam à espreita e quando encontram algum viajante dormindo à beira d'água, entram em seu estômago a partir da boca e ali se alojam, consumindo toda a comida que sua vítima ingere.

  Os Alp-Luachras, a partir do momento que fazem morada no estômago de alguém, se alimentam de toda comida ingerida, fazendo com que sua vítima adoeça e morra de fome. Costumam também procriar dentro das pessoas, debilitando ainda mais o corpo de sua vítima. O bichinho é tão ruim, mas tão ruim que ás vezes até convida uns coleguinhas pra morar junto. Quando seu hospedeiro morre, eles simplesmente abandonam seu corpo e voltam para seu antigo habitat à espera de uma nova vítima.

  Ainda assim há quem os defenda e diga que eles não são completamente maus, e que o hábito glutão vem da natureza deles, e que procuram comida por instinto, tanto que alguns Alp-Luachras podem simplesmente comer a comida do prato de alguém se não houver ninguém olhando.

  O Alp-Luachra é basicamente a solitária (tênia) do mundo das fadas, e as primeiras histórias envolvendo esse tipo de fada provavelmente surgiram antigamente em uma época que predominava alguma epidemia ou pestilência desconhecida no território irlandês.

  Dizem que para se livrar de um Alp-Luachra e necessário ingerir grande quantidade de carne salgada, para que faça com que ele fique com muita sede, e depois deitar com a boca aberta à beira de algum riacho. O sal fará com que ele precise sair de seu hospedeiro para encontrar água.


   Fonte: